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Francisco, um Papa que sonha e sente. Artigo de Marcus Tullius

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20 Março 2025

O áudio divulgado na oração do terço no dia 6 de março mostra uma voz fragilizada, mas apresenta um papa resoluto. Mesmo do hospital, acompanha o povo e sente o carinho do seu povo. Muitos acharam que era o fim ou o começo do fim. Novamente, mera ilusão. É só o começo.

O artigo é de Marcus Tullius. 

Marcus Tullius é mestre em Comunicação e coordenador de comunicação da Cáritas América Latina e Caribe. Atuou como coordenador da Pascom Brasil entre 2018 e 2024 e integra o Grupo de Reflexão sobre Comunicação (Grecom) da CNBB. Apresenta o programa Igreja Sinodal em emissoras de inspiração católica.

Eis o artigo.

O Papa Francisco tem sido, ao longo de seu pontificado, uma figura que inspira pela autenticidade com que vive o seu chamado. Sua recente internação, desde o dia 14 de fevereiro, fez com que os olhos do mundo inteiro se voltassem para o décimo andar do Hospital Gemelli – nem todos com a mesma preocupação. Crentes e não crentes aguardam o boletim oferecido pela equipe médica e pela Sala de Imprensa da Santa Sé com as recentes notícias.

A última lembrança de um papa em internação prolongada é João Paulo II, falecido em 2 de abril de 2005. Diferente daquele contexto em que as notícias chegavam pelo L'Osservatore Romano e pelos canais oficiais do Vaticano, notadamente numa comunicação de massa, a internação de Francisco se dá num tempo de midiatização da religião bastante acelerado. Basta notar que o boletim diário é publicado, primeiramente, nos perfis do Vatican News em redes sociais e somente depois aparece no portal em italiano, português e, somente na sequência, se publicam em outros idiomas.

A internação de um Papa idoso, com a saúde fragilizada, acende discursos de todos os níveis. Enquanto muitos oram por sua recuperação, outros observam com curiosidade ou interesse político. Comenta-se, pelos corredores e pelas mídias, sobre o perfil do seu sucessor. Talvez esses discursos ressoem mais, mas é fundamental valorizar as inúmeras manifestações de carinho e oração que surgem mundo afora.

No livro dos Atos dos Apóstolos (12,5), encontramos que, no contexto da perseguição à Igreja de Jerusalém por Herodes Agripa I, "Pedro, pois, estava guardado na prisão; mas a Igreja fazia contínua oração por ele a Deus". Assim, enquanto Francisco permanece hospitalizado, a Igreja faz contínua oração por ele. No contexto de seus 12 anos de pontificado, inúmeras imagens circulam pelas redes sociais recordando o dia 27 de março de 2020, quando subiu à Praça São Pedro e rezou sozinho pela humanidade. Agora, todos rezam por ele.

O papa de 88 anos pode estar impossibilitado de caminhar, de abraçar as pessoas, incluindo as crianças que são suas vizinhas de ala no hospital, mas não para de sonhar. Afinal, a bela composição de Milton Nascimento, Márcio Borges e Lô Borges, ecoa há mais de 50 anos que “porque se chamavam homens, também se chamavam sonhos e sonhos não envelhecem”.

Francisco é concretização disso. Temos um Papa que sonha, porque “o sonho vai mais alto” (cf. Evangelii Gaudium, n. 192) e isso se expressa em muitos momentos do seu pontificado.

Na exortação apostólica Evangelii Gaudium, diante das preocupações concretas do mundo, o Papa propõe diretrizes para encorajar a Igreja em sua nova etapa evangelizadora (cf. EG n. 16-17). Para ‘tornar o Reino de Deus presente no mundo’ (ibid. n. 176), expressa um sonho de renovação eclesial inadiável: “Sonho com uma opção missionária capaz de transformar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionado mais à evangelização do mundo atual que à autopreservação” (EG, n. 27)."

Os sonhos de Francisco não são meras abstrações, mas se concretizam em ações eclesiais e sociais. Na encíclica Laudato Si’, convida a humanidade a se tornar um instrumento de Deus Pai, revisitando o seu sonho ao criar o mundo (cf. LS n. 53), e despertar da onipotência desvairada de dominar o mundo, “que provocou a impressão de que o cuidado da natureza fosse atividade de fracos” (LS n. 116).

O papa sonhador é muito visível na exortação apostólica pós-sinodal Querida Amazonia, quando descreve quatro sonhos interligados: social (9-27); cultural (28-40), ecológico (41-60) e um sonho eclesial (61-110). Em outros documentos, como a Fratelli Tutti, propõe um “um novo sonho de fraternidade e amizade social que não se limite a palavras” (n. 6).

Poderíamos revisitar suas audiências, alocuções do Angelus, entrevistas e vamos encontrar um Papa que sonha. Sonha não porque é um iludido. Seus sonhos não são apenas ideias distantes ou utopias idealizadas. São respostas concretas a dores e clamores que ele sente profundamente, com os olhos, os pés e as mãos, o coração bem enraizados na realidade. Francisco sonha e convida a sonhar. Exemplo disso é o livro Vamos sonhar juntos: o caminho para um futuro melhor, uma conversa com o jornalista Austen Ivereigh, publicado em 2020, durante a pandemia, no qual reflete sobre a crise como uma oportunidade de transformação do mundo num lugar mais seguro, justo, saudável e solidário para todos.

Mesmo em meio às limitações da idade e da saúde fragilizada, Francisco segue trabalhando, afinal não existe um vice-Papa ou um outro substituto. E, portanto, continua sonhando. Seu sonho mais recente aparece claramente na recente carta publicada pela Secretaria Geral do Sínodo, em 15 de março, com os passos concretos para acompanhar a implementação do Sínodo.

Nestes tempos, poderíamos correr o risco de cair numa inércia pastoral ou estrutural diante da ideia (para os opositores de Francisco, esse é um sonho) do possível ocaso de seu pontificado. Mas como garantir que essa caminhada sinodal não se perca após seu pontificado? Como lidar com resistências internas e equilibrar tradição e inovação sem comprometer a identidade eclesial? Francisco projeta um belo horizonte eclesial, fruto de uma ampla escuta, que se desdobra em um percurso culminando em uma assembleia eclesial em 2028.

Não só uma assembleia de bispos, ou outra modalidade de ministros ordenados, mas uma assembleia eclesial. Da Igreja Inteira, a ecclesia tota. Este sonho – talvez um dos mais ousados de seu pontificado - revela um Papa que não apenas administra o presente, mas que busca gerar processos, independente de que ele os veja desenvolvidos ou, até mesmo, os conduza.

Os textos que foram publicados para Audiência ou Angelus durante o período de internação, mostra que, além de sonhador, Francisco continua sentindo as dores da humanidade. Ele continua agradecido pelos que rezam por ele e se une aos enfermos, a quem está intimidade unido. “O nosso físico é débil mas, mesmo assim, nada nos pode impedir de amar, de rezar, de nos doarmos, de sermos uns pelos outros, na fé, sinais luminosos de esperança” (Angelus, II Domingo da Quaresma, 16-06-2025). Sente, porque ama!

Repetidas vezes, Francisco menciona um estilo distintivo de Deus, inspirado na proximidade, compaixão e ternura. Do hospital, o Papa também experimenta a atenção e a ternura do cuidado dos profissionais de saúde e afirma que “temos necessidade disto, do ‘milagre da ternura’, que acompanha quantos estão na provação, trazendo um pouco de luz na noite da dor” (Angelus, I Domingo da Quaresma, 9 de março de 2025, grifo nosso).

O Papa que tem sua preocupação com a guerra e com as nações martirizadas, nomina as nações nos textos produzidos e mantém, dentro das possibilidades, a rotina de ligar à única paróquia católica em Gaza para conferir como andam as coisas, manifestando a proximidade de quem sente suas dores.

Um dos textos mais belos destes 30 e poucos dias de internação é a carta que o pontífice escreveu ao diretor do jornal italiano Corriere della Sera, Luciano Fontana, tornada pública no dia 18 de março. Não pode passar despercebida a bonita frase em que Francisco reconhece o momento de doença para estar mais sentiente à realidade. “A fragilidade humana, de fato, tem o poder de nos tornar mais lúcidos em relação ao que dura e ao que passa, ao que nos faz viver e ao que mata. Talvez seja por isso que, com tanta frequência, tendemos a negar os limites e a evitar pessoas frágeis e feridas: elas têm o poder de questionar a direção que escolhemos, como indivíduos e como comunidade”.

Na mesma carta, a sua constante preocupação com a comunicação entendida não só como operação de meios, mas uma comunicação que “significa tomar consciência de que somos humanos, filhos de Deus. Apraz-me definir este poder da comunicação como ‘proximidade’” (Mensagem para 54º Dia Mundial das Comunicações em 2014, a primeira do seu pontificado). Nesta perspectiva, a carta convida a “sentir toda a importância das palavras. Elas nunca são apenas palavras: são fatos que constroem os ambientes humanos”.

Se revisitamos a página de Emaús, no Evangelho de Lucas (24,13-35), os discípulos que começaram o trajeto com os olhos impedidos de reconhecer o Mestre (cf. v. 16) e com o rosto triste (cf. v. 18), retornaram à Jerusalém, donde saíram desiludidos, com as esperanças renovadas para sua caminhada missionária encarnada na comunidade e na história. Parecia o fim... mera ilusão.

O áudio divulgado na oração do terço no dia 6 de março mostra uma voz fragilizada, mas apresenta um papa resoluto. Mesmo do hospital, acompanha o povo e sente o carinho do seu povo. Muitos acharam que era o fim ou o começo do fim. Novamente, mera ilusão. É só o começo.

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