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02 Novembro 2024

Os monges praticam o viver em comum, o possuir em comum, o empreender tudo em comum, o legislar juntos: em uma palavra, “caminhar juntos”. Isso é, literalmente, a sinodalidade: um percurso feito juntos, embora permanecendo diferentes. Sim, os monges são especialistas em sinodalidade e gostariam de transmitir essa arte, que tem um preço, mas que poderia dar muitos frutos, na Igreja e na sociedade.

O artigo é de Enzo Bianchi, monge italiano fundador da Comunidade de Bose publicado por Il Fatto Quotidiano, de 29-10-2024. A tradução é de Luisa Rabolini. 

Eis o artigo.

Quem são os monges? São aqueles que entendem a realidade e o mundo de outra forma. E, por entenderem de outra forma, também vivem de outra forma. Há algumas constantes que definem a alteridade da vida monástica cristã (sabendo que, de modo mais geral, a vida monástica é um fenômeno humano universal).

Em primeiro lugar, os monges apenas estão ali: não têm outro objetivo senão tentar viver o evangelho, na forma de celibato e vida comum. Os monges não têm nenhuma função específica na Igreja. Outros estão na Igreja para fazer alguma coisa: os bispos e os presbíteros para governar o povo de Deus, os frades para pregar, as freiras para ajudar os pobres e os doentes... Os monges, por outro lado, não têm uma função específica. Não se faz carreira na vida monástica: continua-se a ser sempre irmãos e irmãs, pobres leigos. “Somos apenas pobres leigos”, como dizia Pacômio a Atanásio, patriarca de Alexandria.

Quanto ao que dá sentido a cada vida humana, ou seja, o amor, os monges vivem de forma diferente também esse aspecto. Eles decidem amar o outro antes de conhecê-lo, ao passo que, normalmente, na vida, primeiro se conhece alguém e depois se passa a amá-lo. Os monges não! Decidem amar o outro antes de conhecê-lo, e se esforçam para fazer isso, em obediência ao novo mandamento (cf. Jo 13,34; 15,12): o outro é o hóspede, é o viandante, é aquele que pede para entrar na comunidade. Viver o celibato dá aos monges uma liberdade e uma possibilidade adicionais e diferentes de interiorização, de pensamento, de solidão: todas ferramentas para uma vida monástica que é uma busca por Deus - “Se você realmente busca a Deus” (Regra de Bento 58,7) e, ao mesmo tempo, uma busca pelo homem - “Qual é o homem que quer a vida e deseja ver dias felizes?” (Regra de Bento, Prólogo 15; Sl 34 [33],13). Dentro da comunidade monástica não há possibilidade de propriedade ou posse privada. Todos os bens são comuns e, entre os monges, o dólar não circula. É claro que os monges sabem que o dólar tem poder, mas eles não reconhecem ao dólar nenhuma autoridade em suas relações. E isso muda muitas coisas.

Todos trabalham (e tentam fazer isso bem!) para não depender de ninguém, trabalham para ganhar a vida e, entre eles, há aqueles que ganham pouco e aqueles que ganham muito: mas essa diferença não significa nada nas relações, porque os ganhos são postos em comum. Além disso, todos, sem distinção, fazem trabalhos manuais: cozinhar, lavar a louça, limpar as casas, trabalhar no campo ou na horta... Em suma, entre os monges, o dólar e o trabalho feito não contam: o que conta é o fato de serem irmãos e irmãs, solidários, envolvidos na mesma situação. Capazes e não tão capazes, fortes e fracos, saudáveis e doentes, necessitados e menos necessitados, os monges são todos iguais em dignidade e todos devem se submeter aos mesmos deveres e desfrutar dos mesmos direitos. É a partir dessa unidade, vivida nas diferenças, que os monges tendem para a fraternidade, buscando viver a primazia do novo mandamento. Assim, dia após dia, praticam o amor e se sentem um só corpo, membros uns dos outros (cf. Rm 12,5; 1Cor 12,20; Ef 4,25).

Na vida monástica, a consciência de formar um corpo exige que se pratique a submissão mútua, carregar “os fardos uns dos outros” (cf. Gl 6,2). A obediência à regra e ao abade é sempre e somente em vista da submissão mútua que permite a comunhão e a relação em liberdade e amor. A submissão mútua significa aceitar que as pessoas fracas ditem o ritmo à comunidade, que os intelectuais recebam lições dos simples, que os idosos escutem os jovens, que a discordância aflore como um sinal de que o estar juntos é por causa de Cristo e não como um grupo narcisista e autorreferencial. Nesse interim, com o passar do tempo, pode-se descobrir que a regra é um caminho de liberdade, que existe uma liberdade maior daquela que consiste em fazer o que se quer. Ao contrário do que se pensa, as exigências às vezes duras da regra não são uma perda ou um obstáculo, mas uma ajuda para amadurecer e aprofundar a humanidade de cada um.

Uma característica peculiar dos monges é que eles gostam da noite e vivem a noite antes do dia. Outros homens e mulheres vivem durante o dia e depois prolongam a vida à noite. Os monges, contudo, fazem o oposto: no início da noite (por volta das 20h) entram em suas celas e vão descansar, mas pela manhã (entre 2h30 e 4h30, dependendo do mosteiro) acordam antecipando a luz do dia e mantêm a vigília na leitura das escrituras, na meditação e na oração. Não se levanta cedo para fazer penitência, mas para viver a noite, esse tempo abençoado em que se está sozinho, em que há silêncio absoluto, em que, acima de tudo, se pode ouvir Deus falando ao coração humano. Durante o dia, o monge se encontra com os irmãos, com os hóspedes; durante o dia, trabalha e reza com os outros irmãos: mas tudo isso acontece depois de algumas horas de vigília à noite, esperando o dia.

Alex Corlazzoli passou muito tempo em um mosteiro e, neste livro, oferece aos leitores sua experiência. Não é um diário dos dias, uma crônica de eventos, um livro de memórias, muito menos um ensinamento sobre o monaquismo. É uma narração simples e honesta do que ele vivenciou em contato dia e noite com os monges. Graças a um agudo espírito de observação e a uma grande capacidade de interpretação, o autor nos entrega a vida monástica lida por olhos que souberam ver, observar, captar e por ouvidos que souberam escutar, discernir, compreender.

Grande é o tato, a delicadeza, eu diria o pudor com que ele narra os momentos mais importantes que marcam a vida monástica, mas também os momentos mais íntimos da vida pessoal e comum: ele anota, observa, pesa sem nunca julgar. Não idealiza, mas também relata suas limitações, fraquezas e contradições. De página em página, é possível ver claramente o desejo de entender, conhecer e aprender.

Creio que posso dizer que o valor de seu testemunho é este: outro olhar sobre outra vida. O que caracteriza o testemunho de Alex Corlazzoli de um tempo prolongado vivido junto aos monges é, sem dúvida, sua capacidade incomum de coletar, compreender e interpretar os elementos essenciais que compõem o diferente da vida monástica e fazê-los convergir em uma instância central, que os resume e os ressignifica: os monges querem ser uma memória da communitas, um antídoto contra as forças centrífugas, desagregadoras e individualistas. Tudo é comum para eles, e a própria personalidade do indivíduo não deve virar uma singularidade contra ou sem os outros.

Os monges praticam o viver em comum, o possuir em comum, o empreender tudo em comum, o legislar juntos: em uma palavra, “caminhar juntos”. Isso é, literalmente, a sinodalidade: um percurso feito juntos, embora permanecendo diferentes. Sim, os monges são especialistas em sinodalidade e gostariam de transmitir essa arte, que tem um preço, mas que poderia dar muitos frutos, na Igreja e na sociedade.

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