Enzo Bianchi rompe o silêncio: “Que a Santa Sé nos ajude. Nunca contestei o legítimo prior”

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28 Mai 2020

Com uma nota, o fundador de Bose tenta consertar as relações na comunidade monástica

A informação é de Paolo Rodari, publicada por Repubblica, 27-05-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

Enzo Bianchi rompe o silêncio. E, como esperado, tenta consertar a situação com a comunidade monástica de Bose fundada por ele, na tentativa extrema de superar as divisões internas e, assim, tornar irrelevante o decreto da Secretaria de Estado do Vaticano que previu - "temporariamente", conforme ele próprio explica – o seu afastamento. As palavras desta noite mostram que parte da história ainda precisa ser escrita, nem tudo parece ser definitivo.

Bianchi diz que nunca contestou a "legítima autoridade" do atual prior Manicardi. E apela à Santa Sé porque "em vão, a aqueles que nos entregaram o decreto, pedimos que nos fosse permitido conhecer as provas de nossas falhas e poder nos defender de falsas acusações". E novamente: "Na mais profunda tristeza, sempre obediente, na justiça e na verdade, à vontade do Papa Francisco, por quem tenho amor e devoção final".

Em nota, Bianchi lembra que "a visita apostólica realizada por três visitantes teve seus resultados e conclusões nos últimos dias". "Eu, frei Enzo Bianchi, fundador, a irmã Antonella Casiraghi, ex-responsável geral, frei Lino Breda, secretário da comunidade, e frei Goffredo Boselli, responsável pela liturgia - ele diz -, fomos convidados a deixar a comunidade temporariamente e ir morar em outro lugar".

"Nestes últimos dois anos, durante os quais estive deliberadamente mais ausente do que presente na comunidade, principalmente vivendo em meu eremitério, sofri por não poder mais dar minha legítima contribuição como fundador. Como fundador, há mais de três anos renunciei livremente como prior, mas entendo que minha presença possa ter sido um problema. No entanto, nunca contestei com palavras e ações a autoridade do legítimo prior, Luciano Manicardi, meu colaborador próximo por mais de vinte anos, como mestre dos noviços e vice-prior da comunidade, que compartilhou comigo em plena comunhão decisões e responsabilidades".

Por isso Bianchi invoca a ajuda da Santa Sé: "Nesta situação, para mim como para todos os demais, muito dolorosa, peço que a Santa Sé nos ajude e, se fizemos algo que contrasta a comunhão, que sejamos informados. Da nossa parte, no arrependimento, estamos dispostos a pedir e dar misericórdia. No sofrimento e na provação, também pedimos que a comunidade seja ajudada em um caminho de reconciliação. Agradeço de coração os muitos irmãos e irmãs de Bose que me apoiam nessas horas de muita dor e todas as pessoas que nos mostraram sua humana proximidade e seu sincero afeto".

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