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A cada catolicismo, o seu próprio inferno. Artigo de Enzo Bianchi

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09 Setembro 2024

"O valioso ensaio de Al Kalak conclui com uma verdadeira máxima: 'O catolicismo preserva, produziu e provavelmente está moldando mais de um inferno em sua incessante transformação'. Em suma: a cada catolicismo, o seu próprio inferno", escreve Enzo Bianchi, monge italiano e fundador da Comunidade de Bose, em artigo publicado por La Stampa, 07-09-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Não é fácil hoje fazer uma reflexão sobre o inferno, também porque muitas vezes é considerada uma dificuldade em pensar sobre essa realidade de sofrimento e eternidade desejada por Deus e infligida por ele pelo menos a uma parte da humanidade, a pecadora, não reconciliada com ele. Precisamos escutar aqueles que veem no inferno eterno a imagem de um Deus perverso, vingativo e até sádico, quase vislumbrando um Auschwitz eterno, algo que somente um poder maligno poderia inventar.

Essa dificuldade, ou até mesmo essa recusa, é antiga e, em épocas particulares da história do cristianismo, na modalidade de um embate mais que um confronto entre posições, contrapuseram ao inferno a coerência de uma salvação universal com o Deus de Jesus Cristo e, assim, afirmaram a infinita misericórdia do Senhor para com todas as suas criaturas, mesmo aquelas que contradisseram sua presença e sua vontade. Como não lembrar que, em certas tradições espirituais de algumas igrejas, homens e mulheres cheios de santidade demonstraram um extremo amor misericordioso, até o ponto de implorar para serem enviados ao inferno, desde que todos os seus irmãos e irmãs na humanidade encontrassem a salvação e compartilhassem da bem-aventurança da vida eterna?

Isaac, o Sírio (século VII), chegou a orar por uma salvação cósmica, uma transfiguração salvífica na qual todas as criaturas, sapientes ou insipientes, boas ou más, justas ou pecadoras, pudessem ser perdoadas, restauradas em sua integridade e agraciadas pelo amor de Deus. No catolicismo italiano, continua sendo fulgurante o amor de Catarina de Siena, essa mulher feita de fogo, que escrevia: “Como poderia eu suportar, Senhor, que um único daqueles que criastes à vossa imagem e semelhança se perdesse e escapasse de vossas mãos? Não, de modo algum quero que um único de meus irmãos se perca, um único daqueles que estão unidos a mim pelo mesmo nascimento”.

No final do século XX, no Ocidente, Teresa de Lisieux também sentiu uma grande reticência em relação ao castigo eterno e, pensando em Jesus sentado à mesa dos pecadores, pedia para poder suportar ela mesma a pena de sua condenação. Todas convicções que certamente não esquecem a afirmação da tradição paulina: “Deus quer que todos os homens sejam salvos” (1Tm 2,4).

Em Isaac, Catarina, Teresa e muitos outros habitam os sentimentos de Moisés, o grande profeta, e de Paulo, o Apóstolo dos Gentios. Moisés, de fato, diante do grande pecado de seu povo, reza a Deus dizendo: “Este povo cometeu grande pecado... Agora, pois, perdoa o seu pecado;... Se não, risca-me do teu livro!” (Êx 32,31-32). E, de acordo com a tradição judaica, chega a afirmar: “Senhor do mundo, que Moisés e mil como ele pereçam, mas que não se perca nem uma unha de um só israelita!” Paulo, por sua vez, expressa sua solidariedade com seus irmãos judeus, dizendo que estar disposto a ser excomungado e amaldiçoado, separado de Cristo, se isso puder beneficiar o Israel que não reconheceu Jesus como o Messias (cf. Rm 9,1-3).

“Alguém ainda acredita no inferno?”, é a pergunta feita por Matteo Al Kalak no epílogo de seu último ensaio Fuoco e fiamme. Storia e geografia dell'inferno. (Fogo e chamas. História e Geografia do Inferno), publicado pela Einaudi.

Matteo Al Kalak, professor titular de História Moderna na Universidade de Modena e Reggio Emilia, acostumou os leitores a segui-lo em documentadas pesquisas sobre a história da era moderna e, em particular, sobre a história do cristianismo, que os leva a jornadas desafiadoras, mas apaixonantes. Como ele já demonstrou em Mangiare Dio, Una storia dell'eucaristia (Einaudi 2021) Al Kalak possui a capacidade incomum de entrar nos debates mais críticos que desde seu início animam o cristianismo, e o catolicismo em particular, com o bisturi do historiador que não apenas documenta, verifica, examina, mas também avalia, mede, discerne, julga e, dessa forma, oferece ao leitor argumentos sólidos para conhecer o passado e pensar o presente. Ao perguntar se alguém ainda acredita na existência do inferno, Al Kalak, na verdade, coloca a questão de sua existência. Adotando o método da história cultural, o autor se concentra exclusivamente no inferno como lugar físico que acompanha a história da humanidade desde que se tem memória, representando plasticamente seus medos mais atávicos. De fato, é em sua dimensão espacial que a longa história do inferno se baseia há milênios, uma história tão profundamente enraizada que se fixou nas estruturas mentais e emocionais dos homens.

Apreciando pessoalmente a escolha de omitir deliberadamente a comparação sistemática com o protótipo do inferno dantesco, com o objetivo preciso de privilegiar outras fontes que influenciaram o imaginário da punição eterna, com uma atenção direcionada principalmente ao catolicismo, Al Kalak apresenta e analisa uma vasta coleção de sermões, textos de meditação, exercícios devocionais, catecismos, oratórios, cantatas, poemas escritos cosmológicos e astronômicos, textos científicos, retábulos, afrescos e gravuras. A partir de tudo isso, é possível entender o que está morto e o que ainda está vivo no inferno, ou seja, as estruturas culturais, religiosas, antropológicas e psicológicas das quais foi e é o catalisador. Desponta com força como a escuridão do reino subterrâneo e seus habitantes são examinados e estudados em relação à sociedade dos vivos: “O inferno como um espelho do mundo, como uma inversão da realidade, como um momento de crítica aos adversários políticos e àqueles que questionam a sobrevivência da alma”.

Al Kalak entra, depois, com grande competência no debate teológico do século XX e, em particular, da contribuição de um de seus mais importantes protagonistas, Hans Urs von Balthasar (1905-1988). Para o teólogo suíço, o inferno é uma possibilidade real, mas não uma certeza objetiva, levantando a possibilidade - a ser traduzida na esperança cristã para todos - de que o inferno esteja vazio.

Marcando profundamente o cristianismo contemporâneo e provocando reações virulentas, a visão de Balthasar sobre o inferno “desequilibrou a visão cristã do inferno, não por postular que estivesse vazio, mas por esperar que esse, no final, fosse o cenário que se deveria esperar, propiciando aberturas de grande autoridade”, até chegar ao Papa Francisco que, em uma recente entrevista na televisão, expressou a esperança: “gosto de pensar que o inferno esteja vazio. Espero que esteja”. De minha parte, estou convencido de que, ainda hoje, Von Balthasar não tenha se perdoado por revelar a grande hipocrisia daqueles religiosos que gosto de chamar de “algozes de Deus”, ou seja, que os defensores da massa de condenados e de um inferno cheio pensam em uma punição “para os outros” e nunca para si mesmos. A perversão de pensar que somente os outros vão para o inferno.

O valioso ensaio de Al Kalak conclui com uma verdadeira máxima: “O catolicismo preserva, produziu e provavelmente está moldando mais de um inferno em sua incessante transformação”. Em suma: a cada catolicismo, o seu próprio inferno. 

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