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Porto Alegre: três anos seguidos de decrescimento demográfico. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves

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08 Julho 2022

 

"Porto Alegre será a primeira capital brasileira a reverter a tendência secular de crescimento contínuo da população", escreve José Eustáquio Diniz Alves, demógrafo e pesquisador em meio ambiente, em artigo publicado por EcoDebate, 07-07-2022.

 

Eis o artigo.

 

A cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, apresentou decrescimento demográfico em 2020 e 2021 e deve continuar registrando taxa negativa em 2022. A maior cidade gaúcha deve ser a primeira capital a apresentar diminuição da população por três anos consecutivos.

 

O Portal da Transparência do Registro Civil fornece dados de nascimentos e de mortes, mas não os dados sobre migração que só estarão disponíveis após a publicação dos resultados do censo demográfico de 2022, do IBGE. Desta forma, o gráfico abaixo mostra o número de nascimentos e óbitos e a variação vegetativa em Porto Alegre, para os anos de 2018 a 2022. Nota-se que o número de nascimentos estava pouco acima de 22 mil bebês em 2018 e 2019 e apresentou uma queda significativa nos anos seguintes em função do impacto da pandemia da covid-19. Em 2020 foram 18,5 mil nascimentos e pouco mais de 16 mil em 2021 e 2022.

 

O número de mortes passou de 16,2 mil em 2018, para 19,2 mil em 2019, subiu para 20 mil óbitos em 2020 e alcançou o pico de 23,3 mil em 2021. A estimativa é que haja cerca de 19,5 mil óbitos em 2022. Por conseguinte, a variação vegetativa era positiva em 2018 e 2019 e se tornou negativa nos 3 anos seguintes. Há evidências de que a migração não alterou significativamente estas novas tendências.

 

Outra capital que apresentou decrescimento populacional foi a cidade do Rio de Janeiro, em 2021, mas que voltou a apresentar crescimento em 2022. Portanto, o impacto da pandemia foi maior na capital mais meridional do país. Com a diminuição dos óbitos da covid-19, pode ser que Porto Alegre volte a apresentar crescimento demográfico em 2023. Mas a tendência de longo prazo será de diminuição do número de habitantes na capital gaúcha, pois a cidade tem uma estrutura etária envelhecida e taxas de fecundidade bem abaixo do nível de reposição.

 

 

 

O gráfico abaixo mostra a população de Porto Alegre desde o primeiro censo demográfico do Brasil, de 1872, até as estimativas populacionais do IBGE para 2019. Nota-se que a população porto-alegrense era de 44 mil habitantes em 1872, chegou a 394 mil habitantes em 1950, deu um salto para 1,2 milhão em 1980, atingiu 1,41 milhão em 2010 e foi estimada em 1,48 milhão em 2019. Entre 1872 e 2019 a população cresceu cerca de 34 vezes. Mas o quadro mudou nos últimos 3 anos. A estimativa do gráfico abaixo para 2022, a partir dos dados do Portal da Transparência (visto anteriormente), é de 1,47 milhão de habitantes.

 

 

 

As pirâmides populacionais abaixo mostram os percentuais da distribuição por sexo e idade para a população de Porto Alegre, segundo os dados do censo 2010 e uma estimativa para o ano de 2025. Nota-se que o grupo de “80 anos e mais” era bem menor do que o grupo 0-4 anos de idade em 2010. Mas em 2025 já deve haver mais octogenários do que crianças de 0 a 4 anos. Esta é uma situação típica de uma população envelhecida e que inicia a trajetória de decrescimento. Portanto, mesmo que haja aumento da população em 2023, a capital gaúcha deverá iniciar em breve uma fase de longo prazo de redução do número de habitantes.

 

 

 

Indubitavelmente, Porto Alegre será a primeira capital brasileira a reverter a tendência secular de crescimento contínuo da população. Será uma experiência pioneira. Evidentemente, poderá ser uma solução ou uma danação, dependendo de como a nova realidade for administrada. A redução da força de trabalho poderá ser um fator de estrangulamento da economia ou pode ser compensada com mais tecnologia, maior produtividade, menor pobreza e menor subutilização do trabalho. Em termos ambientais, a redução da população porto-alegrense poderá abrir espaço para uma maior sustentabilidade e uma menor especulação imobiliária.

 

Por exemplo, o déficit habitacional poderá ser eliminado e muitos prédios urbanos poderão ser transformados em hortas verticais. Poderá haver espaço para mais áreas verdes, menos engarrafamentos, águas limpas no Guaíba, mais tranquilidade gerando maior qualidade de vida para as pessoas e para toda a vida ecossistêmica.

 

A transição urbana fez as pessoas pensarem que cidade boa é cidade grande e quanto maior melhor. Mas é preciso reconhecer que o século XXI será marcado por um cenário de decrescimento da população e dos municípios. Sem querer fazer referência a tempos imemoriais, talvez Porto Alegre volte a ser um local idílico, uma pequena grande cidade, semelhante ao que imaginou Mario Quintana:

 

“Cidadezinha cheia de graça…
Tão pequenina que até causa dó!
Com seus burricos a pastar na praça…
Sua igrejinha de uma torre só (…)
Lá toda a vida poder morar!
Cidadezinha… Tão pequenina
Que toda cabe num só olhar…”

 

Referências

 

ALVES, JED. 200 cidades gaúchas com decrescimento populacional em 2021, Ecodebate, 09/02/2022. Disponível aqui.

ALVES, JED. As cidades mais envelhecidas do Brasil não são as mais atingidas pela covid-19, Ecodebate, 29/06/2020. Disponível aqui.

ALVES, JED. Demografia e Economia nos 200 anos da Independência do Brasil e cenários para o século XXI (com a colaboração de GALIZA, F), ENS, maio de 2022. Disponível aqui.

 

Leia mais

 

  • Porto Alegre de frente para o Guaíba, mas de costas para os pobres?
  • 200 cidades gaúchas com decrescimento populacional em 2021
  • Cidades gaúchas com decrescimento populacional em 2020. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves
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