25 Mai 2022
No encontro “Ucrânia: uma paz a ser construída” organizado em Milão pela Fundação Ambrosianeum, Instituto Auxológico e a Universidade Católica de Milão, ressoou o testemunho do chefe da Igreja Greco-Católica, Svjatoslav Shevchuk.
A reportagem é publicada por Agência SIR, 23-05-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.
“As vítimas se fazem apenas uma pergunta: por quê? E é a mesma pergunta que eu me faço e todos nós devemos nos fazer. O primeiro ponto do manifesto do genocídio ucraniano foi a negação da existência do povo ucraniano. Professores, desportistas, artistas, simples civis que falavam ucraniano eram humilhados e condenados à morte pelas tropas russas. O uso da violência sexual como arma: mulheres e crianças estupradas, homens mutilados, valas comuns. Estupros feitos em público, para humilhar publicamente pessoas que devem ser educadas, estupros para intimidar. Os soldados russos receberam não apenas permissão para estuprar, mas também ordem para o fazer”.
“Por trás disso, não há apenas uma estratégia militar, mas uma ideologia contra a humanidade e a história, pela qual é necessário rezar e mudá-la. Temos dificuldade em encontrar uma resposta e precisamos da ajuda de todos para superar essa ideologia de morte. Somente juntos, com a ajuda de Deus, conseguiremos superar esse desafio”, afirmou Shevchuk, em conexão remota.
“A paz é o único instrumento que todos somos chamados a invocar e construir juntos, porque é a única salvação - acrescentou o arcebispo de Milão Mario Delpini, durante o evento -. A paz é um sistema de relações positivas, construtivas. É justamente a relação entre as pessoas que é o princípio da paz, um princípio segundo o qual homens e mulheres, irmãos e irmãs são chamados a viver juntos segundo o princípio da harmonia e não da destruição”.
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“Violência sexual como arma na guerra. Por que tanta crueldade?”, pergunta o arcebispo greco-católico de Kiev - Instituto Humanitas Unisinos - IHU