• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Se esta é guerra. Artigo de Adriano Sofri

Foto: reprodução | Youtube

Mais Lidos

  • “É muita crueldade fazer uma operação como essa. Eles não estão nem aí. Querem mesmo destruir tudo. Se pudessem, largariam uma bomba, como fazem em Gaza, para destruir tudo de uma vez”, afirma o sociólogo

    Massacre no Rio de Janeiro: “Quanto tempo uma pessoa precisa viver na miséria para que em sua boca nasça a escória?”. Entrevista especial com José Cláudio Alves

    LER MAIS
  • Operação Contenção realizada na capital fluminense matou de mais de cem pessoas na periferia e entra para história como a maior chacina carioca de todos os tempos, sem, no entanto, cumprir o objetivo que era capturar Doca, apontado como líder do Comando Vermelho

    Rio de Janeiro: o desfile macabro da barbárie na passarela de sangue da Penha. Entrevista especial com Carolina Grillo

    LER MAIS
  • Massacre no Rio. “O objetivo subjacente da operação era desafiar as negociações de Trump com Lula”. Entrevista com Sabina Frederic

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    30º Domingo do Tempo Comum - Ano C - Deus tem misericórdia e ampara os humildes

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • IMPRIMIR PDF

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

08 Abril 2022

 

"É verdade que o nome da guerra é cada vez mais indevido, pelo menos desde que as armas se tornaram tão fatais, e desde que as ferocidades civis se sobrepuseram aos conflitos entre Estados e exércitos regulares. Chamá-las de guerras até corre o risco de enobrecê-las. O outro lado da questão está na razão desconsiderada pela qual Putin faz tanta questão de manter a sua grotesca definição: porque a guerra de agressão e de invasão, a sua na Ucrânia, é justamente um crime de guerra", escreve Adriano Sofri, jornalista e escritor italiano, em artigo publicado por Il Foglio, 06-04-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

Escrevo sobre uma sensação sentida diante de muitas reações a Bucha (cujo recorde já está quase caindo) e que chamarei de “anestização”. Não me refiro aos duvidosos – que sejam abençoados, desde que não façam da dúvida o ponto de chegada - e menos ainda os negacionistas, que sejam mais ou menos amaldiçoados. Refiro-me às pessoas que não se deram nem mesmo o tempo para uma emoção, nem mesmo um minuto de recolhimento, para se precipitar na declaração de que "esta é a guerra, isso é o que acontece em todas as guerras", exemplificando muitas vezes com o catálogo cheio de precedentes e fechando-se na fortaleza moral: "Não à guerra, não a todas as guerras!".

Mas não é sobre a questão moral que quero me deter, senão indiretamente, através das consequências de fato da proclamação retórica e do corolário anestésico. “Não existem crimes de guerra, a guerra é o crime!”. Perfeito, como discordar? Só que a fina camada de civilização que colocamos sobre a ferocidade universal, e só no dia seguinte, nos muitos dias seguintes, dos abismos dessa ferocidade, é feita de reduções, de taludes, de remendos. De dedos de crianças enfiados no buraco da represa.

Usarei, para que meu argumento não pareça preconceituoso, o Avvenire de ontem, jornal e editor pelo qual tenho simpatia. Marco Tarquinio, no editorial intitulado “A única face da guerra”, diz exatamente o que estou discutindo: “Vamos aprender de uma vez por todas: os corpos mutilados de Bucha não são uma exceção atroz, são a cara e o corpo da guerra. Este é o monstro, esta é a ferocidade. Sempre. Em todo conflito, e também na guerra desencadeada por Putin contra a Ucrânia” (de fato, Tarquinio, assim como o Papa Francisco, não hesita em atribuir a responsabilidade pela guerra).

Mas a verdade indiscutível, que a guerra, toda guerra, desencadeia a ferocidade e despoja os humanos da humanidade, precedeu (e anestesiou) a inspeção de Bucha, sua avenida de cadáveres, das unhas pintadas, das bicicletas e dos cachorros, os seus porões, a sua vala. E imaginem se Tarquinio e o Papa Francisco não estão com o coração apertado. Mas aquele título, "De uma vez por todas" - tão semelhante ao "Nunca mais" sobre o qual se estraçalha o nosso temperamento - involuntariamente distrai de olhar para "esta vez": "o monstro" como se reapresentou no mês de março deste ano, naquela cidade, naquele país. Se o monstro é sempre o mesmo, nascido de uma mesma guerra, de que adianta distinguir crimes de guerra, constituir um tribunal internacional, exigir respeito pelos corredores humanitários?

Tarquinio escreve: "Porque as guerras só se inflamam e continuam se as declaramos necessárias e as aceitamos como inevitáveis, se as adoçamos e aclamamos como libertadoras, se as imaginamos assépticas e precisas como um videogame...". É verdade, intimamente verdadeiro e, no entanto, é ao mesmo tempo falso, não porque está se mentindo, mas porque escapa à realidade e ao fato consumado. A guerra na Ucrânia, como acabou de dizer Tarquinio, não "se incendiou e continuou" porque a declaramos necessária e aceitamos como inevitável, muito menos adoçada e aclamada libertadora e imaginada como um videogame. Os ucranianos a sofreram e aceitaram para se defenderem, a si mesmos e a ideia que têm de si mesmos; e nós, cada um à sua maneira, com eles.

O passado humano é tanto um progresso quanto um fato consumado. O fato consumado, o armamento nuclear, a devastação e o envenenamento do meio ambiente, a naturalização do privilégio, está à nossa frente como um obstáculo praticamente intransponível, e para tentar superá-lo enfiamos alguns frágeis pregos em sua parede lisa e impassível. Fizemos um processo, em Nuremberg e Tóquio. Coisas de vencedores, é claro, e mais preocupados em evitar pretextos de novas guerras do que o genocídio - nem mesmo foi mencionada em Nuremberg, essa nova palavra.

Gradualmente, estabelecemos princípios e normas como aquelas que, na segunda página do mesmo Avvenire de ontem, Mariapia Garavaglia, em nome da Cruz Vermelha que presidia, enumera assim: "Não passar pelas armas os feridos, proteger os presos, utilizar uma força proporcional, não torturar os presos, não envolver os civis e os não beligerantes, os idosos e as crianças”. "Não bombardear os hospitais". “Não atirar na Cruz Vermelha”. “Uma emenda ao artigo 5 do Pacto de Roma (2002, instituição do tribunal penal permanente) introduziu o crime de agressão” (o título do artigo me pareceu incongruente: "Nenhum direito agora pode conter o crime-guerra". Ainda mais que o texto afirma também: “O direito humanitário não permite equidistância entre quem o descumpre e quem quer que seja aplicado"). Tribunais, ainda apenas ad hoc, para a ex-Iugoslávia, para Ruanda, para o Camboja, conseguiram, embora entre mil obstáculos, julgar e condenar 

Uma absolutez que quer ser radicalidade e é tentada a se livrar dos pequenos passos, dos crimes de código penal diante do imenso e inabalável código moral, responde a um impulso generoso e dissipado. Quase dez anos atrás, houve uma discussão acalorada em torno da (famigerada, porque severamente ameaçada e depois ignorada) "linha vermelha" de Obama na Síria contra as armas químicas.

Assad não deu a mínima e atacou com armas químicas, mas é outro assunto, memória ruim de Obama e Francisco, oportunidade de ouro para Putin. Mesmo então, alguns acreditaram objetar à distinção: talvez tiros de canhão, granadas e franco-atiradores não matam como o gás sarin?

Ontem li no Facebook o post de Bastiana Madau, estudiosa de filosofia, que apresentava claramente a questão: "A guerra ainda é tratada como um ofício que tem sua própria deontologia, portanto, os chamados crimes de guerra são diferenciados dos outros atos delituosos perpetrados usando um uniforme. Ao invés, seria a hora, e é sempre demasiado tarde, da humanidade internalizar o conceito de que a própria guerra é um crime e que não deve ser feita por nenhum motivo”. Seria a hora, de fato.

Mas enquanto não acontece, mas acontece que alguém move uma "operação militar especial" inundando um país com seus bandos armados, é bom que a chamada comunidade internacional, todas e todos nós, continuemos a perceber que existe uma diferença entre quem usa uniforme e quem não usa, e entre os atos assustadores e assustados cometidos por quem usa uniforme. Uma vez eu vi um vídeo do excelente Ettore Mo sobre a montanha de Shah Massoud, o leão de Panshir, e também estava Gino Strada, e em certo ponto exclamou: “Mas isso é um crime de guerra! E onde está a ONU?”.

Já que estou no tema, tenho uma nota. É verdade que o nome da guerra é cada vez mais indevido, pelo menos desde que as armas se tornaram tão fatais, e desde que as ferocidades civis se sobrepuseram aos conflitos entre Estados e exércitos regulares. Chamá-las de guerras até corre o risco de enobrecê-las. O outro lado da questão está na razão desconsiderada pela qual Putin faz tanta questão de manter a sua grotesca definição: porque a guerra de agressão e de invasão, a sua na Ucrânia, é justamente um crime de guerra.

 

Leia mais

 

  • Uma resposta a Sofri. É importante considerar toda guerra um crime. Artigo de Enrico Peyretti
  • O açougueiro de Bucha recebeu bênção do bispo ortodoxo, mas levá-lo ao Tribunal de Haia será difícil
  • Fontes ucranianas: “Este é o comandante responsável pelo massacre de Bucha”
  • A Igreja global depois de Bucha. O exemplo que queremos ignorar
  • Papa exibe bandeira de Bucha ensanguentada e denuncia “as atrocidades” ali cometidas
  • O Papa Francisco, a bandeira ensanguentada e as crianças ucranianas. Tuitadas
  • Bucha, o Patriarca Kirill abençoa todos os horrores da guerra para apoiar Putin. Artigo de Pasquale Annicchino
  • O Papa denuncia: “Na atual guerra na Ucrânia, estamos testemunhando a impotência das Organizações Internacionais”

Notícias relacionadas

  • 17 de maio de 1915 – Primeira Guerra Mundial faz superior-geral dos jesuítas se mudar para a Suíça

    Quando a Itália entrou na guerra contra a Áustria, ficou insustentável para Ledochowski (foto) permanecer em Roma. Então, e[...]

    LER MAIS
  • "Brasil não deve investir em energia nuclear". Entrevista especial com Dom Jayme Chemello

    LER MAIS
  • E Kissinger disse a Videla: "Façam tudo depressa"

    O secretário de Estado estadunidense Henry Kissinger e o ministro argentino das Relações Exteriores César Augusto Guzzetti enc[...]

    LER MAIS
  • Evo revê sua gestão

    "A descolonização não é uma questão de discurso nem de leis, mas sim de transformação da sociedade", disse neste domingo o [...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados