• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

O czar e o mito da Terceira Roma. Artigo de Carlo Galli

Manifestante com cartaz que diz "Putin, pare" (Foto: Unsplash)

Mais Lidos

  • “É muita crueldade fazer uma operação como essa. Eles não estão nem aí. Querem mesmo destruir tudo. Se pudessem, largariam uma bomba, como fazem em Gaza, para destruir tudo de uma vez”, afirma o sociólogo

    Massacre no Rio de Janeiro: “Quanto tempo uma pessoa precisa viver na miséria para que em sua boca nasça a escória?”. Entrevista especial com José Cláudio Alves

    LER MAIS
  • Operação Contenção realizada na capital fluminense matou de mais de cem pessoas na periferia e entra para história como a maior chacina carioca de todos os tempos, sem, no entanto, cumprir o objetivo que era capturar Doca, apontado como líder do Comando Vermelho

    Rio de Janeiro: o desfile macabro da barbárie na passarela de sangue da Penha. Entrevista especial com Carolina Grillo

    LER MAIS
  • Massacre no Rio. “O objetivo subjacente da operação era desafiar as negociações de Trump com Lula”. Entrevista com Sabina Frederic

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    30º Domingo do Tempo Comum - Ano C - Deus tem misericórdia e ampara os humildes

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • IMPRIMIR PDF

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

23 Março 2022

 

"Com o declínio da Roma italiana, caindo nas mãos dos muçulmanos aquela bizantina, Moscou foi investida por uma parte da Igreja Ortodoxa e pelo poder político czarista com a tarefa de continuar e levar a termo a missão, ao mesmo tempo sagrada e imperial, das duas Romas de que se considera herdeira".

 

A opinião é de Carlo Galli, filósofo político e ex-deputado italiano, professor da Universidade de Bolonha, em artigo publicado por la Repubblica, 22-03-2022. A tradução é de Luisa Rabolini. 

 

Segundo ele, "usar, como Putin fez, uma passagem do Evangelho de João para legitimar a guerra 'patriótica' é na realidade a reativação consciente de uma fenda profunda da história russa. Ou seja, do mito identitário de Moscou como a 'Terceira Roma'".

 

"Putin também atua contra a ocidentalização da Rússia, portanto, e quer fazer frente às dificuldades de sua aventura ucraniana transformando-a em uma guerra de civilização entre um poder etnonacionalista enraizado na sacralidade e na ideologia ocidental - constata o filósofo italiano. O conflito entre o Ocidente e a Eurásia se soma, portanto, no plano de Putin, ao conflito entre o mundo católico e protestante, por um lado, e o mundo eslavo ortodoxo, do outro, entre estados democráticos e Império bicontinental. E talvez o czar espere ser respondido, por outro lado, com ondas de russofobia. Para que a hostilidade se torne irremediável".

 

Eis o artigo. 

 

Mesmo que o que todos esperam seja verdade, ou seja, que se está rumando para um acordo, o conflito russo-ucraniano deixa um mar de morte, destruição, dor, miséria, separação e ódio.

 

Levará muito tempo para curar as feridas políticas, econômicas e humanas que foram abertas pela infeliz intervenção realizada por Putin e seu governo.

 

A guerra, como se fosse dotada de uma existência autônoma, prendeu-se a si mesma e, ainda que a política tenha acreditado que poderia modulá-la conforme sua conveniência, produziu-se uma escalada não só militar, não só de crueldade, mas também de mentalidade: raciocinar em termos de amigo e inimigo tornou-se comum; projetar cenários apocalípticos não é mais ficção científica, mas uma expressão de ameaças e medos reais, infelizmente não infundados; a paz deixou de ser percebida como algo normal; as memórias individuais e coletivas serão marcadas por muito tempo pela explosão de violência sofrida pelo povo ucraniano.

 

Além disso, uma nova, profunda e dilacerante ferida foi adicionada àquelas materiais com o discurso de Putin no estádio Luzniki (na semana passada): um discurso importante porque marca um salto significativo de qualidade propagandística e ideológica, que não deve ser classificada apenas como "blasfema", como o mundo católico, junto com muitos leigos, tende a fazer. Usar, como Putin fez, uma passagem do Evangelho de João para legitimar a guerra "patriótica" é na realidade a reativação consciente de uma fenda profunda da história russa. Ou seja, do mito identitário de Moscou como a "Terceira Roma".

 

Com o declínio da Roma italiana, caindo nas mãos dos muçulmanos aquela bizantina, Moscou foi investida por uma parte da Igreja Ortodoxa e pelo poder político czarista com a tarefa de continuar e levar a termo a missão, ao mesmo tempo sagrada e imperial, das duas Romas de que se considera herdeira.

 

Uma missão confiada ao césar, ao czar, legitimado por um patriarca que lhe reconhece a superioridade; uma missão, no entanto, não mais universal, mas centrada no mundo eslavo, que recebe sua identidade e compactação, e que assim se diferencia do mundo ocidental - que, por outro lado, na idade moderna, tende a separar laicamente e humanisticamente, política e religião. A mitologia da Terceira Roma também operou durante o comunismo, que, pelo menos com Stálin, construiu um comunismo impregnado de eslavofilia, e tomou do Ocidente a técnica racional da política e da produção econômica, mas não a essência emancipatória da modernidade.

 

Putin também atua contra a ocidentalização da Rússia, portanto, e quer fazer frente às dificuldades de sua aventura ucraniana transformando-a em uma guerra de civilização entre um poder etnonacionalista enraizado na sacralidade e na ideologia ocidental. O conflito entre o Ocidente e a Eurásia se soma, portanto, no plano de Putin, ao conflito entre o mundo católico e protestante, por um lado, e o mundo eslavo ortodoxo, do outro, entre estados democráticos e Império bicontinental. E talvez o czar espere ser respondido, por outro lado, com ondas de russofobia. Para que a hostilidade se torne irremediável.

 

Muitos intelectuais russos provavelmente estremecem diante dessa manobra do autocrata de Moscou, que põe fim à ocidentalização da Rússia pós-comunista, comprometendo seu desenvolvimento democrático. No entanto, a escalada ideológica aprofunda a ferida que a guerra abriu; estamos agora diante de um conflito que não se explica apenas com a economia política, nem apenas com a geopolítica; a hostilidade atingiu agora sua forma extrema: tornou-se uma inimizade teológico-política. Entre as tarefas da paz estará também esta: operar uma desescalada ideológica eficaz e credível, sair da guerra religiosa, recuperar uma humanidade comum.

 

Leia mais

 

  • Guerra Rússia-Ucrânia, o papa: “Massacre repugnante, desumano e sacrílego. A comunidade internacional deve se empenhar para deter isso”
  • À beira do abismo. Artigo de Edgar Morin
  • “Putin nos devolveu subitamente ao século XX”. Entrevista com Xosé Manoel Núñez Seixas
  • Ucrânia: “A guerra será longa. Estamos em um novo tempo. Abre-se uma temporada de incógnitas e ameaças”. Entrevista com Andrea Riccardi
  • Os destinos da Europa e a paz dos vivos. Artigo de Donatella di Cesare
  • Putin e os europeus unidos no paradoxo. Artigo de Alberto Negri
  • Com Kirill veio também Viganò
  • Putin, César de Bizâncio. Artigo de Silvia Ronchey
  • Católicos. A direita clerical e o choque de civilizações entre a “Terceira Roma” de Putin e o Mal ocidental
  • Na mesa, os medos do czar. Artigo de Massimo Recalcati
  • Dugin e a Russia de Putin
  • Kirill transforma a guerra de Putin em uma cruzada contra o “grande Satanás”. Artigo de Pasquale Annicchino

 


Notícias relacionadas

  • Ecuador ya produce petróleo en el campo de Tiputini, próximo al parque nacional Yasuní

    LER MAIS
  • A encruzilhada geopolítica que aguarda Francisco na Geórgia

    LER MAIS
  • Putin e Hollande brigam pela Síria

    A suspensão da viagem do presidente russo à França escancara as intrigas estratégicas e diplomáticas mais espantosas desde a [...]

    LER MAIS
  • Um monge grego na cadeia, em pleno Natal

    Preso na Grécia o abade do mosteiro mais importante da sagrada montanha. O patriarca de Moscou exige a libertação. O patriarca [...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados