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Assange: império da vigilância e imperialismo

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03 Março 2020

“Se Assange é culpado de alguma coisa, é por ter aberto nossos olhos aos crimes de guerra estadunidenses, por nos colocar diante dos manuais de tortura de Guantánamo ou do vídeo Collateral Murder, onde helicópteros AH-64 Apache abriam fogo nas ruas de Bagdá e massacravam 11 civis”, escreve Katu Arkonada, cientista político basco-boliviano e especialista em América Latina, em artigo publicado por La Jornada, 29-02-2020. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

O julgamento de Julian Assange, fundador do Wikileaks, é uma metáfora perfeita de como opera hoje o imperialismo estadunidense no mundo. São as forças armadas, o Departamento de Estado e a CIA que causaram milhares de mortes no Afeganistão, Iraque, Líbia e Síria, mas é quem mostrou ao mundo esses crimes que querem condenar a 175 anos de prisão por 18 crimes (17 deles tipificados pela Lei de Espionagem de 1917, aprovada por ocasião da Primeira Guerra Mundial).

Rafael Correa expressou algo de maneira contundente. Se as revelações de Assange tivessem sido sobre a China ou a Rússia, em Washington, teriam construído o Memorial Assange em defesa da liberdade de expressão e contra crimes de guerra.

Contudo, nessa era digital, mata-se o mensageiro, seja este australiano, como Assange, ou americano, como Chelsea Manning, que passou 7 anos na prisão (com uma condenação de 35 anos comutada por Obama). Exatamente 7 anos a mais que qualquer analista de inteligência estadunidense que tenha torturado civis afegãos ou iraquianos.

Também 7 anos (2.487 dias) foram os que Julian Assange passou refugiado na embaixada do Equador, no Reino Unido, após a retirada de seu status de asilado político por um Lenin Moreno subordinado aos interesses dos Estados Unidos.

Se Assange é culpado de alguma coisa, é por ter aberto nossos olhos aos crimes de guerra estadunidenses, por nos colocar diante dos manuais de tortura de Guantánamo ou do vídeo Collateral Murder, onde helicópteros AH-64 Apache abriam fogo nas ruas de Bagdá e massacravam 11 civis (entre eles, dois colaboradores da agência de notícias Reuters). Manuais e imagens que tornavam difícil olhar para outro lado frente aos crimes de guerra cometidos pelos Estados Unidos e seus aliados em todo o planeta.

No entanto, torturas e massacres de civis são apenas a ponta do iceberg de uma nova era digital, onde não há mais privacidade e, embora exista uma aparente liberdade de comunicação graças à Internet, nossas comunicações são espionadas e o ciberespaço e a vida civil em geral foram militarizados.

O Wikileaks fez emergir o iceberg e, de repente, se tornou um elefante que estava diante de nós e não nos permitia olhar para outro lado. Graças ao Wikileaks, conhecemos o que é a SIPRNet, um protocolo secreto de redes de roteamento da Internet que é operado pelo Departamento de Defesa para hospedar informações confidenciais.

Os vazamentos de Collateral Murder e Irak War Logs, em abril e outubro de 2010, abriram caminho para que, em 2013, Edward Snowden vazasse a informação sobre os programas PRISM e Xkeyscore da Agência de Segurança Nacional (NSA) estadunidense. Programas que serviram para obter e analisar massivamente dados e metadados coletados de empresas como Google, Facebook e Apple.

É por nos mostrar como operam o império da vigilância e do imperialismo na era digital, uma aliança entre aparatos militares de segurança e grandes empresas de Internet, que Snowden está refugiado na Rússia e Assange está sendo mantido na prisão de alta segurança de Belmarsh, Londres, enquanto é julgado com o propósito de extraditá-lo para os Estados Unidos, em um julgamento que será retomado entre 18 de maio e 5 de junho. A primeira semana de julgamento também se tornou uma metáfora do que espera ao fundador do Wikileaks, se for extraditado: no primeiro dia de julgamento, foi despido duas vezes, mantido em cinco celas diferentes e algemado 11 vezes.

Independente do que sentencie um tribunal de um aliado estratégico dos Estados Unidos na OTAN, tanto o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, como a Corte Interamericana de Direitos Humanos qualificaram como detenção arbitrária a situação de Assange e insistiram na necessidade de garantir o asilo. Sem contar a condenação mundial da tentativa de censurar a liberdade de expressão, em um caso amparado pela Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos. É paradoxal que em 2020 estejamos debatendo cortes de direitos que, se tivessem ocorrido 50 anos atrás, teriam impossibilitado o escândalo de Watergate e a renúncia de Nixon.

É por isso que o julgamento do fundador do Wikileaks é um julgamento contra a liberdade de expressão, porque, como disse o próprio Assange: Toda vez que somos testemunhas de uma injustiça e não agimos, somos mais passivos com a sua presença e com isso podemos perder toda a habilidade em nos defender e em defender aqueles que amamos.

Além disso, o julgamento de Assange é a possibilidade de nos manifestarmos contra o imperialismo da era digital e o império da vigilância que constrói. O próprio Snowden disse: Não quero viver em um mundo onde tudo o que eu diga ou faça, todas as pessoas com quem eu falo, cada expressão de criatividade, de amor ou amizade seja gravada.

Não queremos que os governos vigiem indiscriminadamente seus cidadãos, mas, sim, queremos uma cidadania que mantenha em observação as cloacas do poder para que respondam pelos crimes cometidos em guerras de espoliação dos recursos naturais do planeta.

 

Leia mais

  • Cidadania vigiada. A hipertrofia do medo e os dispositivos de controle. Revista IHU On-Line, Nº. 495
  • Julian Assange, cofundador do Wikileaks, é preso em Londres após Equador retirar asilo diplomático
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