Por: André | 08 Julho 2015
O segundo Encontro Mundial de Movimentos Sociais e Populares teve sua abertura às 15h desta terça-feira em Santa Cruz com cinco eixos temáticos: moradia, trabalho, violência, terra e meio ambiente. O presidente Evo Morales e o cardeal Peter Turkson, coordenador da encíclica do Papa, fizeram a abertura do evento.
A reportagem é de Iván Condori e publicada por La Razón, 07-07-2015. A tradução é de André Langer.
O encontro acontece no coliseu de Villa Rosita, entre o segundo e o terceiro anéis, e conta com a participação de cerca de 1.500 delegados de diferentes organizações sociais da África, Ásia, Europa e América Latina.
Turkson, procedente de Gana, ressaltou que os cinco temas são considerados fundamentais pelos crescentes desafios. “A Igreja pretende tomar as necessidades e aspirações dos movimentos sociais como próprias e assim unir-se através de diferentes iniciativas. O objetivo é produzir mudanças sociais necessárias para um mundo mais justo”. Também acrescentou que é necessário “o grito dos pobres e o grito da terra” de maneira conjunta, porque considerou que os problemas sociais e ambientais requerem uma solução integral.
“Na Igreja e na sociedade devemos aprender a incluir os excluídos e para isso devemos chegar até àqueles que se encontram na periferia. Devemos receber os marginalizados como membros absolutos da nossa comunidade, economia e sociedade”, ressaltou Turkson, membro do Pontifício Conselho Justiça e Paz do Vaticano.
Encíclica Laudato si’. Turkson colaborou na elaboração da encíclica do Papa, apresentada no dia 18 de junho, na qual se pede “uma corajosa revolução cultural” contra o comportamento “suicida” que destrói o planeta. O documento será entregue aos participantes do II Encontro Mundial de Movimentos Sociais, que dá sequência ao trabalho do primeiro evento realizado em outubro de 2014.
O vice-ministro de Coordenação junto aos Movimentos Sociais, Alfredo Rada, assinalou que o evento será encerrado no dia 09 de julho na Fexpocruz com a presença do Pontífice e do Presidente. Recordou que as conclusões serão entregues ao Santo Padre.
O representante do Movimento Sem Terra (MST) do Brasil, João Pedro Stédile, detalhou que 250 pessoas do Brasil participarão da atividade. “Isto é a continuidade do encontro iniciado no Vaticano com o Papa, em 2014. Estamos muito felizes por nos reunir novamente para abordar temas de vital importância para a sociedade”.
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Movimentos sociais iniciam seu segundo encontro mundial - Instituto Humanitas Unisinos - IHU