Desmatamento na Amazônia aumenta 212% em outubro deste ano, aponta Imazon

Mais Lidos

  • “Os israelenses nunca terão verdadeira segurança, enquanto os palestinos não a tiverem”. Entrevista com Antony Loewenstein

    LER MAIS
  • Golpe de 1964 completa 60 anos insepulto. Entrevista com Dênis de Moraes

    LER MAIS
  • “Guerra nuclear preventiva” é a doutrina oficial dos Estados Unidos: uma visão histórica de seu belicismo. Artigo de Michel Chossudovsky

    LER MAIS

Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

05 Dezembro 2019

Ainda segundo o Instituto, a degradação florestal, destruição da floresta por queimadas ou retirada seletiva de madeira, teve um crescimento de 394% em comparação com o mês de outubro do ano passado.

A reportagem é de Stefânia Costa, publicada por EcoDebate, 04-12-2019.

De acordo com o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon, no mês de outubro deste ano, houve um aumento de 212% de desmatamento na Amazônia, em comparação com o ano passado. Em 2018, foram perdidos 187 km² de floresta. Em 2019, esse número subiu para 583 km² de vegetação devastada. No ranking do desmatamento por estado, o Pará lidera com 59%. Em seguida aparecem: Mato Grosso (14%), Rondônia (10%), Amazonas (8%), Acre (6%), Roraima (2%) e Amapá (1%).

O boletim do desmatamento do Imazon indica que a degradação na Amazônia também cresceu. Em outubro desse ano, as florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 618 km², enquanto que, em outubro de 2018, a degradação florestal detectada foi de 125 km². Esses números significam um aumento de 394%. O Mato Grosso dispara na lista dos estados com mais degradação, com 74%. O Pará vem em segundo lugar, com 17%, seguido por Rondônia, com 7%, Amazonas e Tocantins, ambos com 1%.

Desmatamento e degradação

O Imazon classifica desmatamento como o processo de realização do corte raso, que é a remoção completa da vegetação florestal. Na maioria das vezes, essa floresta é convertida em áreas de pasto. Já a degradação é caracterizada pela extração das árvores, normalmente para fins de comercialização da madeira. Outros exemplos de degradação são os incêndios florestais, que podem ser causados por queimadas controladas em áreas privadas para limpeza de pasto, por exemplo, mas que acabam atingindo a floresta e se alastrando.

Ranking do desmatamento

Pacajá, município do sudeste do Pará, aparece pelo segundo mês consecutivo no topo da lista das cidades que mais registraram desmatamento, com 32 km². Altamira, Portel, Uruará, São Félix do Xingu e Placas, todas também no Pará, aparecem em seguida na lista. Estes municípios críticos estão localizados na área de influência de Belo Monte. Porto Velho é a única capital presente no ranking das dez cidades que mais destruíram a floresta.

Em outubro de 2019, 54% do desmatamento na Amazônia ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante foi registrado em Assentamentos (32%), Unidades de Conservação (7%) e Terras Indígenas (7%). A APA Triunfo do Xingu, no Pará, a Florex Rio Preto-Jacundá, em Rondônia, e a Resex Guariba-Roosevelt, Mato Grosso, foram as Unidades de Conservação mais desmatadas na Amazônia. Das dez terras indígenas mais desmatadas, oito ficam no estado do Pará. No topo da lista estão a TI Cachoeira Seca do Iriri, TI Ituna/Itatá e a TI Apyterewa.

SAD

O Sistema de Alerta de Desmatamento é uma ferramenta de monitoramento, baseada em imagens de satélites, desenvolvida pelo Imazon para reportar mensalmente o ritmo do desmatamento e da degradação florestal da Amazônia. Operando desde 2008, atualmente o SAD utiliza os satélites Landsat 7 (sensor ETM+), Landsat 8 (OLI), Sentinel 1A e 1B, e Sentinel 2A e 2b (MSI) com os quais é possível detectar desmatamentos a partir de 1 hectare mesmo sob condição de nuvens.

Imazon

O Imazon é um instituto brasileiro de pesquisa, sem fins lucrativos, composto por pesquisadores brasileiros, fundado em Belém há 29 anos.

Desmatamento na Amazônia aumenta 212% em outubro deste ano, aponta Imazon. (Imagem: Divulgação)

Acesse o boletim completo aqui.

Entenda mais sobre o SAD aqui.

Leia mais

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Desmatamento na Amazônia aumenta 212% em outubro deste ano, aponta Imazon - Instituto Humanitas Unisinos - IHU