Com o fogo do Espírito

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13 Janeiro 2017

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho segundo João 1, 29-34, que corresponde ao Segundo Domingo do Tempo Comum, ciclo A do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.

Eis o texto

As primeiras comunidades cristãs preocuparam-se em diferenciar bem o batismo de João, que submergia as pessoas nas águas do Jordão, e o batismo de Jesus, que comunicava seu Espírito para limpar, renovar e transformar o coração dos seus seguidores. Sem esse Espírito de Jesus, a Igreja apaga-se e extingue-se.

Só o Espírito de Jesus pode colocar mais verdade no cristianismo atual. Só o Seu Espírito pode nos conduzir a recuperar nossa verdadeira identidade, abandonando caminhos que nos desviam uma e outra vez do Evangelho. Só esse Espírito pode nos dar luz e força para empreender a renovação que necessita hoje a Igreja.

O papa Francisco sabe muito bem que o maior obstáculo para colocar em marcha uma nova etapa evangelizadora é a mediocridade espiritual. Ele o diz de uma forma categórica. Deseja alentar com todas suas forças uma etapa “mais ardente, alegre, generosa, audaz, cheia de amor até o fim, e de vida contagiosa”. Mas tudo será insuficiente “se não arde nos corações o fogo do Espírito”.

Por isso procura para a Igreja de hoje “evangelizadores com Espírito” que se abram sem medo à sua ação, e encontrem nesse Espírito Santo de Jesus “a força para anunciar a verdade do Evangelho com audácia, em voz alta e em todo o tempo e lugar, inclusive contra a corrente”.

Segundo o papa, a renovação que quer impulsionar no cristianismo atual não é possível “quando a falta de uma espiritualidade profunda se traduz em pessimismo, fatalismo e desconfiança”, ou quando nos leva a pensar que “nada pode mudar” e, portanto, que “é inútil esforçar-se”, ou quando baixamos os braços definitivamente, “dominados por um descontentamento crônico ou por uma apatia que seca a alma”.

Francisco adverte-nos que “às vezes perdemos o entusiasmo ao esquecer que o Evangelho responde às necessidades mais profundas das pessoas”. No entanto, não é assim. O papa expressa, com força, sua convicção: “Não é o mesmo ter conhecido Jesus que não conhecê-Lo, não é o mesmo caminhar com Ele que caminhar a esmo, não é o mesmo poder escutá-Lo que ignorar sua Palavra [...] não é o mesmo tratar de construir o mundo com seu Evangelho que fazê-Lo sozinho, apenas com a própria razão”.

Tudo isto, temos de descobri-lo por experiência pessoal de Jesus. Do contrário, diz o papa, a quem não O descobre, ”depressa lhe falta força e paixão; é uma pessoa que não está convencida, entusiasmada, segura, apaixonada, não convence ninguém”. Não estará aqui um dos principais obstáculos para impulsionar a renovação pretendida pelo papa Francisco?

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