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14 Julho 2025

"A abordagem de Lula de 'o Brasil é respeitado' é a antítese perfeita da paralisia europeia: enquanto nossos líderes agem com medo de parecerem antidemocráticos ao impor limites institucionais ao extremismo, Lula está aberto a negociações ou ao recurso à OMC e fala em soberania, instituições independentes e reciprocidade comercial. Sua resposta funciona porque ele se recusa a deixar que os inimigos da democracia definam o que constitui democracia".

O artigo é de Mariam Martinez-Bascuñán, professora de Teoria Política da Universidade Autônoma de Madrid, publicado por El País, 13-07-2025.

Eis o artigo. 

Imagine alguém hackeando seu WhatsApp e enviando mensagens em seu nome. Seus contatos verão suas fotos, seu estilo de escrita, mas as palavras não serão mais suas. Algo semelhante acontece com os conceitos democráticos: eles ainda soam os mesmos, mas não dizem mais o que pensamos que dizem. Mantêm a aparência, mas estão sendo hackeados por dentro. Quando Musk se declara um "absolutista da liberdade de expressão" enquanto amplifica sistematicamente a desinformação, ele usa o prestígio de um conceito nobre para objetivos que o contradizem.

A liberdade de expressão deixa de ser um valor liberal e se torna uma arma de disputa política, e qualquer um que critique a desinformação automaticamente se torna antiliberal. É a inversão do ônus da prova: quem defende os limites básicos que permitem que os conceitos democráticos continuem operando é rotulado de censor ou autoritário. É assim que funciona o parasitismo conceitual: ele se alimenta do crédito das ideias democráticas enquanto as drena de conteúdo. Não precisa proibir a liberdade; ele a redefine até que signifique o oposto.

O mesmo acontece com o liberalismo econômico. O livre comércio foi concebido para o benefício mútuo de Estados e cidadãos, mas hoje é usado como arma geopolítica para subverter o sistema. Ao aumentar tarifas sobre o Brasil, Trump não pergunta a seus assessores econômicos se os Estados Unidos têm déficit comercial com aquele país. Ele acha que o Brasil está julgando Bolsonaro por tentar um golpe de Estado e usa suas tarifas para tentar salvá-lo. Seu discurso usa todas as palavras certas: ele fala em "proteger empregos", "corrigir desequilíbrios comerciais" e "defender os interesses dos Estados". O problema é que é mentira. Os EUA vendem mais para o Brasil do que compram, e os trabalhadores americanos não estão perdendo empregos por causa do Brasil. Mas Trump conseguiu fazer com que todos nós chamássemos sua chantagem política para interferir na democracia brasileira de "guerra comercial". Essa inversão semântica disfarça as ferramentas legítimas do comércio internacional, ao mesmo tempo que perverte todas as regras da OMC.

O sequestro conceitual captura ideias democráticas para usá-las para propósitos que contradizem sua função original, paralisando a resposta institucional. Isso também acontece quando o acesso de agitadores ao Congresso é defendido em nome da liberdade de expressão. As instituições democráticas estão presas porque não conseguem se defender sem serem acusadas de trair os valores que protegem. Quando J.D. Vance acusa a Europa de "ter medo da democracia" por causa de seus cordões sanitários contra o extremismo, ele magicamente transforma as defesas democráticas em autoritarismo, sabendo que ficaríamos paralisados por esse dilema. Diante disso, precisamos de estruturas interpretativas resilientes.

Primeiro, contextualizar permanentemente: apontar que Trump usa a linguagem comercial como pura interferência política.

Segundo, recuperar a dimensão institucional: lembrar por que esses conceitos foram concebidos nos ajuda a desmascarar sua perversão.

Finalmente, aceitar o paradoxo: quando a franqueza sem filtros se torna uma performance que legitima qualquer coisa, a democracia só sobreviverá se concordar em parecer antidemocrática para aqueles que realmente a traem.

A abordagem de Lula de "o Brasil é respeitado" é a antítese perfeita da paralisia europeia: enquanto nossos líderes agem com medo de parecerem antidemocráticos ao impor limites institucionais ao extremismo, Lula está aberto a negociações ou ao recurso à OMC e fala em soberania, instituições independentes e reciprocidade comercial. Sua resposta funciona porque ele se recusa a deixar que os inimigos da democracia definam o que constitui democracia.

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