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A lição do Papa Francisco sobre Gaza: um exemplo de liderança moral em tempos amorais

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23 Abril 2025

Com sua clareza diante dos abusos de Israel, o Papa recém-falecido desnuda a hipocrisia de muitos meios de comunicação e políticos.

A reportagem é de Owen Jones, publicada por The Guardian e reproduzida por El Diario, 22-04-2025.

A morte de grandes figuras públicas pode provocar as expressões de hipocrisia mais grotescas. Foi o que aconteceu com o Papa Francisco, elogiado agora por líderes e veículos que foram cúmplices dos mesmos males que ele condenou. “O Papa Francisco foi um papa para os pobres, os oprimidos e os esquecidos”, disse Keir Starmer, o primeiro-ministro britânico que cortou o subsídio de aquecimento de inverno para muitos pensionistas vulneráveis antes de anunciar um ataque aos benefícios por deficiência que, segundo previsões, empurrará cerca de 400 mil britânicos para a pobreza. “Ele promoveu… o fim do… sofrimento em todo o mundo”, escreveu Joe Biden, facilitador do assalto genocida de Israel a Gaza.

De fato, o destino de Gaza pareceu ocupar grande parte dos últimos anos de pontificado do Papa. Em sua última mensagem de Páscoa, ele condenou a “morte e destruição” e a consequente “situação humanitária dramática e deplorável” — um sermão poderoso que quase nenhum veículo ocidental repercutiu. Dificilmente se encontra destaque para qualquer uma de suas declarações corajosas sobre Gaza, como esta: “Isto não é uma guerra. Isto é terrorismo”. No seu último texto publicado, o Papa reiterou seu apoio a um Estado palestino, declarando: “A paz exige coragem, muito mais do que a guerra”.

Starmer reconheceu o trabalho do Papa com “cristãos de todo o mundo que enfrentam guerras, fomes, perseguição e pobreza”. Contudo, não mencionou que o Papa ligava diariamente para a única igreja católica em Gaza, oferecendo solidariedade e orações, nem que temia, com razão, pela comunidade cristã que corre o risco de desaparecer após viver em Gaza por mais de 1.600 anos.

A islamofobia tem sido fator-chave no despojamento do valor e do significado da vida palestina. Mas essa desumanização transcende a religião, já que houve pouca indignação no Ocidente pelo ataque israelense à igreja de São Porfírio em Gaza, pelo recente bombardeio ao hospital batista Al Ahli ou pelo massacre de inúmeros cristãos — entre eles uma mãe idosa e sua filha, assassinadas por um franco-atirador israelense na igreja da Sagrada Família na véspera de Natal de 2023. Essa era a mesma igreja que o Papa contatava diariamente; sua escola foi atacada pelo Exército israelense em julho passado.

O Reino Unido não foi mero espectador. A “morte e destruição” deploradas pelo Papa incluem as bombas lançadas sobre Gaza por caças F-35, cujos componentes-chave são fornecidos por Londres. Em seu último livro, o Papa observa: “Segundo alguns especialistas, o que está ocorrendo em Gaza tem características de genocídio”. Ainda assim, o governo britânico se recusa a qualificar como “crime de guerra” qualquer das atrocidades israelenses. Lembremos quando o ministro das Relações Exteriores, David Lammy, foi repreendido em Downing Street apenas por afirmar que Israel havia violado o direito internacional.

A morte de figuras públicas se politiza inevitavelmente de duas maneiras. Em casos como o de Margaret Thatcher, o falecimento acentua as divisões políticas, e os críticos são tratados como indecentes se apontam seu legado nefasto. Se o falecido era uma figura respeitada que discordava do status quo em vida, suas opiniões tendem a ser branqueadas postumamente. Foi o que ocorreu com Nelson Mandela, que declarou célebremente: “Sabemos muito bem que nossa liberdade está incompleta sem a liberdade do povo palestino”. Mais uma vez, quem evoca as crenças autênticas do finado corre o risco de ser acusado de semear divisões em um momento de luto.

De modo perverso, há algo quase refrescante na honestidade da política ultradireitista americana Marjorie Taylor Greene, que escreveu nas redes sociais, em aparente referência ao Papa: “Hoje houve mudanças importantes na liderança mundial. O mal está sendo derrotado pela mão de Deus.” Uma afirmação surpreendentemente ofensiva. Mas quão mais desrespeitoso é isso do que ignorar o conteúdo real das crenças e posturas corajosas do Papa, oferecendo em seu lugar vaguidões e lugares-comuns?

Exatamente por isso seu papel foi tão importante. O Ocidente está sob o jugo do ataque mais extremo à liberdade de expressão desde o macarthismo dos anos 50, com quem denuncia o genocídio de Israel sendo censurado, ameaçado, demitido, expulso de universidades, agredido pela polícia, preso e até enfrentando deportações de países como Alemanha e Estados Unidos.

Nesse contexto, o Papa Francisco foi uma exceção notável à regra — e não se pode “cancelar” o Papa. Em vez disso, as elites políticas e midiáticas tentam apagar seu legado na morte assim como faziam em vida, mais uma tática para eliminar o escrutínio e a responsabilização por esse crime de proporções históricas.

Este foi um papa incomum, que denunciou o capitalismo desenfreado e um “novo colonialismo”. Mas também esteve cheio de contradições, mostrando mais abertura às pessoas LGBTI+ do que seus predecessores, ao mesmo tempo em que condenava o que chamou de “ideologia de gênero” como “o perigo mais feio” de nosso tempo. Afinal, os papas não respondem a urnas: quem não acredita sustenta que sua eleição é arbitrária, não vontade divina. Como qualquer figura poderosa sem mandato democrático, que um papa seja favorável à justiça ou não é questão de acaso.

E um papa benevolente não elimina a necessidade de críticas à Igreja Católica por sua gestão dos abusos sexuais ou por sua oposição aos anticoncepcionais durante a pandemia de HIV/AIDS na África.

Leia mais

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