• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

O “maluco” Lutz já alertava, e ele tinha razão. Artigo Edelberto Behs

Mais Lidos

  • A herança crioula do Papa Leão XIV destaca a complexa história do racismo e da Igreja nos Estados Unidos

    LER MAIS
  • Guerrilheiro, refém, presidente, filósofo: a imensa vida de Pepe Mujica

    LER MAIS
  • O fascismo do fim dos tempos – e o refúgio dos bilionários. Artigo de Naomi Klein e Astra Taylor

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    5º domingo de páscoa – Ano C – A comunidade do ressuscitado

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

13 Mai 2024

"O colunista Moisés Mendes lembrou, em artigo, a figura do primeiro ecologista do Rio Grande do Sul, quiçá do Brasil, José Lutzemberger. Eu trabalhava no jornal Folha da Manhã, nos anos 70, em Porto Alegre, e seguidas vezes o Lutz aparecia na redação da Caldas Júnior para denunciar algum produto tóxico, falar em defesa de Gaia, da ecologia. Colegas, poucos é verdade, cochichavam: 'Lá vem o maluco!'", escreve Edelberto Behs, jornalista.

Eis o artigo.

O Alto Taquari em particular, mas praticamente todo o Estado do Rio Grande do Sul, enfrenta uma segunda cheia em pouco espaço de tempo, esta última ainda maior que a anterior, de setembro de 2023, superando inclusive a cheia de 41, que está na memória dos gaúchos e gaúchas de mais idade.

São Leopoldo, segunda-feira, de repente cai a luz por umas duas, três. horas. Não tem internet, não tem televisão, não tem banho elétrico. Quem mora em andares superiores de prédios fica limitado a subir ou descer escadas. Quem tenta levar o carro até a garagem estanca diante do portão elétrico, que não tem forças para subir.

São as “agruras” dos bem-situados: onde a cheia não chega. Mas quem tem sua casa invadida pelas águas? Perde tudo, desde geladeira, fogão, cama, sofá, armários, eletrodomésticos... Depois da hecatombe, tem que partir para um novo começo, muitas vezes do zero, a começar pela varredura do barro encravado no chão e nas paredes.

Menos sorte têm os que veem simplesmente sua casa desabar. E não foi um nem dois casos registrados nesses dias. Assim, sem mais, num piscar de olhos quem tinha um lar teve que buscar abrigo em casa de parentes, num hotel, numa escola, num abrigo público, sem eira nem beira. Há cidades que estão a ponto de sumir do mapa.

Fica evidente, contudo, aliás mais do que evidente, o quanto nós, humanos, somos dependentes da natureza, o quanto a natureza é forte, o quanto ela tem que ser cuidada. Cuidada? Sim, acariciada, e o quanto não estamos fazendo isso com cada vez maior produção de combustíveis fósseis... Lucro, lucro é o que importa!

Em artigo para o Sul 21, a historiadora e doutora em Ciências Sociais Maria da Glória Lopes Kopp, apontava que, “não por coincidência, o mapa da enchente (de 2024) é o mesmo da região originária das matas de araucária”, tirada dos botocudos por D. João VI e explorada, em 200 anos, por interesses capitalistas na exploração de madeira e, depois, no cultivo de produtos agrícolas de exportação.

“As terras que agora desabam dramaticamente no Sul do Brasil, levadas pelas chuvas torrenciais, foram integradas ao sistema capitalista de produção para o mercado internacional há 200 anos”, analisou. Trata-se de intensa atividade econômica exploratória, conhecida como ‘política de colonização’, iniciada com a vinda da Corte Portuguesa (1808-1821) para o Brasil.

O “progresso” às custas da natureza, cobra agora a conta. Em entrevista para Ligia Guimarães, da BBC Brasil, o doutor em Ciências e professor de Ecologia na Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Marcelo Dutra da Silva, frisou que é preciso “devolver para a natureza esses espaços que estão mais sensíveis ao alagamento”.

Ou seja, defendeu: “Cidades inteiras vão ter que mudar de lugar. É preciso afastar as infraestruturas urbanas desses ambientes de maior risco, que são áreas mais baixas, planas e úmidas, as áreas de encostas, as margens de rios e as cidades que estão dentro de vales”, um processo que ele denominou de “desedificar”, colocar as cidades em regiões mais seguras. Muçum e Roca Sales são candidatas em potencial para enfrentarem esse processo.

A reconstrução do Rio Grande do Sul, enfatizou o acadêmico, vai precisar ser planejada, levando em conta quais as áreas mais seguras e resistentes às variações climáticas extremas, que vieram para ficar. Ironicamente, as áreas mais valorizadas pelo setor imobiliário para grandes empreendimentos e pela própria população, anota a repórter da BBC Brasil, são justamente as mais vulneráveis a inundações: próximas a margens de rios e lagos, ou em áreas planas, baixas e úmidas.

Essas áreas, explicou o professor, exercem na natureza o importante papel de esponja. “Esse serviço dado pela natureza é justamente para que quando há uma grande carga d’água ela vá para lá, e as zonas mais altas fiquem seguras”. Daí que ele defende que todas as cidades atingidas revisem seus planos diretores antes de reconstruir tudo o que foi perdido, tentando fazer o mesmo como era antes.

O colunista Moisés Mendes lembrou, em artigo, a figura do primeiro ecologista do Rio Grande do Sul, quiçá do Brasil, José Lutzemberger. Eu trabalhava no jornal Folha da Manhã, nos anos 70, em Porto Alegre, e seguidas vezes o Lutz aparecia na redação da Caldas Júnior para denunciar algum produto tóxico, falar em defesa de Gaia, da ecologia. Colegas, poucos é verdade, cochichavam: “Lá vem o maluco!”

E o “maluco” estava coberto de razão, olhando no espelho de 30 anos atrás, quando ele falava do poder da natureza e os cuidados que devíamos ter para com ela. Moisés lembrou que Lutz dizia que antes de morrer gostaria de voltar à Terra a cada 50 anos, para dar uma olhadela, sem interferir em nada.

Conhecendo a índole do Lutz, acho que ele iria interferir e apontar para a loucura que o “progresso”, o desmatamento, a exploração mineral produziu, não só no Brasil, mas no mundo inteiro.

Veja a situação no Quênia, onde igrejas abrigam flagelados. As inundações também deixam marcas na Tanzânia, no Burundi e em partes de Uganda, na África. Mais de 100 mil pessoas tiveram que deixar suas casas no Burundi e 150 mil no Quênia.

Cientistas apontam que as fortes chuvas no Quênia, que tiveram início em meados de março, são resultado das alterações climáticas globais. Devido ao fenômeno, chuvas e períodos de seca tornaram-se mais intensos.

Temos algum motivo de aprendizagem dessa situação? Se os grandões, tipo os trumps e os naros da vida, que não acreditam nos alertas de cientistas, meteorologistas e estudiosos sobre a degradação climática, em pequena escala há alternativas que poderiam ser tocadas pelo poder público, escolas, igrejas: tratar da economia da natureza.

Os recursos da natureza não são ilimitados. É possível ter mais cuidado doméstico, como o uso da água, da eletricidade, do lixo. Cuidar das margens dos rios e arroios, preencher as encostas com árvores, gramínea, evitar o desmatamento, deixar os bueiros limpos e desimpedidos... Acrescentem outras iniciativas...

Leia mais

  • A catástrofe climática é, também, resultado de uma sociedade eticamente passiva e egoísta. Entrevista especial com Clóvis Borges
  • Crise mostra o que a sociedade é. Artigo de Edelberto Behs
  • Sem limites para as chuvas: dilúvios extremos e o futuro do clima. Artigo de Roberto Malvezzi
  • Presos em sua “bolha opaca”, governantes negligenciaram as previsões sobre a tragédia no RS. Entrevista especial com Heverton Lacerda
  • Tragédia do Rio Grande do Sul. Um desastre previsto. Entrevista especial com Paulo Artaxo
  • Subjugada no RS, crise climática está associada a maior enchente do Estado. Entrevista especial com Francisco Eliseu Aquino
  • Maior enchente da história em Porto Alegre. RS está no epicentro dos eventos extremos de precipitação. Entrevista especial com Rodrigo Paiva
  • Enchentes no RS: Eldorado do Sul poderá ser totalmente evacuada
  • Saúde Única: um olhar sobre as enchentes do RS. Artigo de Túlio Batista Franco
  • O que o desastre climático no RS e a dengue têm em comum
  • Nível dos rios não cede e mantém enchentes em Porto Alegre e Região Metropolitana
  • O problema não é o show da Madonna, é o desmatamento
  • Não fomos surpreendidos
  • Tragédia histórica expõe o quanto governo Leite ignora alertas e atropela política ambiental
  • Porto Alegre não investiu um centavo em prevenção contra enchentes em 2023
  • Tragédia no RS: 85 mortes e mais de 201 mil pessoas fora de casa
  • Rio Grande do Sul: barragens são antigas e precisam ser reforçadas, diz engenheiro
  • Momento de ajudar, pensar e agir! Artigo de Manuel Joaquim Rodrigues dos Santos
  • Com tragédia climática, governo e Congresso costuram “orçamento de guerra” para reconstruir Rio Grande do Sul
  • MetSul divulga fotos de antes e depois da enchente na região metropolitana de Porto Alegre
  • Passado e futuro na tragédia gaúcha. Artigo de Aldem Bourscheit
  • Governo federal antecipa pagamento de emendas parlamentares para o Rio Grande do Sul
  • Rio Grande do Sul: governança para prevenir desastres climáticos
  • Com 5 assentamentos submersos, MST lança campanha para apoio aos atingidos pelas enchentes no RS
  • Uma catástrofe que lembra a devastação da Amazônia
  • Enchentes já afetaram mais de 80 comunidades indígenas no RS; saiba como ajudar
  • No Rio Grande do Sul, a tragédia é natural, social e ambiental. Artigo de Gerson Almeida
  • Quase 850 mil afetados pelas chuvas no RS
  • Chuva no Rio Grande do Sul e crise climática: ‘Até quando vamos correr atrás do prejuízo?’, pergunta Paulo Artaxo, membro do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas
  • RS: PL das barragens em área de proteção ambiental é inconstitucional e agrava a estiagem. Entrevista especial com Heverton Lacerda e Paulo Brack
  • “Os oceanos nunca estiveram tão quentes como neste ano. O planeta mais quente altera a circulação oceânica e a circulação atmosférica”. Entrevista especial com Francisco Eliseu Aquino
  • RS. Servidores da Fepam alertaram Leite para os riscos da irrigação em Área de Preservação Permanente
  • Leite sanciona projeto que permite irrigação em Área de Preservação Permanente
  • Porto Alegre: Enchente histórica de 1941 pode ser superada nos próximos dias
  • Leite diz que desastre climático atual é o pior da história do RS
  • Chuva não dá trégua e situação deve se agravar ainda mais no RS
  • Clima extremo: chuvas voltam a matar e destruir no Sul
  • Eventos extremos, mudança do clima e política ambiental. Artigo de Jeferson Aguiar
  • Marina Silva: “Não basta mitigar e adaptar, precisamos transformar o modelo econômico”
  • Rio Grande do Sul já tem 29 mortos e 60 desaparecidos pelas enchentes
  • Chuvas deixam 19 barragens em estado de atenção no Rio Grande do Sul
  • Sistema contra enchentes em Porto Alegre não foi projetado para eventos extremos
  • Para não esquecer | Em meio de alerta vermelho por conta dos temporais extremos, o governo do Rio Grande do Sul não implementou projetos que poderiam amenizar tragédias. X-Tuitadas
  • Pequena história futura das enchentes do rio Caí. Artigo de Caio Fernando Flores-Coelho
  • O Guaíba à margem da lei e os desafios de reconhecer a natureza como sujeito de valor intrínseco. Entrevista especial com José Renato de Oliveira Barcelos
  • Inundação do Guaíba mostra importância de preservar áreas como a Ponta do Arado, diz especialista
  • Pesquisadores da UFRGS afirmam que potencial de desastre no Vale do Taquari poderia ter sido previsto
  • As responsabilidades humanas pelos tornados. Eles não são “naturais”
  • Ciclone é tragédia socioambiental, não somente natural. Artigo de Roberto Malvezzi (Gogó)
  • Tragédias climáticas: RS paga preço por não ter implantado sistema de gestão das águas. Entrevista com Arno Kayser, fundador do Comitesinos
  • Reflexões frente ao desastre climático-ambiental das cheias do rio Taquari-Antas
  • “Muçum não existe mais”
  • Cheia em Porto Alegre é a maior desde a superenchente de 1941
  • Inundação do Guaíba mostra importância de preservar áreas como a Ponta do Arado, diz especialista
  • “Porto Alegre é uma cidade ambientalmente abandonada”. Entrevista com Rualdo Menegat
  • Ignorando o Novo Regime Climático, RS quer enfrentar estiagem histórica apenas abrindo açudes e poços. Entrevista especial com Paulo Brack
  • Aquecimento aumentará número e intensidade de ciclones tropicais
  • “Os eventos climáticos se intensificaram no mundo, não seria diferente no RS”. Entrevista com Francisco Aquino
  • Colapso climático e o deslocamento forçado de milhões de pessoas. Entrevista especial com Paulo Brack
  • Greenpeace Brasil alerta: faltam políticas públicas para enfrentar emergência climática e evitar mais mortes
  • Colapso climático e os seus impactos nas populações rurais e urbanas. Entrevista especial com Rafael Altenhofen e Álvaro Rodrigues dos Santos

Notícias relacionadas

  • FLM é incentivada a rever investimentos em empresas de combustíveis fósseis

    Bispa Elizabeth A. Eaton, presidente da ELCA, discursando na Assembleia Geral em Nova Orleans (Foto: Reprodução/ELCA) As aç[...]

    LER MAIS
  • Por que lutam os ribeirinhos atingidos por Belo Monte?

    Moradores das Reservas Extrativistas da Terra do Meio (PA) exigem ter voz nas tomadas de decisão sobre os investimentos dos recur[...]

    LER MAIS
  • Há esperança para a conservação da natureza?

    LER MAIS
  • Ministério Público pede na Justiça cancelamento da licença de operação da hidrelétrica de Jirau

    ESBR, empresa responsável pela usina, não tem prestado auxílio a pescadores da vila de Abunã, da líder assassinada Nicinha [...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados