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O quarto de Nazaré. Artigo de Lidia Maggi

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22 Dezembro 2023

Esse quarto é um refúgio para viajantes. Abrigo temporário para se pôr novamente a caminho. Com decisão, “com toda a pressa”.

O comentário é de Lidia Maggi, pastora batista italiana, publicado em Riforma, 22-12-2023. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

“No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré. Foi a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José, que era descendente de Davi. E o nome da virgem era Maria. O anjo entrou onde ela estava, e disse: ‘Alegre-se, cheia de graça! O Senhor está com você!’” (Lc 1,26-28; Bíblia Pastoral)

O quarto de Nazaré é um covil de revolucionários ou, melhor, de revolucionárias, visto que é o quarto de uma mulher. O quarto totalmente só para ela, onde Maria experimenta a irrupção de Deus, não tem nada da cela dos nossos lugares íntimos, protegidos do mundo.

Esse quarto é um refúgio para viajantes. Abrigo temporário para se pôr novamente a caminho. Com decisão, “com toda a pressa”. A partir desse quarto, partem os caminhantes que enfrentam as montanhas, que não temem as agruras das subidas, a rarefação do ar dos picos, que não têm saudades do calor doméstico.

Nesse quarto, partimos de nós mesmos, mas para ir além de nós mesmos. Nesse quarto, está tudo: o céu e a terra, a voz divina e as urgências humanas, o mapa da viagem e os calçados para realizá-la.

Esse quarto é uma sala de aula, onde se aprende a se sentir grande. A apontar para o alto. Até entrever a presença de Deus no ventre de outra mulher. Até entrevê-la em uma história que proclama sua ausência, sua morte.

Aquelas palavras de exultação, que ainda hoje repetimos com estupor – “a minha alma engrandece o Senhor” –, foram ditas por Maria na casa de Isabel, depois de ter sido reconhecida pela parente como uma mulher habitada pelo divino.

Mas ela aprendeu a gramática daquele discurso no quarto de Nazaré, naquela sala de aula remota.

Porque não se improvisa aquele “sentir-se grande” que permite não observar a realidade, como notários que tomam nota do existente, mas sim “magnificá-la”, olhá-la com os óculos da “realidade aumentada”, que mostram suas raízes e seus frutos, o Espírito e o mundo novo, correspondentes ao sonho de Deus.

Em Nazaré, assim como em todos os vilarejos da terra, os humildes não são objeto de olhares particulares, ao contrário dos soberbos. Em Nazaré, vigora a ordem habitual do mundo, de quem está no poder.

Porém, naquele quarto, podem ser cultivados sonhos subversivos, sustentados por uma fé incapaz de permanecer fechada nos lugares da alma.

Há um céu naquele quarto; há um além que não permite o autocomprazimento ou a autocomiseração.

Naquele quarto, ouvimos uma Palavra que nos põe a caminho, prestamos atenção em uma história que pede para ser habitada, e não apenas conhecida.

No quarto de Nazaré, aprende-se a arte de se fazer próximas, de ir às pressas, superando hesitações razoáveis. Aprende-se a arte de visitar e, junto com a necessidade que pede gestos de cuidado, amadurece-se aquela difícil sabedoria de reconhecer a generatividade das situações julgadas insignificantes, daquelas que não furam as telas e não trazem prestígio a quem as frequenta.

No quarto de Nazaré, somos educados a ser “cheias de graça”: a graça divina, é claro, que pede que se reconheça a presença de Deus em seus dons gratuitos, imerecidos; mas também a nossa, por mais pobre e insuficiente que seja, uma graça que faz mover pensamentos e passos sem o cálculo dos resultados, com o único desejo de fazer florescer as vidas, doando gratuitamente.

A sala de parto. Assim como com as matriarcas estéreis de Israel, mais uma vez Deus intervém para tornar fecunda uma história bloqueada, desprovida de futuro. O quarto de Nazaré é a sala do parto, lugar generativo, que põe novamente em movimento a história da salvação. Aquele parto que o evangelista narra em Belém já está aqui, em Nazaré, em um presente que antecipa o futuro, que o anuncia “já” ocorrido, como aqueles verbos do Magnificat, em que o “ainda não” do Reino de Deus, que vira de cabeça para baixo a história dos poderosos, são expressados na língua do “já”.

O olhar evangélico é paradoxal: na escuridão da história, vislumbra a luminosidade do Reino; no espaço fechado de um quarto, amplia o horizonte para o mundo inteiro. Olhar de místicas de olhos abertos, de donas de casa que governam o mundo, às quais Deus revela seu sonho.

Com Maria, Deus mudou de endereço. Saiu do templo mudo para dialogar com uma pequena, uma menininha de Nazaré, na periferia do império, longe do centro da vida religiosa de Israel.

E, a partir daquele quarto, surgiu outra forma de habitar a terra. O evangelho do Natal, presença de um Deus que se faz encontrar, pobre entre os pobres, já se antecipou naquele quarto, na escuridão de uma história que, apesar de tudo, é fecunda, na qual os frutos do ventre podem exultar de alegria e reabrir o futuro.

O espaço do ventre

“A voz do mensageiro havia chegado junto com uma rajada de ar. Eu me levantei para fechar as persianas e, assim que me levantei, fui coberta por um vento, por um pó celeste, a ponto de fechar os olhos. O vento de março na Galileia vem do norte, das montanhas do Líbano e do Golã. Traz um bom tempo, faz as portas baterem e infla o tapete de entrada, que parece grávido. Nos braços daquele vento, a voz e a figura de um homem estavam diante de mim.

“Na nossa história sagrada, os anjos têm um corpo normal, humano, não é possível distingui-los. Você sabe que são eles quando eles vão embora. Deixam um dom e também uma falta. Nem mesmo Abraão os reconheceu nos carvalhos de Manre, ele os confundiu por viandantes. Deixam palavras que são sementes, transformam um corpo de mulher em um torrão de terra.

“Eu estava de pé e o vi contra a luz da janela. Baixei os olhos que havia reaberto. Sou uma noiva prometida em casamento e não devo olhar os homens nos olhos. Suas primeiras palavras sobre o meu susto foram: ‘Shalom, Miriam’, aquelas com que Iosef havia se dirigido a mim no dia do noivado. ‘Shâlom lekha’, respondi então.

“Mas hoje, não, hoje não pude tirar uma sílaba dos meus lábios. Fiquei muda. Era toda a acolhida de que ele precisava. Ele me anunciou um filho. Destinado a grandes coisas, a salvações, mas prestei pouca atenção às promessas. No meu corpo, no meu ventre, abriu-se um espaço. Uma pequena ânfora de barro ainda fresca repousou no fundo do meu ventre.”

(Erri De Luca, In nome della madre, Ed. Feltrinelli, 2019)

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