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Gamificação: a vida dos trabalhadores de aplicativos revela características de um jogo

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20 Outubro 2023

A tese da gamificação imposta aos trabalhadores de aplicativos, na qual são premiados ou punidos em função da forma como interagem com as plataformas, é reconhecida pela 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho – TST, destaca Cesar Sanson, professor da área da Sociologia do Trabalho na Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, em artigo.

Eis o artigo.

Nesta semana Acórdão da 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho – TST afirma que empresas de aplicativos de transporte de pessoas e mercadorias adotam um “modelo de gestão por gamificação” em que se configura “subordinação pelo algoritmo”.

De acordo com a decisão, em função de recurso de revista do reclamante, a 2ª Turma do TST destaca que “verifica-se, no âmbito da programação inscrita no software do aplicativo, que o modelo de gestão do trabalho das referidas empresas orienta-se, em um processo denominado de gamificação, pela dinâmica dos ‘sticks and carrots’, na qual os trabalhadores são estimulados e desestimulados a praticarem condutas, conforme os interesses da empresa-plataforma, a partir da possibilidade de melhorar seus ganhos e de punições indiretas, que respectivamente reforçam condutas consideradas positivas e reprimem condutas supostas negativas para a empresa (...)”.

A decisão afirma que a Uber, e consequentemente aplicativos similares, pune e premia trabalhadores como se fosse um jogo de videogame. Trata-se da tese da gamificação, denunciada faz tempo por trabalhadores de aplicativos.

As empresas de aplicativos rejeitam a tese da gamificação e da subordinação pelos algoritmos. Entretanto, a realidade dos fatos não deixam dúvidas sobre a evidência de que se trata mesmo de um tipo de game em que premiações e punições são dadas pela forma como trabalhadores interagem com a plataforma. A quantidade de viagens ou entregas, por exemplo, é definida pelo comportamento do trabalhador em suas recusas e aceites. Se o trabalhador rejeita pedidos, é punido com um tempo de “geladeira”; se aceita todos os pedidos, é premiado com mais demandas.

O depoimento de um entregador de aplicativos é elucidativo: “Se você, por exemplo, não roda um dia ou dois, o aplicativo não te dá prioridade noutro dia. Tipo assim, você não é… você é chamado conforme você trabalha. Você trabalha todo dia no aplicativo, ele entende que você tá indo todo dia trabalhar e ele te dá mais corridas. Eu parei uma semana, o aplicativo me deixou quase dois dias sem pegar nada”. [1]

Depoimento de outro trabalhador: “Porque tipo assim, se você não aceitar, você não recebe corrida, é como você vira um refém do aplicativo, você tem que tá na rua cedo e desligar tarde e você não pode rejeitar uma corrida, porque se rejeitar não toca mais novamente”. [2] “É tipo assim, ele querendo dizer assim, ó tu, tu tem que ficar on-line direto. Se tu não ficar on-line direto, vai ser difícil pra você, entendeu?”, afirma outro entregador de aplicativo. [3]

A tese da gamificação é corroborada pelo o que acontece diariamente com milhares de trabalhadores de aplicativos. Como um game, os bônus estão associados à perfomance de aceitação das regras impostas pelo jogo. Quanto mais o jogador se subordina aos algoritmos da plataforma, mais ele entra no “ganha-ganha”. Entretanto, se ele se insubordina a essas regras e, consequentemente aos algoritmos, mais ele é punido.

A gamificação empurra os trabalhadores para extensas jornadas de trabalho. Um trabalhador disse: “Rapaz, eu procuro estar on-line todo dia, entre dez e onze horas” [4]. Ele sabe que para ganhar um maior número possível de pedidos é necessário ficar logado o maior tempo possível e, ainda mais, deve evitar recusas porque isso incide diretamente no seu algoritmo.

A vida dos trabalhadores de aplicativos virou um jogo, mas aqui não há lazer ou entretenimento, há sofrimento, cansaço, acidentes de trabalho e exploração.

Notas

1 Entrevista de entregador de aplicativo que integra a pesquisa “Nexos da uberização: análises a partir dos trabalhadores”, coordenada por professores da UFRN.
2 Idem.
3 Idem.
4 Idem.

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