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Meio século do golpe no Chile. Artigo de Raúl Zibechi

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12 Setembro 2023

“Recuperemos a memória para não continuar tropeçando nos mesmos oportunismos”, adverte Raúl Zibechi, jornalista e analista político uruguaio, em artigo publicado por La Jornada, 08-09-2023. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

O golpe de Estado de 11 de setembro de 1973 contra o governo de Salvador Allende marca uma profunda guinada na história recente. Os estados-nação foram completamente remodelados pelas classes dominantes, instalou-se o neoliberalismo, colocando fim ao processo industrial de substituição de importações e os movimentos de baixo não puderam continuar atuando da mesma forma. Mudanças que precisam ser avaliadas.

Com o regime militar de Augusto Pinochet, as forças armadas esmagaram a organização operária, impondo o terrorismo de Estado contra qualquer dissidente e, muito particularmente, contra os trabalhadores. Conseguiram refundar o capitalismo chileno, eliminando a velha indústria e aprofundando a acumulação por espoliação. As relações trabalhistas foram completamente remodeladas em favor dos patrões, já que não houve oposição operária organizada.

Sobre a violência contra os setores populares prosperou o neoliberalismo que, pelas mãos de tecnocratas e economistas conhecidos como Chicago Boys, transformou o Chile em um grande laboratório onde as privatizações foram praticadas em abundância (exceto a empresa de cobre, cujos lucros foram para as forças armadas), com um novo sistema de pensões privadas e iniciativas que condenaram a classe trabalhadora ao desemprego e à fome.

Os salários caíram vertiginosamente em todo o mundo.

Dois pesquisadores do Programa sobre Raça, Etnicidade e Economia do Instituto de Política Econômica dos Estados Unidos estudaram 85 anos de história do salário mínimo. A conclusão é categórica: “Sem qualquer mecanismo estabelecido para ajustá-lo automaticamente ao aumento de preços, o valor real do salário mínimo federal diminuiu gradualmente, atingindo, em 2023, seu nível mais baixo em 66 anos”.

Este ano, o salário mínimo vale 42% menos do que em 1968, que foi o seu ponto mais alto, e 30% menos do que quando aumentou pela última vez, há 14 anos, em 2009. “Essa importante perda de poder aquisitivo significa que o atual salário mínimo federal não se aproxima, de modo algum, de um salário digno”, concluem os pesquisadores.

A terceira questão são as transformações na ação coletiva. O centro do movimento social chileno passou das fábricas para as cidades, que desde 1983 protagonizaram a resistência à ditadura em jornadas memoráveis de protesto. Com isso, expandiram-se práticas coletivas de sobrevivência, panelas comuns, que mais tarde seriam teorizadas como “economia solidária”. O movimento urbano passou da resistência à insurreição.

O primeiro protesto foi em 11 de maio de 1983, convocado pelos trabalhadores do cobre e protagonizado por bairros como La Victoria, onde foram erguidas barricadas, houve confrontos com carabineiros e militares e um saldo de vários mortos. Em represália, invadiram 5.000 casas e prenderam todos os maiores de 14 anos.

Os relatos da época ressaltam a importância das populações: “Os protestos se repetem quase todos os meses, durante os dois anos seguintes. A repressão é cada vez mais intensa. Durante o quarto protesto, nos dias 11 e 12 de agosto de 1983, 18.000 homens armados tomaram as ruas da cidade, agindo com um plano mais claro que estabelece uma lógica de guerra”. A repressão deixou 29 mortos, 200 feridos e 1.000 presos em apenas dois dias.

Os protestos se estenderam de modo quase ininterrupto até julho de 1986, combinando manifestações, concentrações, fogaréus e homenagens aos caídos. “Pouco a pouco, as organizações juvenis e de bairro das cidades foram assumindo a liderança do movimento”, destaca a citada memória. Mas, ao mesmo tempo, o movimento foi adquirindo um claro tom insurrecional, os jovens portavam armas à luz do dia, em diversas cidades, protegidos pela vizinhança.

As mobilizações das poblas [bairros pobres, com escassez de serviços urbanos] mudaram o sentido comum do protesto, a tal ponto que o pesquisador Patricio Quiroga destaca: “Ainda que sem convocação, manifestavam-se”. A repressão colocou limites à resistência, mas a ditadura foi enfraquecida. Ambos os fatos foram usados pelos partidos de centro-esquerda que transformaram “as Jornadas Nacionais de Protesto em massa de manobra eleitoral”.

Surgiu um padrão de ação que se repete até hoje, como aconteceu com a revolta de 2019, do qual a região participa.

Os de baixo extrapolam a convocação das instituições sindicais e sociais. Passam da resistência a formas mais ofensivas, chegando ao confronto quase insurrecional com formas de autodefesa (organizações armadas, nos anos 1980, e linhas de frente, em 2019). Depois, chegam os partidos e os caudilhos que surfam sobre o sangue e a dor populares para impor saídas que deixam tudo como estava.

Recuperemos a memória para não continuar tropeçando nos mesmos oportunismos.

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