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Há 50 anos, 11 de setembro de 1973. O presidente Salvador Allende suicidou-se sem saber que o líder dos conspiradores golpistas era seu amigo, Augusto Pinochet

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11 Setembro 2023

"A verdade, portanto, é que o presidente disse a muitos durante seus seis mil dias de governo: 'Nunca se rendam! Não serei mais um governante que é derrubado por golpistas e depois viaja pelo mundo dando entrevistas coletivas para expiar o golpe. Deste lugar saio vivo como presidente constitucional do Chile, ou derrotado, mas morto'", escreve Luis Badilla, jornalista chileno, em artigo publicado por Il Sismografo, em 11-09-2023. 

O depoimento é o terceiro de uma série. Leia a primeira e a segunda parte.

Eis o artigo.

Hoje é uma verdade histórica também aceita por aqueles que no passado pensavam diferente: o presidente chileno Salvador Allende não foi morto pelos soldados que bombardearam o Palácio Presidencial (La Moneda) e que mais tarde, terminada toda a resistência, entraram no gabinete do governante. Salvador Allende suicidou-se como foi previsto em diversas circunstâncias. Há três depoimentos juramentados sobre o ocorrido, prestados por pessoas amigas de Allende e testemunhas oculares: os médicos do serviço de saúde da presidência, Patricio Guijón e José Quiroga, e outra enfermeira. Durante alguns anos, na maioria das versões oficiais em que acreditei, nunca pensei na possibilidade de Allende ter sido morto para os militares.

Daqui, se derrotado, só saio morto...

Durante um ano e dez meses ninguém soube de nada sobre a morte do presidente. Não se sabia onde ele foi enterrado e nada se sabia sobre a causa de sua morte. O corpo do presidente, há muito “desaparecido”, foi oficialmente inscrito no cartório de Santiago do Chile em 07-07-1975 com o número 593.6.

A verdade, portanto, é que o presidente disse a muitos durante seus seis mil dias de governo: “Nunca se rendam! Não serei mais um governante que é derrubado por golpistas e depois viaja pelo mundo dando entrevistas coletivas para expiar o golpe. Deste lugar saio vivo como presidente constitucional do Chile, ou derrotado, mas morto". Allende, quando encontrava amigos e colaboradores, preferia caminhar com eles por um corredor do palácio onde havia bustos de todos os seus antecessores. Muitas vezes, diante do presidente Balmaceda, que foi forçado a renunciar e suicidou-se (18-09-1891), disse ao seu convidado: “Posso acabar como ele”.

No momento de assumir o governo, Allende conhece o chefe das Forças Armadas, o general Carlos Prats, soldado leal e constitucionalista. Em 1972, acompanhando a situação de segurança nacional – ocupações, greves, protestos, quase sempre organizados com intenções subversivas –, nomeou-o ministro do Interior.

O novo ministro militar deixou a chefia das Forças Armadas e a confiou, em 23-08-1973, ao general Augusto Pinochet, que habilmente criou a fama e o prestígio de absoluta lealdade para com as instituições republicanas. Faltavam somente 19 dias para o golpe. 

Após o golpe, Pinochet, em entrevista à revista chilena "Ercilla", disse que passou a fazer parte da operação golpista para derrubar o governo Allende em abril de 1973, ou seja, cinco meses antes. Assim, durante vários meses o general fez acreditar que era leal ao presidente, com quem tinha estabelecido uma (aparente) forte amizade pessoal. Muitas hipóteses confiáveis ​​e bem fundamentadas credenciam que uma tentativa de subversão da instituição no mês de junho (o chamado "Tanquetazo"), reprimida pelo próprio Pinochet como vice das Forças Armadas, foi uma invenção justamente para credenciar sua lealdade ao governo constitucional.

Por que recordo essa história?

Lembro-me desta história para relembrar até as coisas aparentemente mínimas, mas que são uma parte importante da verdade histórica, e para contar um detalhe pouco conhecido por especialistas e historiadores.

Pinochet, que organizou e liderou o golpe de 11 de Setembro há meio século, nem sequer fez ouvir a sua voz nas primeiras horas. Milhões de chilenos, a opinião pública internacional e quase todos os governos da época souberam que o líder dos golpistas era amigo do presidente muitas horas depois de Allende já ter morrido. O próprio presidente morreu sem saber de nada.

Beatriz Allende, uma das três filhas de Salvador Allende, esposa de um oficial do Exército cubano, que se suicidou em Havana, com quem viajei durante muitas semanas em 1973-1974 para promover a causa democrática chilena na Europa e a acolhida dos refugiados, confirmou diversas vezes que seu pai morreu sem saber que o líder dos golpistas era Augusto Pinochet, seu amigo general.

"Pobre Pinochet!"

Pouco depois do anúncio de que o palácio presidencial seria bombardeado, Salvador Allende obrigou todas as mulheres – incluindo a filha Beatriz – a abandonar a sede do governo. Naquele momento, disse sua filha, Allende demonstrou enorme angústia e preocupação pelo destino do general Augusto Pinochet que, até o fim, acreditou ser um verdadeiro militar constitucionalista. O presidente disse às mulheres que despedia e às quais tinha pedido tréguas: "Meu Deus, o que fizeram estes covardes ao pobre general Pinochet?"

Cerca de 78 minutos depois destes acontecimentos, Salvador Allende, sozinho no gabinete presidencial, mas visto à distância por alguns colaboradores a quem pediu que jurassem respeito a cada decisão sua, sentado num sofá, apoiou o queixo no cano do rifle automático AKMS, de fabricação russa, que Fidel Castro lhe dera há algum tempo. Então, após uma breve pausa, ele puxou o gatilho.

Minutos antes ele havia falado ao país através da Rádio Magallanes, única e última emissora gratuita.

O corpo do presidente Allende chegou ao Hospital Militar às 17h50, enrolado num tapete, há exatos 50 anos.

Nota

[1] Após o golpe, o general Carlos Prats trancou-se em casa em total silêncio. No entanto, ele sofreu todos os tipos de hostilidade por parte do governo e dos líderes militares de Pinochet. Todos os dias a extrema direita organizava manifestações em frente à casa do soldado instando-o a deixar o país. Eventualmente Prats decidiu emigrar para Buenos Aires (15-08-1973). Da Argentina queria chegar à Europa onde, segundo ele, junto com sua esposa estaria mais seguro. Em 30 de setembro de 1974, perto de sua casa em Buenos Aires, Prats foi morto junto com sua esposa pela explosão de uma bomba controlada por rádio colocada em seu Fiat 125. A explosão foi tão poderosa que lançou destroços até o nono andar do prédio em frente.

Leia mais

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  • Há 50 anos, 11 de setembro de 1973. Parte 2: antes do fim do dia perdi para sempre 12 amigos queridos
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