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A Igreja se interroga sobre a teologia queer de Michela Murgia

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22 Agosto 2023

Os fiéis são como os gatos à porta. “Quando a porta está fechada, miam para que seja aberta. Quando a porta está aberta, passam para o outro lado e miam para voltar”, dizia Michela Murgia: “É uma condição de muitos fiéis, que dentro da Igreja sofrem de angústia, por falta de fôlego, muitas vezes por um claro limite de adequação ao fato de estar no tempo presente... Por outro lado, quando você está fora, grita para que a porta se abra de novo”.

A reportagem é de Iacopo Scaramuzzi, publicada por La Repubblica, 18-08-2023. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

A escritora havia sido convidada pelo Pontifício Ateneu Santo Anselmo, em Roma, para um ato acadêmico em homenagem à teóloga Marinella Perroni, a amiga que inspirou a escritora da Sardenha a “perdoar a Igreja pelo fato de não estar à altura da palavra de Deus, sobretudo em relação às mulheres”, escreveu a própria Murgia anos depois, no número especial da revista Vanity Fair que ela editou há algumas semanas: “A Igreja ainda tem de dar passos de gigante, mas eu posso ficar dentro dela e fazer com que talvez esses passos possam ser mais rápidos”.

A professora agora se defende: “Que responsabilidade ela me atribuiu... Quando nos encontrávamos, conversávamos sobre fé e teologia, como mulheres, como feministas, como pessoas inteligentes, sentindo-nos dentro da Igreja... simplesmente porque é a nossa casa. Acho que para Michela essa atitude era a possibilidade de recuperar uma Igreja – não uma fé! – com a qual ela sentia dificuldades em poder estar em comunhão”.

Elas haviam se conhecido há 13 anos, em uma remota paróquia da Sardenha. Proferiram uma conferência sobre a oportunidade de “indenizar” as mulheres na Igreja. O padre insinuou um protesto, dizendo que na sua paróquia as mulheres eram valorizadas. “Com um timing perfeito, uma voz feminina anônima ergueu-se da plateia e proferiu secamente esta glosa memorável: ‘Para limpar, Pe. Marco!’”, contou Murgia no livro “Ave Mary” (Ed. Einaudi). Nasceu daí “um debate animado, durante o qual muitas outras vozes de mulheres se ergueram sem timidez”.

A escritora da Sardenha sabia como causar confusão. As lutas pelos direitos civis, as incursões na teologia e nas sagradas escrituras suscitaram aplausos e críticas, curiosidades e prudência no mundo nada monolítico da Igreja Católica. O jornal Avvenire recordou-a com artigos laudatórios, mas nem todos os leitores concordaram.

O cardeal Matteo Zuppi enviou uma mensagem ao funeral presidido pelo Pe. Walter Insero: “Mesmo quando não concordávamos, Michela, com sua pesquisa apaixonada, nos ajudava a encontrar os verdadeiros motivos e a não sermos evidentes ou opinativos”. Para o jesuíta Antonio Spadaro, que concelebrou, a fé “é a casa dos homens e das mulheres inquietos”.

Nos setores conservadores, levantaram-se vozes de protesto. Segundo o bispo de Ventimiglia e Sanremo, Antonio Suetta, que sempre ocupou posições entrincheiradas, a escritora não deve ser definida como “teóloga”, pois está “abertamente em contraste com o ensinamento da Igreja e a doutrina católica”.

Nas redes sociais, uma influenciadora neocatecumenal, Costanza Miriano, duvidou da fé da escritora, sem manifestar incertezas: “Talvez ela a tenha readquirido no último momento, mas certamente a havia perdido”.

Marinella Perroni, antiga professora de Novo Testamento em Santo Anselmo, não se aborrece. “Se temos que fazer um teatrinho, façamo-lo: cada um tem o seu roteiro, Costanza Miriano recita o seu...”, suspira a teóloga. “Michela não tinha diploma em teologia, mas sua capacidade de elaboração teológica valia muito mais do que qualquer bacharelado.”

Nada de ansiedade para beatificar Murgia, mas, para ser claro e preciso, “fazer teologia significa pensar na fé, e seria importante que todo fiel fizesse isso, mas Michela fazia muito mais: era uma teóloga refinada”.

Não sabemos se as reações seriam tão acaloradas se a Igreja não estivesse passando por uma época de crise, se não estivesse em andamento um sínodo para discutir temas caros a Michela Murgia, se não houvesse um papa chamado Francisco.

Certamente, em uma de suas últimas aparições públicas, no fim de junho, a escritora presenteou Bergoglio, ao receber os artistas e os intelectuais na Capela Sistina, com o número especial da Vanity Fair sobre a “família queer”: “Ela me contou que iria se encontrar com o papa”, recorda Marinella Perroni, “e eu lhe disse: por favor, leve a revista!”. Mas só eles sabem o que o papa e a escritora disseram um ao outro.

Perroni não vê contradição nenhuma entre a fé cristã e a escolha de Michela Murgia de ter uma família “queer”: “Eu disse a ela: se alguém acusar você de ter ‘filhos da alma’, lembre essa pessoa de que São Paulo chama de irmãos aqueles que nunca se viram entre si. Ir além dos laços de sangue não foi algo inventado por Michela Murgia. E cuspir nela dizendo que ela não é fiel ao Evangelho revela o quanto essa gente é ignorante do espírito do Evangelho”, diz a biblista.

Depois, é claro, “como a palavra queer evoca os torsos nus de gays atléticos em cima de um carro alegórico nas paradas gays, alguns se irritam... Mas a questão é que Deus não está dentro dos parâmetros em que o encerramos e dos quais ele depois se liberta, diverge, se afasta. Pensemos na parábola do samaritano: mais queer do que isso!”, exclama a biblista: “Não podemos nos surpreender com um Deus que ama o excêntrico, o divergente, o fora dos parâmetros”.

E não podemos nos surpreender com o fato de Michela Murgia se sentir em casa na Igreja, apesar de tudo. Ela quis um funeral religioso, entre as canções da Ação Católica que a escritora cantava nos últimos dias de sua vida, enquanto tinha fôlego, com seus “filhos da alma”. Ela escreveu seu “catecismo feminista”, “God save the queer” (Ed. Einaudi), porque, lembra a biblista, “ela me dizia: você não pode imaginar quantas pessoas, especialmente mulheres jovens, me escrevem para me perguntar como consigo combinar a minha fé com as minhas opções políticas: eu devo isso a elas”.

Segundo Marinella Perroni, “todas aquelas pessoas que aplaudiam incansavelmente no funeral eram gratas a ela por esse acesso à fé: por se sentirem confirmadas na possibilidade de crer”. Isso também é “queerness”, a recusa de ser definido e definida por um lado de dentro e por um lado de fora: mal tolerado por quem está entrincheirado do lado de dentro e, mesmo assim, capaz de abrir a porta para quem está do lado de fora.

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