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Tomás de Aquino e a “cultura do descarte” em relação aos ministros eclesiais: discordância e admiração. Artigo de Andrea Grillo

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01 Agosto 2023

"Porque na teologia, como em muitos outros campos do conhecimento, não se deve apenas admirar aquilo com o que se concorda: mesmo na mais profunda discordância há espaço para um ato de assombro e admiração pela coerência com que um 'sistema' é construído, mesmo quando não funciona mais", escreve o teólogo italiano Andrea Grillo, professor do Pontifício Ateneu Santo Anselmo, em artigo publicado por Come Se Non, 30-07-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Não posso negar: justamente no momento em que identifico em São Tomás de Aquino uma das fontes mais profundas e arraigadas do "pensamento católico" sobre a relação entre mulher e ministério, e por isso considero seu pensamento totalmente inadequado para responder às nossas demandas atuais, ao mesmo tempo devo reconhecer justamente o Doutor Angélico como a figura mais coerente e rigorosa de resposta positiva à tradição da "reserva masculina" como condição do sujeito ministerial. Vou tentar identificar não só o motivo da discordância, mas também da admiração. Porque na teologia, como em muitos outros campos do conhecimento, não se deve apenas admirar aquilo com o que se concorda: mesmo na mais profunda discordância há espaço para um ato de assombro e admiração pela coerência com que um “sistema” é construído, mesmo quando não funciona mais.

a) O ministério ordenado como “o poder de governar a multidão e de praticar atos públicos”: a cultura do descarte

Quando Tomás funda o sacramento da Ordem em relação à "vida natural", coloca o seguinte:

Perficitur autem homo in ordine ad totam communitatem dupliciter. Uno modo, per hoc quod accipit potestatem regendi multitudinem, et exercendi actus publicos. Et loco huius in spirituali vita est sacramentum ordinis. (S. Th. III, 65, 1 co)

O sacramento da Ordem consiste, portanto, em "receber o poder de governar a multidão e de praticar atos públicos". Portanto, quando Tomás tem que investigar quais são os "impedimentos" que se opõem à possibilidade de receber a ordenação, ele enumera inexoravelmente todos aqueles sujeitos que, segundo a cultura de seu tempo, deveriam ser considerados "incapazes" tanto de "governar a multidão "quando de "realizar atos públicos". A lista proposta por Tomás é a elaboração exemplar de um modelo cultural, antropológico e sociológico do "descarte". É a cultura do descarte, que Tomás recebeu tanto da tradição filosófica quanto do senso comum, que orienta uma listagem singularmente coerente e ainda hoje muito instrutiva. Examinada de baixo para cima (ou seja, na ordem inversa de sua apresentação), ela propõe para o exame esses sujeitos (cf. Summa Theologiae, Suppl, 39):

  • os portadores de deficiência (os portadores de defeitos físicos)

  • os filhos naturais (ilegitimidade de nascimento)

  • os homicidas

  • os escravos (o status de escravidão)

  • os incapazes (a falta do uso da razão)

  • as mulheres (o sexo feminino)

A lista é impressionante, pois reúne categorias que hoje distinguimos com precisão e não mais confundimos com a “falta de autoridade”. Acima de tudo, impressiona-nos aquele "despudor" com que o Aquinate começa precisamente com a "mulher" como o caso mais alto e naturalmente irreversível de "falta de autoridade". A marginalidade social reflete-se perfeitamente numa marginalidade eclesial, que faz da cultura do descarte a sua regra de ouro. Essa tradição caracterizou não só a Igreja, mas todo o mundo tradicional, até à descoberta da dignidade do homem e da mulher, a partir da Revolução Francesa e do surgimento do mundo "liberal".

b) Por que deveríamos admirar Tomás?

A resposta é simples: pela coerência com que coloca, de modo transparente, a sua solução teológica na dependência de uma compreensão antropológica, biológica e sociológica, que hoje descobrimos contingente e enganosa. Uma leitura problemática da criação do homem, da geração, da antropologia e da psicologia são decisivas para a solução adotada pelo Doutor Angélico. Por isso, estudar hoje a sua teologia do ministério é particularmente útil: porque revela os curtos-circuitos de uma "teologia positiva" que hoje pretende inferir a "reserva masculina" simplesmente de frágeis "fatos históricos", que para Tomás não têm nenhum valor teológico. Em nenhum caso Tomás se contentaria em responder à pergunta sobre a "reserva masculina": "porque assim fez Jesus". Ele sabe, muito melhor do que nós, que essa resposta não tem autoridade teológica. A "razão" da reserva masculina para Tomás reside na possibilidade de "exercer o governo e os atos públicos", algo que a sua teoria da criação, a sua antropologia e a sua biologia excluem possam dizer respeito a uma mulher. A “cultura do descarte” é decisiva para a solução proposta por Tomás: o descarte é o que Deus quer.

E é muito interessante que para Tomás todos os outros "sujeitos impedidos" estejam em uma condição "superável", enquanto apenas a mulher é posta, em sua opinião, em uma condição que "por natureza é desprovida de autoridade de governo". Portanto, a "cultura do descarte", se conhece exceções para as demais categorias de "sujeitos sem autoridade", não pode ser contornada apenas para a mulher que é "sujeita por natureza". A cultura do descarte está aliada a uma antropologia, a uma biologia que pode se tornar uma perigosa ideologia teológica, sobretudo quando esconde e perde de vista esses seus pressupostos distorcidos. A diferença entre "sacramento" e "preceito" depende, em Tomás apertis verbis, de uma antropologia e de uma sociologia excessivamente invasivas. O próprio Tomás, noutros contextos, soube reler a mulher não como "escrava" mas como "sócia" e conseguiu sair, provisoriamente, da armadilha ideológica de evidências sociais demasiado prementes, reconhecendo que o fato de confessar que “em Cristo não há mais homem nem mulher” poderia significar abrir a igreja para uma ministerialidade batismal também feminina.

É por isso que Tomás de Aquino é admirável mesmo quando é preciso discordar dele: porque deixa claro quais são os pressupostos sistemáticos da solução adotada, que hoje se pretende fazer haurir simplesmente do “mistério da fé”. Por isso, diante de seus textos, podemos ser alunos fiéis justamente no pensar, e até na medida em que pensamos diferente dele. Como afirmou F. Nietzsche, "paga-se mal a um mestre quando se continua sempre a ser apenas o aluno". Porque há um salto entre diferença e descarte, talvez fino como um fio de cabelo, mas decisivo para responder corretamente à demanda contemporânea de reconhecimento e de justiça em relação ao ministério feminino.

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