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23 Junho 2023

"A moral é simples: quando há vontade de salvar não se olha para as despesas, os fundos são encontrados, as tecnologias são mobilizadas, as barreiras políticas são superadas", escreve Raffaele K. Salinari, intelectual, jornalista, médico especialista em Cirurgia de Urgência e Obstetrícia, trabalhou por vinte anos na África, Ásia e América Latina, como médica responsável por diversos programas de desenvolvimento sócio-sanitários, em artigo publicado por Il Manifesto, 22-06-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Em 1912, o transatlântico Titanic em sua viagem inaugural bateu contra um iceberg e afundou. Naquele desastre, a classe de origem de cada passageiro foi um dos fatores que determinaram a possibilidade de se salvar ou não. A lista oficial de vítimas, de fato, com particular atenção no que diz respeito às mulheres, mostra que, de um total de 143 viajantes de primeira classe, apenas quatro morreram (das quais três escolheram voluntariamente por permanecer no navio). Entre aquelas da segunda classe, 15 de 93 morreram, e na terceira classe, 81 de 179 mulheres afundaram com o navio. Os passageiros da terceira classe receberam a ordem de permanecer abaixo do convés e, em alguns casos, isso foi feito sob a mira de armas.

Esse quadro dramático, aparentemente distante no tempo, retorna hoje como um alerta para iluminar com uma luz abissal, a história dos quatro homens presos no submersível de turismo originalmente destinado a visitar justamente aqueles vestígios de 1912. Desses senhores sabemos os nomes, as posições sociais, as aventuras anteriores; são definidos como bilionários aventureiros, visto que parecem visitar por esporte as áreas extremas das quais a humanidade ainda não tomou plena posse: o espaço e o vasto mar. De fato, são os mesmos que pagaram uma passagem de primeira classe para um passeio em órbita, e que agora exploram as profundezas marinhas, talvez até com a intenção de dar uma olhada, além do Titanic, naqueles fundos marinhos tão ricos em metais que, ainda hoje, são disputados entre grupos mineradores, sempre à procura de novas jazidas para explorar.

É improvável, de fato, que os "magnatas" façam algo por pura diversão ou pelo gosto da aventura, certamente não são nenhum Corto Maltese. Viaja-se pelo espaço para testar a possibilidade de que, um dia, quando a terra for reduzida a uma enorme lixeira, aqueles que puderem se permitir poderão governar seus novos condenados a partir de um planeta artificial em órbita ou, quem sabe, viver nas e das riquezas ainda imensas e imersas nos oceanos.

Aliás, de Júlio Verne até os nossos dias, a lista de romances e filmes de ficção científica é longa e sugestiva. Então, para salvar esses importantes personagens, que são, antes de tudo, pessoas e como tal devem ser salvas, eis que se mobilizam os meios necessários, sem poupar recursos, encontrando formas de coordenação entre marinha e força aérea, de diferentes países. Um esforço louvável, que esperamos tenha sucesso, não só porque vidas serão salvas, mas também porque será demonstrada a força da vontade política quando se coloca no centro da ação comum uma meta compartilhada.

Aí surge a analogia vertiginosa e ela também, ao menos para certas consciências, abissal: por que nem mesmo o mínimo sinal de ação de resgate foi implementado para os seiscentos empilhados no porão do barco de pesca que afundou na costa da Grécia? Talvez porque dessas pessoas, vidas como as nossas, com igual dignidade e direito a felicidade, não sabemos nem mesmo os nomes, exceto por algumas fantasmagóricas identidades que mesmo assim nos parecem borradas, como se vistas através da água que os engoliu?

O que podemos aprender com esses eventos? A moral é simples: quando há vontade de salvar não se olha para as despesas, os fundos são encontrados, as tecnologias são mobilizadas, as barreiras políticas são superadas. E não é este justamente o compromisso que as Nações Unidas assumiram há tantos anos, comprometendo-se, todas juntas, a lutar contra a pobreza, as alterações climáticas, para favorecer para todos o acesso aos direitos humanos básicos de educação e saúde? Se as distâncias entre os pesos e medidas for esticada demais, a corda da solidariedade de espécie se rompe, e a biologia nos diz que a espécie humana rege, com grande inconsciência, este planeta porque é a única capaz de se ajudar nos momentos de necessidade. Não vamos nunca esquecer isso.

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