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Democracia e manipulação da opinião pública. Artigo de Raúl Zibechi

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25 Fevereiro 2023

“É evidente que a democracia não existe nos meios de comunicação. Esse controle quase absoluto conseguiu algo que décadas atrás parecia impossível: erradicar o conflito da percepção do público. Os crimes mais brutais podem passar despercebidos, quando os meios de comunicação se dedicam a isso”, escreve Raúl Zibechi, jornalista e analista político uruguaio, em artigo publicado por La Jornada, 24-02-2023. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Até agora, a forma mais adequada para garantir a estabilidade governamental tem sido a democracia controlada ou democracia de baixa intensidade. Um sistema que consegue a estabilidade através da desinformação promovida pelos meios de comunicação monopolizados, que está se revelando mais eficiente do que as ditaduras.

Um estudo realizado por cientistas com grupos de peixes, cujos resultados estimam que podem ser extrapolados para as sociedades humanas, foi publicado na revista Science, em 2011, com o título Indivíduos desinformados promovem o consenso democrático em grupos animais.

A pesquisa conclui que para resistir à influência de uma minoria obstinada, “a presença de indivíduos desinformados inibe espontaneamente este processo, devolvendo o controle à maioria numérica”.

O trabalho insiste na importância do que chama de “pessoas desinformados” na tomada de decisões, cujo resultado seria democrático porque simplesmente são a maioria.

Nesse ponto, os cientistas parecem influenciados pelo conceito de democracia das classes dominantes, que a reduzem ao papel da maioria na eleição de seus representantes. O problema em nossas sociedades é que essas maiorias são criadas pela manipulação da informação, tarefa que cabe aos grandes meios de comunicação monopolizados por pequenos grupos de empresários altamente concentrados.

Ainda que o trabalho seja muito mais extenso do que os parágrafos citados, que o sintetizam, é necessário considerar a importância da desinformação ou, se preferir, da confusão que são capazes de criar para distorcer as percepções da população, muitas vezes, levada a apoiar opções que vão contra seus interesses. Mas também para paralisar sua capacidade de reação com um autêntico bombardeio, tarefa que cabe especialmente aos meios de comunicação audiovisuais, sobretudo a televisão, o segmento de comunicação mais concentrado e impermeável ao dissenso.

Existem exemplos de sobra: da desinformação sobre as causas da pandemia de covid-19, com excesso de informação sobre o morcego em um mercado chinês como causa, ocultando o papel comprovado do desmatamento para cultivos industriais, até as causas da guerra na Ucrânia.

Rejeitar a invasão da Rússia não deve andar de mãos dadas com a negação da existência de um golpe de Estado, em Kiev, em 2014, nem com o fechamento de 217 meios de comunicação, na Ucrânia, durante o primeiro ano da guerra, enquanto 12.000 jornalistas locais e estrangeiros foram credenciados para cobri-la, conforme informa Repórteres Sem Fronteiras.

Nos meios de comunicação ocidentais, também não são encontradas notícias sobre o nazismo na Ucrânia, nem sobre a guerra da Arábia Saudita contra o Iêmen, com seu corolário de mortes, fome e desastre humanitário. A presença das forças armadas dos Estados Unidos na Síria não é considerada uma invasão, e assim em muitos outros casos.

Sem falar na sabotagem estadunidense ao gasoduto Nord Stream. Seymour Hersh, que elaborou um relatório detalhado sobre como foi destruído, “será silenciado e vilipendiado”, como acaba de afirmar Noam Chomsky.

O certo é que a desinformação tem um papel relevante na manutenção da ordem sistêmica ocidental, setor do mundo que controla os principais meios de comunicação que chegam à população. Como destaca uma cobertura recente de El Salto: “os melhores conteúdos jornalísticos podem não ter qualquer consequência”, porque o poder e os meios de comunicação a seu serviço os ignoram.

É evidente que a democracia não existe nos meios de comunicação. Esse controle quase absoluto conseguiu algo que décadas atrás parecia impossível: erradicar o conflito da percepção do público. Os crimes mais brutais podem passar despercebidos, quando os meios de comunicação se dedicam a isso.

Quando esse controle midiático não dá conta, porque a realidade é muito evidente, como no Peru, nos últimos 70 dias, vem a polícia, o golpe de Estado permanente, para acabar com os protestos.

A meu ver, esta realidade tem duas grandes consequências.

A primeira é que não faz muito sentido lutar pela opinião pública, nem competir com os meios de comunicação do sistema, algo que os povos que lutam nunca conseguirão. Sem dúvida, trata-se de criar nossos próprios meios de comunicação, não para competir pela opinião das maiorias, mas para consolidar nosso campo, os povos em movimento e todos e todas que os acompanham. Não é pouca coisa.

A segunda é a convicção de que não existe algo chamado democracia, se é que alguma vez existiu. A partir do momento em que as opiniões e vontades das pessoas são moldadas e manipuladas por gigantescas maquinarias que escapam de qualquer controle que não seja o das classes dominantes, entrar no jogo eleitoral não tem futuro.

Construir de baixo e à esquerda parece ser o único caminho emancipatório possível.

Leia mais

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