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As religiões e a paz. Artigo de Vincenzo Bertolone

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05 Outubro 2022

 

"Cada cristão sabe que não pode deixar de dizer que está empenhado em dar a sua contribuição pessoal à política, comprometendo-se diariamente a difundir os benefícios da paz", escreve Vincenzo Bertolone, arcebispo emérito de Catanzaro-Squillace, na Itália, em artigo publicado por Settimana News, 03-10-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

Em um mundo de redes e metaversos, em que estamos todos conectados uns aos outros, é possível ficar separados por conflitos e guerras?

 

A pergunta, certamente não retórica, foi feita em 15 de setembro de 2022 pelo Papa Francisco aos participantes do Congresso dos líderes das religiões mundiais, reunidos no "Palácio da Independência" (Nur-Sultan) no Cazaquistão, no coração de o continente asiático: “Há ódios e divisões em demasia, muita falta de diálogo e compreensão do outro: isso, no mundo globalizado, é ainda mais perigoso e escandaloso. Não podemos continuar ligados e separados, conectados e dilacerados por demasiadas desigualdades”.

 

As religiões para uma contribuição positiva

 

O décimo ponto do Documento Conclusivo do VII Encontro Mundial não admite reticências: “O pluralismo e as diferenças de religião, cor da pele, gênero, raça e língua são expressão da sabedoria da vontade de Deus na criação. Portanto, qualquer ato de coação em relação a uma determinada religião e doutrina religiosa é inaceitável”.

 

Esse tipo de encontro entre líderes mundiais, hoje na sétima edição, nasceu para reafirmar a contribuição positiva das tradições religiosas para o diálogo e a harmonia entre os povos. Tudo isso em contratendência à opinião corrente segundo a qual as religiões históricas, cada uma tendo a pretensão de ser absolutas e de ter recebido a revelação do "verdadeiro" Deus, seriam inevitavelmente contrapositivas.

 

Se cada religião confessa crer no "verdadeiro" Deus - raciocinam os críticos -, parece elidir todas as outras fés e, como historicamente acabou se constatando, uma se opôs à outra, fazendo proselitismos, criando missões, às vezes pegando em armas para afirmar seus direitos sobre um lugar sagrado ou uma zona.

 

Agora, o Congresso Mundial aposta no fato de que "o extremismo, o radicalismo, o terrorismo e qualquer outro incentivo ao ódio, hostilidade, violência e guerra, qualquer que seja a motivação ou objetivo que se proponham, nada têm a ver com o autêntico espírito religioso e devem ser rejeitados nos termos mais decisivos possíveis (cf. n. 5): condenado, sem ‘ses’ nem ‘mas’".

 

Existe, portanto, um autêntico espírito religioso e um inautêntico? Se as lógicas para responder a essa pergunta fossem binárias (ou A ou não A, tertium non datur), então se poderia enquadrar o campo: deste lado o espírito religioso autêntico que é não violento, do outro aquele inautêntico que tolera, ou até mesmo abençoa guerras, ou arma as mãos de terroristas, ou mesmo boicota o comércio com países e grupos violentos, ou ainda justifica pelo menos a guerra de defesa contra agressões.

 

Política e transcendência

 

Mas o papa não se limitou a esse primeiro aspecto importante, que ainda requer muito estudo e muita atenção. De fato, ele reabriu, sempre na esteira do Documento Final do Congresso, a delicada questão do vínculo entre política e transcendência que, no plano histórico, se repropõe em vários contextos, tempos e temporadas, mesmo que um dos dois polos, às vezes tenta superar, se não sobrepujar, o outro.

 

Apenas para ilustrar, vamos pensar em um momento emblemático - aquele que rompeu o vínculo entre transcendência e política em 20 de setembro de 1870 na Porta Pia -. A religião católica (uma fé de origem divina e transcendente) na época também tinha um centro de poder político, o Estado do Vaticano, a ponto de o nascente Estado italiano unitário ter que lançar o famoso tiro de canhão para dizer sonoramente que agora o poder político da Igreja não teria mais existido na Itália.

 

O fato - como nos lembram os historiadores - não parou por aí, pois os católicos italianos por longos anos tiveram a inibição de participar da vida política do Estado considerado opressor. No entanto, nem o tiro de canhão nem os non-expedit puderam proibir encontrar novas formas de vínculo e conexão entre política e transcendência, como mostra, no que diz respeito à Itália, o caso da concordata.

 

Mas mesmo nela a alegada ligação entre transcendência e política permanece sempre num difícil equilíbrio, em vista de revisões e ajustes periódicos.

 

Se olharmos então para certos Estados não europeus, nos quais a modernidade não criou uma espécie de amortecedor entre fé e poder, percebemos quão problemático é esse vínculo.

 

Um espaço público para as religiões

 

Mas não é possível relegar a religião apenas ao íntimo da consciência. Resta o fato, também afirmado pelo Papa Francisco, de que “as mais altas aspirações humanas não podem ser excluídas da vida pública e relegadas apenas ao âmbito privado. Portanto, aqueles que desejam expressar legitimamente suas crenças estão sempre e em toda parte protegidos”.

 

Mas às vezes a religião inibe outras liberdades. Na Indonésia, por exemplo - que aliás é um destino turístico muito apreciado - o direito de professar livremente a própria religião é pisoteado com raiva. Nos últimos anos, violência e os abusos atingiram aqueles que não se professam muçulmanos sunitas.

 

E a questão não diz respeito apenas aos países islâmicos. A USCIRF – ou seja, a agência do governo federal dos EUA para aconselhar o executivo e o Congresso dos Estados Unidos sobre a melhor forma de promover a liberdade religiosa em nível internacional - lista, entre os países que despertam particular preocupação pelo respeito à liberdade religiosa, Birmânia, República Centro-Africana, China, Eritreia, Irã, Nigéria, Paquistão, Rússia, Arábia, Sudão, Síria, Tadjiquistão, Uzbequistão e Vietnã.

 

Em suma, o vínculo existe, mas é delicado e sempre em equilíbrio instável. Como nestes dias pós-eleitorais na Itália. No voo de retorno do Cazaquistão, a uma pergunta específica sobre a política italiana, o papa respondeu: "Devemos lutar para ajudar os nossos políticos a manter o nível da alta política, não a política de baixo nível que não ajuda em nada e, aliás, puxa o estado para baixo e empobrece-se. Hoje a política, nestes países europeus, deveria se preocupar com o problema da baixa natalidade, por exemplo, do desenvolvimento industrial, do desenvolvimento natural, o problema dos migrantes. A política teria que abordar seriamente os problemas para avançar. Estou falando de política em geral”.

 

Por seu lado, a fé cristã, tendo como centro o Cristo que morre na cruz deixando todas as diferenças, mesmo o mau ladrão, tem todas as credenciais para atuar como um ponto de equilíbrio dinâmico entre as tendências opostas.

 

Na terça-feira santa, 9 de abril de 1963, por ocasião do lançamento da encíclica Pacem in terris, São João XXIII disse ter lançado "as bases da construção da paz, isto é, o respeito à ordem estabelecida por Deus e a proteção da dignidade da pessoa humana; mas também indicamos os diferentes patamares sobre os quais erguer o edifício, e quase as próprias pedras de alicerce necessárias para a sua construção, ninguém excluído do convite para dar uma contribuição pessoal. Mas, em primeiro lugar, aos filhos da Igreja num eco vibrante ao comando de Cristo: “Ide e ensinai”, dizemos com entusiasmo apostólico: ‘Levem a paz, difundam os seus benefícios’”.

 

Desde então, cada cristão sabe que não pode deixar de dizer que está empenhado em dar a sua contribuição pessoal à política, comprometendo-se diariamente a difundir os benefícios da paz.

 

Leia mais

 

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