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As parábolas do Evangelho reescritas por 16 mulheres

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13 Setembro 2022

 

O Evangelho de Mateus recita: “O Reino do Céu é semelhante ao fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”. Cinzia Leone reformulou essa passagem assim: “Toda sexta-feira de manhã, em minha casa, repetia-se o prodígio do fermento”...

 

A reportagem é de Annachiara Sacchi, publicada no caderno La Lettura, do jornal Corriere della Sera, 11-09-2022. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

Sim, é verdade, o Evangelho foi reescrito e reinterpretado muitas vezes. No cinema, na arte, na literatura. Mas ler de novo as parábolas de Jesus, repropostas por 16 autoras que têm em comum o talento, além do fato de serem mulheres, e encontrar nessas mensagens simples e profundas a verdade dos nossos dias observada e analisada por inteligências e corações femininos, dá a este livro, “La Parola e i racconti”, uma força e um frescor fora do comum.

 

O mandato era claro (e nada fácil): escrever um conto livremente inspirado em uma das parábolas transmitidas pelos Evangelhos. Interpretar à sua escolha essas lições de vida que falam de ovelhas e moedas perdidas, de senhores e servos, de filhos que vão embora e depois voltam (e de irmãos que se irritam), de casas bem construídas e sementes que não dão bons frutos. Coisas e pessoas. Ações concretas, aparentemente distantes dos nossos dias frenéticos e digitais.

 

Mas, quando o valentão desencadeia todo o seu ódio social no relato de Viola Ardone, o evangelho de Marcos se torna dramaticamente atual. A mesma alquimia, a vida de 2.000 anos atrás e a de 2022 que se reaproximam na história de Ravi, o agricultor indiano narrado por Evelina Santangelo, vítima de especuladores e transgênicos: ele poderia ser o protagonista de uma reportagem, mas é tão semelhante ao Semeador de Marcos. E a família dispersada pela Covid, descrita por Maria Grazia Calandrone, também tem tensões e abraços que remetem ao filho pródigo de Lucas.

 

Parábolas antigas, identidades contemporâneas. As das autoras transbordam em cada novela. Como no conto de Ubah Cristina Ali Farah, que encontra duas bonecas de infância para expressar sua dupla identidade, somali e italiana. Ou em “O fermento e o menino”, de Cinzia Leone (que também assina as ilustrações do livro, publicado pela Lev e disponível nas livrarias italianas a partir desta terça-feira, 13 de setembro), que une tradição judaica e cristã.

 

Mesmo quando o protagonista é masculino, como o primo O, de Igiaba Scego, italiana de origem somali, emerge uma história pessoal, cravejada de palavras como partida, exílio, perspectivas, futuro, desorientação: termos que sublinham a dor da autora (e de um povo) pela Somália atormentada pela violência, por Mogadíscio, “assassinada em janeiro de 1991 por uma guerra feroz (...). Guerra que depois degenerou em fratricídio de todos contra todos”. Mas o primo O não renuncia ao sonho de abrir um bar italiano em sua terra. Como uma casa construída sobre a rocha.

 

Rita Pinci, que com Ritanna Armeni e Carola Susani é a curadora do volume, mas sobretudo a coordenadora de “Donne Chiesa Mondo”, o caderno mensal dedicado ao universo feminino pelo jornal L’Osservatore Romano, de onde surgiu a ideia do livro, explica: “Nos últimos anos, assistimos a muitas releituras em chave feminista de textos fundamentais como a Odisseia ou a Ilíada. Mas, no nosso caso, não há reivindicação de gênero, apenas sensibilidade feminina aplicada à Boa Nova em total liberdade pelas autoras que aderiram ao projeto com entusiasmo”.

 

Trata-se de um projeto de um grupo de mulheres “muito diferentes entre si em termos de idade e de formação cultural, que têm posições diferentes em relação à fé e à religião: no grupo, há crentes e não crentes, católicas, judias e muçulmanas”, escrevem as organizadoras na introdução.

 

A escrita nasce da Escritura. Palavra poderosa, eficaz e eternamente nova. A força das parábolas está aqui, e as 16 autoras envolvidas no projeto “La Parola e i racconti” solicitam reflexões sem dar soluções cômodas, descrevem um mundo duro, especialmente para as mulheres.

 

Como Alessandra Sarchi, em “L’insistenza” (a partir do amigo inoportuno do Evangelho de Lucas): a protagonista é Laura, uma senhora de meia-idade que, na zona rural, com dificuldade, tenta construir uma solidez econômica após o ímpeto dos primeiros tempos (“Agora o orçamento era outro, ela tinha tentado de tudo, desde os campos solares para as crianças no verão, à equoterapia com pôneis, ao agroturismo. No fim, era sempre a mesma história: as despesas superavam em muito os ganhos”) e se choca com a energia de uma jovem kosovare, Arlinda, que, acompanhada das filhas, insiste em lhe pedir “duas galinhas”.

 

Novelas políticas, íntimas, identitárias, globais. Feita de amigas (Marietta e Luisa no tocante conto de Nadia Terranova), cúmplices (a professora de Ritanna Armeni que gostaria que todas as duas alunas continuassem estudando, enquanto o pai de Matilde preferiria ter a filha na loja), de mulheres que não abrem mão de sua dignidade (a empregada doméstica narrada por Antonella Cilento, a sem-teto de Tea Ranno). Corajosas mesmo quando a vida não foi generosa. Nunca irritadas, acima de tudo.

 

Nem mesmo a policial que salva um imigrante do suicídio na novela de Elena Stancanelli, ou Carla, a mãe exausta de Carola Susani, molestada no ônibus (e depois socorrida: como no spin-off da parábola do bom samaritano), e nem mesmo a jovem corretora de imóveis com um namorado muito indolente e insuportável (na história de Camilla Baresani) sentem rancor.

 

Se há uma palavra que emerge a partir dessas páginas densas, pessoais e universais, é “escuta”. Essa condição que está na base do “diálogo”, outro termo recorrente. No conto de Emanuela Canepa, a partir da parábola das virgens sábias e das virgens tolas, duas mulheres falam diante do quadro de Parmigianino, que retoma justamente a parábola de Mateus. Uma pergunta: “De que é feito a escuta?”. Resposta: “Uma atenção partícipe, digamos relacional. Para escutar, é preciso calar as vozes que temos na cabeça e criar um espaço que seja cômodo para as palavras do outro. Como quando você espera um convidado e arruma a sala”. Só uma mulher poderia usar essas frases.

 

Muitas vezes sozinhas, às vezes mal acompanhadas. Mais mães do que esposas. Como a mãe do conto de Mariapia Veladiano, que leva as filhas para Bordeaux para ficarem com a avó moribunda. E a filha mais velha, eu narrador da história, pergunta: “‘E o papai?’ Porque não é verdade que a avó está sozinha, ela tem o filho dela, o nosso papai. A pergunta seria patética, se não se tratasse de uma questão grave, porque, de fato, em relação a todo o resto, não podemos contar com o papai e sabemos disso”.

 

Porém, quer tenham maridos desatentos, companheiros violentos, quer estejam exaustas ou doloridas, as mulheres narradas nesse livro, mas sobretudo as autoras que fizeram esse livro, mantêm uma força vital que, a partir do hoje real, nunca adocicado, retorna 2.000 anos e depois chega novamente até nós. Uma humanidade que libera uma luz de esperança e possibilidade até mesmo na escuridão mais profunda. Como nas parábolas do Evangelho.

 

La Parola e i racconti, 16 scrittrici leggono le parabole dei vangeli, organizador por Ritanna Armeni, Rita Pinci, Carola Susani.

Libreria Editrice Vaticana, 248 páginas.

 

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