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Os leigos na Igreja dividem o Consistório. Artigo de Lucetta Scaraffia

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05 Setembro 2022

 

"Se os leigos depois exercerão melhor esse poder certamente ainda não se sabe, e também dependerá de como eles serão escolhidos ou mais provavelmente cooptados. A Igreja ainda não assumiu para si uma das pedras angulares do pensamento leigo sobre o modo de ser de qualquer coletividade: um poder que permanece escondido e não dito é, por isso mesmo, um poder que tenderá a escapar a toda regras e um poder sem regras é inevitavelmente um poder injusto", escreve a historiadora italiana Lucetta Scaraffia, membro do Comitê Italiano de Bioética e professora da Universidade de Roma La Sapienza, em artigo publicado por La Stampa, 03-09-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

O Consistório recém encerrados deveria ter sido uma grande festa, à qual se somou a presença do cardeal Becciu, “quase” perdoado das acusações que haviam lhe sido imputadas, nenhuma das quais resistiu ao teste dos fatos. Mas no Consistório faltou algo e algo não secundário. Não houve a discussão prometida, a grande parrésìa, sobre a nova organização da cúria emanada de Francisco. E não houve, tanto porque o documento já está em vigor (!) como por falta de local adequado e porque não estava prevista a circunstância de um verdadeiro debate. Os protestos dos cardeais estão serpenteando aqui e ali, e ainda que a maioria dos cardeais tenha se limitado a sinalizar seu descontentamento não comparecendo ao almoço com o papa, há aqueles - como o arcebispo Delpini - de longe que deram voz às suas críticas com uma linguagem bem pouco curial.

 

A grande novidade do documento é a possibilidade para os leigos - e até, talvez, para as mulheres - dirigirem alguns ministérios do Vaticano. Em outras palavras, ocupar cargos de poder dentro da organização da Santa Sé. Há uma discussão em curso sobre essa mudança que também tem visto posições críticas por parte de pessoas que costumam ser favoráveis às escolhas de Francisco, como o historiador Alberto Melloni.

 

Recordam como aquela que hoje pode parecer uma clericalização do poder, ou seja, a atribuição exclusiva da faculdade de governo aos bispos, foi uma escolha que remonta ao Concílio Vaticano II para “espiritualizar” o exercício do governo que, nas mãos de algum leigo - este é o medo - poderia ser mais facilmente manchado com algum excesso indevido. Mas, para dizer a verdade, a enxurrada ininterrupta de escândalos e de abusos sexuais silenciados pelos bispos está mostrando uma realidade muito diferente: sobre o exercício do governo espiritualmente cristão pelos mencionados bispos é legítimo, de fato, nutrir muitas dúvidas. Hoje, paradoxalmente, a única esperança de renovação parece ser aquela que justamente leigos de passado límpido possam ajudar uma Igreja em forte crise.

 

A grave crise de governo que a Igreja Católica atravessa não se deve apenas à clericalização dos cargos de chefia, mas sobretudo a um problema básico: a recusa em enfrentar sem falsos pudores a questão do poder. Isso acontece porque oficialmente o discurso católico sobre a Igreja sempre evitou abordar o problema do poder dentro dela, preferindo sempre falar e pensar apenas em termos de governo e de serviço à comunidade. Sem pensar que mesmo servir a comunidade de forma exemplar ainda significaria o exercício de um poder com os problemas e perigos que isso acarreta. Na linguagem eclesiástica a palavra poder parece ocorrer apenas na expressão “abuso de poder” que hoje muitas vezes acompanha acusações de abuso sexual. Como se quisesse dizer que qualquer exercício aberto de poder seria um abuso.

 

Mas é claro que, enquanto nos documentos oficiais e no discurso público eclesiástico sobre a Igreja o poder não existe, nos discursos privados, nos acertos particulares, nas indiscrições, o termo poder retorna continuamente. O poder é observado e medido sem escrúpulos e não raramente com inveja. O fato de o poder eclesiástico se presumir benévolo por definição, mostrando-se paternalista e modesto, também ajuda a esse silêncio, sem dúvida tingido de hipocrisia. “Vou ver o que se pode fazer” é a frase mais repetida, com evidente boa índole, pelos eclesiásticos que têm poder.

 

E na Igreja, na verdade, há muitas oportunidades de poder, a começar por aquele, ainda que modesto, de um pároco. Isso é provado, aliás, pela tensão para uma carreira que caracteriza quase todos os sacerdotes, de todos os países e culturas. Claro, ninguém nunca fala sobre poder, mas a progressão na carreira obviamente significa ganhar poder.

 

Mesmo agora, para voltar ao debate em curso sobre a admissão de leigos a cargos de direção no governo da Igreja, o problema é oficialmente colocado como pura questão teológica - como tudo, aliás, na cultura da Igreja - enquanto se trata para uma parte decisiva de uma questão clara de poder, ou seja, de conceder aos leigos uma parte daquele poder hoje nas mãos apenas do clero.

 

Se os leigos depois exercerão melhor esse poder certamente ainda não se sabe, e também dependerá de como eles serão escolhidos ou mais provavelmente cooptados. A Igreja ainda não assumiu para si uma das pedras angulares do pensamento leigo sobre o modo de ser de qualquer coletividade: um poder que permanece escondido e não dito é, por isso mesmo, um poder que tenderá a escapar a toda regras e um poder sem regras é inevitavelmente um poder injusto.

 

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