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15 Março 2022

 

"Pasolini era fascinado por Paulo que pregava a cruz, o escândalo para os homens religiosos, a loucura para os intelectuais. Ele via a morte violenta do apóstolo acontecer em uma Nova York de aço e concreto, emblema do mundo desumanizado que se tornou o nosso".

 

O comentário é do monge italiano Enzo Bianchi, fundador da Comunidade de Bose, em artigo publicado por La Repubblica, 14-03-2022. A tradução é de Luisa Rabolini. 

 

Eis o artigo. 

 

Por ocasião do centenário da morte de Pier Paolo Pasolini muitos escreveram sobre ele, mas não encontrei nenhuma referência à sua postura de “mordido por Jesus Cristo”. No entanto, Pier Paolo deixou muitos vestígios em seus escritos, nas obras cinematográficas e também, desconhecido para a maioria, no roteiro de um filme nunca realizado sobre Paulo de Tarso. Talvez valha a pena compartilhar alguns dos meus encontros com ele que tiveram um significado profundo para mim.

 

Encontrei Pasolini pela primeira vez em 1963 em um terraço da Pro Civitate Christiana de Assis.

 

Era uma tarde de outubro carregada de silêncio e ele tinha um livrinho na mão que lia, muitas vezes levantando o olhar para fixar o nada, para pensar. Ele me disse que estava fascinado pelo Evangelho, especialmente pelo Evangelho segundo Mateus, e que "não queria fazer um filme, mas deixar que o próprio Evangelho fosse um relato visual". Assim começou a nossa conversa, da qual logo anotei algumas frases para não as esquecer: "Não creio que Cristo seja o Filho de Deus, porque não sou crente, pelo menos em minha consciência, mas creio que Cristo seja divino: ou seja, creio que nele a humanidade é tão elevada, tão rigorosa e ideal, que vai além dos termos comuns da humanidade”.

 

Nos encontramos novamente em Turim, onde ele me contou sobre sua intenção de trabalhar em um filme sobre o apóstolo Paulo. Desconfiando do retrato que Lucas, o autor dos Atos dos Apóstolos, oferece de Paulo, Pasolini pretendia utilizar apenas o enredo dos Atos dos Apóstolos e fazer Paulo falar apenas através dos textos de suas cartas. Para o apóstolo Paulo, ele tinha uma paixão profunda como por Cristo: uma paixão em que carne e sangue estavam presentes, nunca negados, mas por assim dizer superexaltados. Em maio de 1968 ele escreveu um "Esboço de roteiro para um filme sobre São Paulo", sobre o qual voltamos a falar em Assis na Pro Civitate, e sua preocupação era, como ele disse, que "São Paulo resultasse vivo aqui e agora entre nós". Por isso queria tornar contemporâneas as cidades e o Mediterrâneo de Paulo, e fazer ressoar as palavras do apóstolo em Londres, Barcelona e do outro lado do Atlântico.

 

Pasolini era fascinado por Paulo que pregava a cruz, o escândalo para os homens religiosos, a loucura para os intelectuais. Ele via a morte violenta do apóstolo acontecer em uma Nova York de aço e concreto, emblema do mundo desumanizado que se tornou o nosso.

 

Um dia de 1969, mais oprimido que nunca ao compartilhar comigo as fortes tensões daquele ano tão denso de mudanças e de violência, ele me confessou: "Eu também caí do cavalo como Paulo, mas um pé ficou no estribo e assim continuo batendo a cabeça aqui e ali!”. Enquanto ele me dizia isso, uma tristeza indescritível subiu ao seu coração e aflorava em seu rosto encovado.

 

Três anos atrás encontrei mais uma vez em Cadaqués meu querido amigo Enrique Irazoqui (o ator que interpretou Jesus no Evangelho segundo Mateus) pouco antes de morrer. Juntos nos lembramos de Pier Paolo, a luz que atravessava sua tristeza, o enigma de sua constante e obstinada interpretação de si mesmo como profeta inaudito e como "pobre Cristo".

 

 

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