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“Ser irmãos antes de ser padres”. Artigo de Jean-Paul Vesco, novo arcebispo de Argel

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24 Fevereiro 2022

 

“A noção de fraternidade espiritual dá lugar a uma reciprocidade salutar e real, a um engendramento recíproco que nos faz viver também!”. A reflexão é de Jean-Paul Vesco, arcebispo de Argel, em artigo publicado por La Vie, 17-02-2022. A tradução é de André Langer.

 

Eis o artigo.

 

A espiritualidade da vida religiosa ensina a ser irmãos antes de ser padres. No que me diz respeito, essa espiritualidade me estruturou profundamente, embora eu entenda que a espiritualidade dos seminários diocesanos insiste mais na noção de “paternidade”. Isso talvez se deva em parte ao fato de que o sacerdócio é muito diretamente assimilado ao ofício paroquial: ao pároco é confiado um povo do qual ele pode se considerar o pai.

 

Engendramento mútuo

 

Na paternidade espiritual, meço o risco de desvio para uma relação simbólica distorcida por estar muito distante da realidade da relação de paternidade. Posar como pai pode cultivar a ilusão de que nós, padres, não precisamos de ninguém, que somos a fonte do esperado engendramento da relação de paternidade espiritual.

Pelo contrário, a noção de fraternidade espiritual dá lugar a uma reciprocidade salutar e real, a um engendramento recíproco que nos faz viver também!

É importante não perder de vista o ritmo natural da paternidade (maternidade) biológica. Com efeito, a relação de paternidade evolui ao longo da vida: nos primeiros meses, os pais são desestabilizados pela intrusão do recém-nascido, que desloca todas as referências; depois vem o período da educação em que os pais se tornam um modelo com o qual a criança se confronta e com o qual ela se constrói; então chega um momento em que se cria uma alteridade, porque as crianças se tornaram adultas; finalmente chega aquele momento em que são os filhos que cuidam dos pais.

Esse processo humano pode ser facilmente obscurecido na paternidade espiritual, muitas vezes congelado no período da relação de educação pais-filhos. Somente o patriarca mantém sua plena autoridade mesmo em seu leito de morte, não o pai. Há sempre o risco de que a paternidade espiritual, bela em si mesma, se transforme em uma paternidade patriarcal muito mais confinante. A relação é então ameaçada de infantilização ao longo da vida.

 

Uma forma de alteridade

 

O modelo de fraternidade espiritual me parece mais “real”, na medida em que se apega mais à realidade existencial da fraternidade humana. Em uma irmandade, diferentes lugares são honrados. O irmão mais velho e o irmão mais novo têm um papel um para o outro, que pode evoluir com o tempo e as circunstâncias. Na fraternidade há também uma forma de alteridade que se encontra menos na paternidade, porque somos irmãos e irmãs do mesmo Pai.

A autoridade de um irmão normalmente não é da mesma ordem que a autoridade de um pai. Não devemos nada ao nosso irmão ou irmã, exceto o reconhecimento do que poderia ter sido para nós, porque era ele, porque era ela. Nós não devemos a ele ou a ela nossa vida, e isso é uma grande diferença.

Como bispo, gostaria de ser irmão, seja de padres ou de irmãs mais velhos do que eu, seja de estudantes. Com os primeiros, é difícil para mim pensar em mim mesmo como pai, o que eu poderia fazer mais facilmente com os estudantes. No entanto, mesmo com eles percebi que quando consigo me apresentar como o irmão deles no concreto da vida, cria relações humanas e espiritualmente tão fortes, e talvez mais, do que quando me identificam, muitas vezes de maneira um tanto mecânica, com um pai simplesmente por causa do meu papel institucional.

 

Chamado para ser irmão

 

Dito isso, é claro que reconheço a realidade e a força da paternidade espiritual. Simplesmente, ela não pode ser decretada e, portanto, não pode ser institucionalizada. Este é o meu entendimento da recomendação de Jesus de não chamar ninguém de "pai". Não se torna pai de todos aos 25 anos, simplesmente porque foi ordenado sacerdote. Por isso, na necessária articulação entre fraternidade e paternidade, a fraternidade vem em primeiro lugar.

Sinto-me profundamente e em primeiro lugar chamado a ser irmão, às vezes na posição de irmão mais velho. Pode acontecer que esta relação se torne com este ou aquele uma ocasião de endengramento, sinal de uma verdadeira relação de paternidade espiritual. Pessoalmente, não tenho um pai espiritual, mas irmãos e irmãs com quem prossigo numa relação de alteridade e reciprocidade. Entre eles, alguns irmãos ou irmãs foram para mim figuras de paternidade ou maternidade espiritual em algum momento da minha vida. Eu posso nomeá-los.

É claro que essa ligação entre fraternidade e paternidade espiritual é sutil. Como bispo, tenho a impressão de ter uma relação fraterna com os padres da minha diocese, mas com “pouca coisa” diferente de quando eu era padre entre eles, ou mesmo vigário geral.

Há um ano, cuidei de um amado padre idoso que morreu de Covid-19. Junto com outros membros da diocese, acompanhei-o até seu último suspiro. Quando ia vê-lo no hospital, cuidava dele e o alimentava, sentia que estava fazendo o que sempre temi fazer com meu pai, do que não me imaginava capaz. Minha maneira de ser irmão desse padre era comportar-me com ele como um filho se comporta com seu pai, não como um pai com seu filho, com toda a autoridade que um filho pode ter sobre seu pai no final da sua vida.

 

Princípio da unidade

 

Mas o fato de eu ser seu bispo, mesmo sendo seu irmão, significava que havia aquela “coisinha” extra que nós dois estávamos cientes sem precisar de palavras para isso. O que era isso? Eu não saberia dizê-lo. A sutileza desta relação não é plenamente traduzida pela paternidade espiritual onde o bispo é o pai dos “seus” padres ou do padre, o pai dos leigos que lhe são confiados.

Meu papel de bispo, como desejo vivê-lo, é ser esse irmão que assume um princípio de unidade, que sabe animar a todos no modo como o Espírito se expressa por meio dele. Meu modelo de Igreja é aquele sinodal, como descrito na primeira carta de São Paulo aos Coríntios, onde todos têm dons e devem expressá-los, como o corpo humano composto por um conjunto de órgãos, todos necessários, todos interdependentes uns dos outros.

Ainda que obviamente o princípio da sinodalidade exija que o caminho seja feito “com Pedro” e “sob Pedro”, porque a Igreja não é uma democracia no sentido que costumamos entender. Mas você tem que ser capaz de ouvir todas as vozes. A sinodalidade situa-se nesta tensão entre a horizontalidade da fraternidade e a verticalidade do princípio da unidade. Não um sem o outro.

 

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