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O Nazareno segundo Ravasi, entre a fé e a história

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06 Janeiro 2022

 

Jehoshua ben-Josef, nascido de Myriam perto de Belém da Judeia durante o primeiro censo do governador da Síria, residente em Nazaré da Galileia, “depois sem endereço fixo”, de profissão carpinteiro e, em seguida, “rabi ambulante e curandeiro”. Essa é a carteira de identidade redigida por Gianfranco Ravasi no livro “Biografia di Gesù secondo i Vangeli” [Biografia de Jesus segundo os Evangelhos, em tradu] (Ed. Raffaello Cortina “Scienza e Idee”, 252 páginas), ensaio que pretende avaliar a figura de Jesus “sobre a crista entre fé e história”, sem escorregar para os recrudescimentos do método histórico-crítico e, ao mesmo tempo, sem se entregar às abstrações míticas.

 

O comentário é de Alberto Fraccacreta, publicado por Il Manifesto, 02-01-2021. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

Como afirmou Marie-Joseph Lagrange, “os Evangelhos são a única vida de Jesus Cristo possível de se escrever, contanto que se consiga bem compreendê-la”: Ravasi assume essa lição, mas s,empre mantendo firme a consciência ratzingeriana segundo a qual a reconstrução documental é “uma das dimensões fundamentais da exegese, mas não esgota a tarefa da interpretação para quem vê nos textos bíblicos a única Sagrada Escritura e crê que ela é inspirada por Deus” (“Jesus de Nazaré”, 2007).

 

Divulgação do livro de Gianfranco Ravasi: Biografia di Gesù secondo i Vangeli (Raffaello Cortina editore, Milão 2021, pp. 256, € 19,00)

 

De fato, a “qualidade específica” dos Evangelhos, como o equilíbrio estático em um plano inclinado, deve ser situada “em um delicado ponto de equilíbrio”: “Por um lado, é preciso evitar – sublinha Ravasi – a Cila do mito ou da teologia pura e simples, como se fossem tratados especulativos; por outro lado, é preciso se esquivar da Caríbdis da historicidade absoluta, como se devessem ser remetidos ao gênero dos manuais de historiografia ou das biografias científicas”.

Dito isso, o côté a respeito da Palestina no século I d.C. é muito interessante, e o autor oferece um amplo espectro de observações que vai desde a busca de atestações extra Evangelium, ou seja, imperiais (a carta X,96 de Plínio, o Jovem, a passagem dos Anais de Tácito, Suetônio na biografia dedicada a Cláudio etc.) e judaicas (o conhecidíssimo “Testimonium Flavianum”, um parágrafo do Talmude babilônico, o sutil fragmento de papiro 7Q5 da sétima gruta de Qumran), até a constatação do Evangelho como “documento primário para remontar à história de Jesus”.

Aqui atuam os chamados “critérios de historicidade”, reduzidos por Ravasi, com suprema capacidade de síntese, a duas verificações de natureza antitética, mas complementar: o critério da descontinuidade e o critério da continuidade.

Comecemos pelo primeiro. “Devem ser considerados historicamente autênticos os dados do Evangelho que sejam irredutíveis às concepções do judaísmo e às posteriores da Igreja”. Ou seja: quando pescamos elementos particularmente “originais”, é muito provável que sejam verídicos para todos os efeitos.

Um exemplo? A palavra aramaica abba’, “um termo carinhoso afim ao nosso ‘papai’”, utilizada em Marcos 14,36 e dirigido por Jesus a Deus Pai. O estudioso alemão Joachim Jeremias comenta a esse propósito: “Estamos diante de algo novo e inédito que ultrapassa os limites do judaísmo”. E Ravasi reforça a dose: “Abba’ é uma das ipsissima verba Jesu, isto é, uma das ‘mesmíssimas palavras’ pronunciadas pelo Jesus histórico”, porque nenhum redator ou discípulo poderia imaginar espontaneamente algo semelhante.

Além disso, as deformidades são inúmeras: a escolha dos seguidores pelo mestre judeu contraria o costume do tempo, a liberdade em relação às leis rituais da pureza, a juventude nazarena (de Nazaré “nada de bom pode vir”, João 1,46), os retratos nada lisonjeiros dos apóstolos apresentados – e de certo modo autoapresentados – como “obtusos, hesitantes, covardes e até traidores”. E ainda: “A cena do batismo no Jordão, em que Jesus aparece no meio dos pecadores, para participar de um rito para a remissão dos pecados e em submissão a João Batista: como ela poderia ter sido ‘inventada’ pelos primeiros cristãos que, precisamente então, começavam a polemizar com algumas seitas ‘batistas’ que consideravam João como o verdadeiro Messias? Como teria sido concebido um fim tão inglório, com o ‘suplício dos escravos’, segundo a definição da crucificação cunhada pelo historiador romano Tácito, se ele não estivesse na dura realidade dos fatos?”.

A “trajetória oposta” está no critério da continuidade, que diz: “Deve ser considerado autêntico um dito ou um gesto de Jesus se estiver em estrita conformidade não só com a época ou com o ambiente linguístico, geográfico, político, social e cultural do próprio Jesus, mas se também for intimamente coerente com o seu ensinamento e com a imagem geral”.

O pano de fundo topográfico e civil do século I que emerge nos escritos de Marcos, Mateus, Lucas e João é representado de forma bastante crível “sem anacronismos excessivos e suspeitos”. As modalidades típicas de comunicação rabínica também podem ser encontradas nos discursos de Jesus, que muitas vezes recorre à técnica do paralelismo (“Toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz maus frutos. Uma árvore boa não pode dar frutos maus, e uma árvore má não pode dar bons frutos”, Mateus 7,17-18) e às afirmações paradoxais, os adynata (“É mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus”, Mateus 19,24).

A existência concreta de Jesus já estava selada no kérygma, o anúncio fornecido por Paulo aos coríntios (15,3-5): “Cristo morreu por nossos pecados, conforme as Escrituras; ele foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras; apareceu a Pedro e depois aos Doze”. Nesse Credo antigo, estão fixadas inequivocamente as características fundamentais de um homem “que morreu crucificado sob o procurador romano da Judeia Pôncio Pilatos por volta dos anos 30 do século I, sepultado depois de uma vida marcada por atos e mensagens surpreendentes”, aos quais se entrelaçam “uma série de eventos transcendentes (milagres, ressurreição, aparições)”.

A constituição primária dos Evangelhos nasceu com base em lógoi, aprofundamentos e catequeses em torno dos poucos, mas convincentes episódios essenciais. O próprio “gênero literário” do euanghélion é “único”, distante das armadilhas rigoristas de eventos puramente materiais.

“Os dados reais históricos – continua Ravasi – são interpretados e compreendidos no seu significado mais profundo. E a luz que consegue perfurar a superfície dos fatos de Jesus para captar o seu valor de revelação e de salvação é a Páscoa de Cristo, um evento que deixou traços históricos, mas que pertence a outro plano, além da história”.

Com clareza exemplar, Ravasi relata depois a estrutura e as peculiaridades do primeiro evangelista Marcos (de “língua pobre, mas vivaz”: “Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas, como nenhuma lavadeira no mundo as poderia alvejar”, Marcos 9,3), do mais popular Mateus (amante do simbolismo numérico: “O Pai-Nosso tem sete demandas; sete são as parábolas do discurso do capítulo 13; sete são os ‘ais’ contra os escribas e os fariseus; sete são os demônios que voltam para atacar o homem; sete são os pães multiplicados e sete são os cestos que sobraram”), do mais refinado Lucas (defensor dos ‘anawîm, os “pobres do Senhor”, ou seja, Maria, Zacarias, Isabel, José, Simeão, a profetisa Ana, os pastores à espera da “consolação” e da “redenção” de Jerusalém, Lucas 2, 25-38), do último João (dividido idealmente entre a testemunha ocular e o evangelista-escritor, “teólogo de alto perfil”, que recolheria a tradição modulada nas memórias do “discípulo amado”).

Aos capítulos ligados pelo fio diegético da vida terrena de Jesus, acrescentam-se fichas temáticas que dizem respeito à infância – cujo núcleo biográfico é confiado “a tradições familiares do clã de Maria” –, às palavras pronunciadas, até às mãos (pensemos nos milagres analisados por Ravasi ainda sob a lente do critério da descontinuidade: “Os seus próprios adversários não contestam a sua atividade taumatúrgica, mas sim a autoridade que ele reivindica”; “os Evangelhos canônicos nos relatam milagres sóbrios, destinados apenas a fazer o bem a pessoas sofredoras e realizados exclusivamente em um contexto religioso e não de espetáculo ou magia”), o processo e a condenação, a ressurreição e os Evangelhos apócrifos. Tudo contanto que, com François Mauriac, reconheça-se “não um sentimento, uma paixão, mas uma pessoa, alguém. Um homem? Precisamente, um homem, Deus. Aquele que está aqui”.

 

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