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23 Julho 2021

 

"Se em termos de linguagem as palavras eram pedras nas mãos de gangues em combate frontal, aqui até mesmo os decretos e declarações oficiais convertem-se em bombas devastadoras. O importante consiste em debilitar ao máximo o inimigo. Torna-se necessário enfraquecê-lo com investidas pontualmente letais, sangrando-o até a morte", escreve Pe. Alfredo J. Gonçalves, cs, vice-presidente do Serviço Pastoral dos Migrantes - SPM/São Paulo. 

 

Eis o artigo. 

A linguagem costuma ser vulgar, chula, boçal e marcadamente grosseira. A baixaria desce a um grau sem precedentes naquilo que se poderia chamar de ‘prática política’. Da mesma forma que os vermes, as palavras rastejam num mar de lama e podridão. Poder-se-ia falar de “conversa de botequim”, não fosse pelo desrespeito ao que frequentam os botecos. Na falta de gramática ou vocabulário correto e adequado, sobra uma série de chavões ordinários e apimentados. Sobram também expressões de baixo calão que, na boca das autoridades supremas do país, envergonham qualquer cidadão de bom senso. Pelas redes sociais, primeiro, e pelas ruas e praças, depois, cada palavra mais parece uma pedra a ser atirada ao adversário. As línguas convertem-se em facas com lâmina afiada e cortante como navalhas, punhais, espadas.

A atitude é permanentemente beligerante. Os detentores do poder tentam jogar o tempo todo no ataque, conscientes de que têm uma defesa frágil e porosa. Ou como quem sabe possuir telhado de vidro e pés de barro. Daí o apelo obscuro e furtivo, quando não declarado, à mentira, a qual, quando repetida exaustivamente, pode se transfigurar em verdade. Com ataques e difamações, conflitos agressivos e frequentes, o ódio se institucionaliza a tal ponto que acaba por exigir um gabinete para sua própria disseminação. Opositores e adversários – tanto de um ponto de vista político, quanto ideológico ou até religioso – são vistos e tratados como inimigos figadais. Por isso, devem ser abatidos, eliminados, liquidados. Instala-se uma tensão violenta e polarizada entre os de “dentro” e os de “fora”, os “bons” e os “maus”, os “nossos” e os “outros”.

Se em termos de linguagem as palavras eram pedras nas mãos de gangues em combate frontal, aqui até mesmo os decretos e declarações oficiais convertem-se em bombas devastadoras. O importante consiste em debilitar ao máximo o inimigo. Torna-se necessário enfraquecê-lo com investidas pontualmente letais, sangrando-o até a morte. Com a máxima de que guerra é guerra, multiplicam-se as manifestações públicas contra os demais poderes da república. A mesma relação de atrito se aplica quanto às instituições democráticas e à grande mídia, bem como aos representantes da ciência e da pesquisa, da academia e das artes em geral. Quem ousa pensar, e sobretudo pensar diferente, torna-se alvo privilegiado dos alinhados com o poder. Determinados fantasmas, como comunistas ou petistas, ganham relevância, pois é preciso manter a todo custo a ilusão do mito e a coesão dos que a ele dobram os joelhos e a liberdade.

O objetivo primordial consiste em provocar o caos. Ou mais exatamente, manter a realidade ou a aparência de que a situação é caótica. Caos significa o contrário de cosmos, dois conceitos de origem grega. Enquanto o último traduz a primazia da ordem e do funcionamento regular das leis naturais, o primeiro representa a confusão total, onde todos os contornos são indefinidos. O que explica o empenho obcecado pela desinformação. Explica também a postura negacionista dos seguidores do falso messias. Negam-se não somente os avanços e conclusões da ciência, da pesquisa e da tecnologia aplicadas, mas também as noções de interpretação histórica sistemática e amplamente consolidadas. Em lugar da razão e da argumentação, impõe-se a opinião imediata, interesseira e corporativista, quando não familiar.

Num cenário caótico, a população tende a votar num governo arrogantemente forte, autoritário. A extrema-direita costuma ter mais chances de vitória. Tiranos e tiranias sãos filhos de tempos caóticos, como p. ex. a década de 1930, após o crash da bolsa de New York. Em meio a um tecido social profundamente esgarçado e distorcido, conflagrado por dois polos opostos e inconciliáveis, manda aquele que grita mais alto. Ou quem se revela mais poderoso em dinheiro e influência. Rompido simbolicamente o contrato social, o diálogo está banido em definitivo. Isso explica outra obsessão: a da compra, posse e uso das armas de fogo. Quem cospe mentiras, palavrões e fogo, pode ser temido, e sê-lo por algum tempo. A médio e longo prazo, entretanto, revela a própria nudez, para além de uma casca rude e grossa.

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