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22 Junho 2021

 

O impulso do Papa Francisco à sinodalidade abriu ainda mais um processo que permitirá a desconstrução de uma estrutura eclesial ultrapassada e anacrônica.

O artigo é de Robert Mickens, publicado por La Croix International, 20-06-2021. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

 

Eis o artigo.

 

Há nove anos eu falei para um grupo cívico em Cleveland, Ohio, sobre a “Implosão do Vaticano” e, como resultado, o longo e gradual colapso da estrutura monárquica de governança e ministério da Igreja Católica.

Eu argumentei que como última monarquia absolutista no Ocidente a organização da Igreja Romana tornou-se anacrônica.

Fazia sentido quando monarquias foram uma marca fundamental da sociedade humana. Mas não mais.

Esse modelo ultrapassado de estrutura da Igreja Católica não pertence mais à realidade encarnada da vida dos fiéis, a esmagadora maioria vive em sociedades que estão se tornando mais e mais, em vários graus, democracias participativas e representativas.

Uma Igreja onde as decisões mais importantes são feitas quase que exclusivamente por um clero masculino celibatário, onde bispos tem pouca ou nenhuma transparência, é insustentável em um mundo onde sociedades patriarcais e monárquicas estão cedendo direitos e deveres aos quais não fazem parte da nobreza ou do clero.

Minha palestra em novembro de 2012 ocorreu durante o auge do chamado escândalo VatiLeaks.

Por mais de um ano, o vazamento de documentos sensíveis do Vaticano e de papéis privados de Bento XVI causou profundo embaraço ao papa alemão que ainda reinava e seus principais assessores – especialmente Tarcisio Bertone, o cardeal Secretário de Estado à época.

 

Papa Francisco apressa um colapso inevitável

Aquilo foi uma bagunça. E hoje alguém poderia olhar para trás e dizer: “Claro, era fácil para alguém falar sobre uma suposta implosão do Vaticano”.

Na verdade, algumas pessoas me disseram que a eleição do Papa Francisco revelou que minha análise estava muito errada.

Mas, quase uma década depois, estou convencido de que a tese defendida naquela manhã de novembro nas margens do Lago Erie ainda se sustenta. Porque não foi baseada no que aconteceu ou não aconteceu no pontificado de Bento XVI.

Mesmo apesar do kairós – o momento providencial especial – que muitos católicos acreditam que temos vivido desde a eleição do primeiro papa jesuíta, a Igreja continua a implodir.

Na verdade, de certa forma, Francisco parece estar deliberadamente apressando seu colapso inevitável ao implementar os princípios e métodos descritos em Evangelii Gaudium (EG), sua visão e projeto para a renovação e reforma da Igreja.

Vamos ser claros, não estamos falando sobre o fim da Igreja Católica.

Deus não está morto e o Espírito Santo nunca deixará o povo fiel de Cristo. Todos nós acreditamos nisso.

 

Mudança de estruturas e mentalidades por meio da sinodalidade

Não, é sobre o desmoronamento da atual estrutura governamental e organizacional, que continua a refletir certas características do Império Romano mais do que reflete o modelo organizacional de vida eclesial que se encontra no Novo Testamento ou foi experimentado nos primeiros dois séculos da Igreja Cristã.

Francisco está efetivamente lançando as bases para a “desconstrução” do modelo atual, plantando pacientemente as sementes para a conversão estrutural da Igreja ao “batizar” e empregar quatro princípios sociológicos fundamentais (EG 222-237):

- O tempo é maior que o espaço;

- A unidade prevalece sobre o conflito;

- As realidades são mais importantes do que as ideias;

- O todo é maior do que as partes.

Em última análise, o objetivo do papa é tornar as estruturas e a mentalidade da Igreja mais reflexivas do Evangelho e da pessoa de Jesus Cristo e libertá-la de um sistema codificado de regras e ideias filosóficas ainda profundamente ligadas à cultura do antigo mundo greco-romano.

Por meio do processo de sinodalidade, ele está abrindo espaços de diálogo e discussão que envolvem todo o Santo Povo de Deus e não apenas os clérigos do sexo masculino.

Ele não está democratizando a Igreja, mas está criando um grande e indispensável fórum para que todas as vozes sejam ouvidas através do clássico, mas muitas vezes esquecido, processo de discernimento.

A maior parte do que escrevi até agora foi publicado em uma coluna de julho de 2017 intitulada “A Igreja Católica Romana continua implodindo”.

 

Abrindo espaço para mulheres

Desde então, houve mais duas assembleias do Sínodo dos Bispos – uma sobre os jovens e a fé (2018) e outra sobre a região amazônica (2019).

Cada encontro abriu novas questões, ainda que não explicitamente, sobre a sustentabilidade do atual paradigma da estrutura governamental e ministerial da Igreja Romana.

E desde essas reuniões, o papa, agora com 84 anos, nomeou uma religiosa como uma das principais autoridades do secretariado do Sínodo. Aparentemente, ele permitirá que ela vote nas assembleias sinodais.

Quem poderia imaginar? Não estamos falando apenas de uma pessoa leiga – mas de uma mulher leiga (sim, com votos religiosos) – votando em uma assembleia de bispos católicos.

Este é apenas o início de um processo que provavelmente abrirá ainda mais as posições-chave de tomada de decisão para as mulheres na governança e ministério da Igreja.

Já estamos vendo movimentos nessa direção.

Os bispos católicos da Áustria na semana passada convidaram 14 autoridades de várias dioceses para a assembleia plenária da Conferência Episcopal Nacional.

E um bispo na Suíça em maio passado nomeou cinco leigos – duas delas mulheres – como seus representantes pessoais para substituir os padres que haviam sido seus vigários episcopais.

 

Restaurando o sacerdócio dos casados

Enquanto isso, os católicos na Alemanha continuam, a todo vapor, ao longo do Caminho Sinodal em todo o país.

Esta assembleia contínua de clérigos e batizados não ordenados está abrindo discussões sobre questões que poderiam afetar diretamente a estrutura e o paradigma anacrônico atual da Igreja.

Por exemplo, há apelos para a ordenação presbiteral de homens casados (não a abolição total do celibato, como alguns alegam).

Alguns tradicionalistas da Igreja (e aqueles que são meramente nostálgicos) condenaram a ideia como herética, dizendo que é uma violação da doutrina e tradição católica.

Totalmente sem sentido! Clérigos casados existiram na maior parte da tradição antiga.

A Igreja Católica sempre teve padres casados, uma prática que as comunidades orientais nunca quebraram. E houve, por muitos séculos, até mesmo bispos casados.

Alguns papas (começando por São Pedro!) eram casados legitimamente, também, até o final do primeiro milênio.

Um dos mais notáveis foi Adriano II (867-872) cuja esposa e filha continuaram vivendo com ele no Palácio de Latrão depois que foi eleito Bispo de Roma.

A restauração de presbíteros casados – e eventualmente bispos casados – é apenas uma questão de tempo. E a admissão de mulheres à santa ordem virá em algum dia na sequência.

 

Um grupo raso e inexpressivo de candidatos celibatários do sexo masculino

Na verdade, é na área de governo e ministério da Igreja que a implosão da Igreja é mais flagrante.

O episcopado celibatário, totalmente masculino, recusou-se a abordar seriamente o declínio constante e alarmante das vocações ao sacerdócio.

Em vez disso, os bispos recorreram à ordenação de qualquer homem que prometesse ser obediente à autoridade da Igreja e observar o celibato.

Assim, eles reduziram drasticamente os padrões de perspicácia intelectual, psicológica e pessoal entre os candidatos elegíveis.

Isso levou a um desastre após o outro. E uma das consequências mais catastróficas foi que isso forneceu um reservatório ainda mais raso de talentos para selecionar homens para o cargo de bispo (supervisor).

Não é à toa que o Papa Francisco se recusa a permitir que bispos como o cardeal Reinhard Marx renunciem e que muitas dioceses ao redor do mundo estejam atualmente sem bispo ou sendo lideradas por alguém que já passou da idade da aposentadoria.

Quem é adequado para substituí-los?

Na verdade, as qualidades teológicas e pastorais de muitos dos bispos atualmente em funções são embaraçosamente fracas.

A assembleia plenária online desta semana da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos foi uma demonstração extremamente desconcertante de mediocridade. Essa é a maneira mais caridosa de constatar isso.

 

“Neste mundo em rápida mudança, leve Deus na jornada”

Simplificando, está desmoronando por inteira. Como deve ser.

O mundo está mudando hoje em um ritmo mais rápido do que em qualquer outro momento da história humana. As mulheres estão rapidamente se tornando parceiras iguais dos homens em quase todas as profissões e em um número cada vez maior de países.

Isso forçará a Igreja a reavaliar suas estruturas e “ensinamentos” sexistas e misóginos, nem que seja para evitar que se torne uma pequena seita exclusivamente masculina.

Depois, há a revolução digital (que permitiu que os bispos dos EUA “se reunissem” virtualmente), que também está acelerando os movimentos em direção à igualdade de gênero e outros desenvolvimentos ainda imprevistos na sociedade.

Está apenas começando e continuará a moldar a maneira como interagimos uns com os outros e conduzindo a mudanças sociais que ninguém pode prever.

Impressionantemente, o papa parece entender – ou pelo menos intuir – isso melhor do que a maioria dos homens em posições de autoridade na Igreja.

E seu objetivo parece ser ajudar os católicos, na verdade todos os cristãos, a navegar nesta transição colossal em curso com grande agilidade espiritual/religiosa.

Sua insistência em que a Igreja se concentre principalmente na pregação e na vivência do querigma – o credo básico de que Cristo ressuscitou – é como se dissesse: “Ninguém sabe para onde esta mudança toda está nos levando, mas vamos nos certificar de levar Deus na jornada”.

Outros líderes da Igreja estão, em vez disso, preocupados em sustentar as mesmas velhas estruturas em ruínas.

Se o todo é maior do que suas partes, a Igreja não se fragmentará mais se uma seção dela decidir reviver a antiga tradição dos padres casados – ou ordenar mulheres diáconas ou encontrar outras soluções pastorais/doutrinais para problemas específicos.

A questão mais importante é que essas soluções “criativas”, como o papa gosta de chamá-las, não se desviem do querigma – o cerne essencial da fé cristã.

E esse será o lugar onde a reconstrução começará, uma vez que o atual edifício da Igreja finalmente desmorone... como, certamente, um dia acontecerá.

 

Leia mais

  • O que é sinodalidade? Artigo de Massimo Faggioli
  • Papa Francisco e sinodalidade: O longo jogo. Artigo do cardeal Joseph R. Tobin
  • Reforma da Igreja: quando a sinodalidade decola
  • A Igreja dos EUA conseguirá lidar com a sinodalidade?
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  • Presença fragmentada. O mal-estar pós-moderno do Cristianismo. Artigo de Armando Matteo

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