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07 Abril 2021

“Apesar de que se veja menos manifestantes do que antes, por razões óbvias, o governo, com todos os seus militares e policiais, claramente, não foi capaz de retomar as ruas. Nas ruas de Santiago e de outras cidades chilenas há um tempo suspenso, a ponto de entrar em movimento a qualquer momento. É por isso que os amedrontados no poder geram respostas cada vez mais violentas e irracionais”, escreve Oleg Yasinsky, jornalista ucraniano residindo e trabalhando no Chile, em artigo publicado por desInformémonos, 30-03-2021. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

 

Eis o artigo.

 

Parecia que nunca aconteceria nada neste país. A ditadura de Pinochet, longe de ser a mais astuta, calculista e eficiente de todas, pretendia não apenas combater a esquerda e qualquer dissidência, mas também formatar a alma do Chile, com toda a prolixidade fascista e metodicamente eliminar tudo que é humano do cotidiano nacional. Lembro-me de um graffiti dos anos 1990, em Santiago, que dizia: “Chile não pensa, apenas produz”. Na mesma época, de visita, José Saramago concluiu: “É um país dos mortos vivos e dos vivos mortos”. Era uma terra queimada, que parecia estéril, morta, impossível de semear. Porém, não era certo.

A vida brotou em 18 de outubro de 2019, quando milhões de chilenos em um inesperado – nem por eles mesmos – fenômeno psicossocial tomaram as ruas e praças de todo o país para dizer seu “não” ao neoliberalismo selvagem, que tinha no Chile sua dominação de origem e sua marca registrada.

Por todo o país, o povo resistiu nas ruas por cinco meses, em uma batalha campal, desigual e heroica contra o exército e as forças especiais da polícia e quando veio a pandemia, o mesmo povo através de porta-vozes do front da resistência, notificou sua decisão de abandonar por um tempo as ruas para proteger a saúde e as vidas, porque é pela vida que se luta.

O governo Sebastián Piñera, um empresário oportunista, aproveitou a situação ao máximo. Se Piñera tivesse o sentimento de agradecimento, deveria erguer um monumento ao coronavírus. Muitos no Chile estão convencidos que justamente a pandemia o salvou de uma iminente queda. Com a desculpa da crise sanitária, o país desde 18 de março do ano passado vive o Estado de Exceção com toque de recolher e os militares nas ruas, reprimindo qualquer expressão de desacordo cidadão.

Todo este tempo o rugir das hélices dos helicópteros na noite santiaguina e as notícias das torturas nas delegacias e assassinatos por forças da ordem chegam a ser cada vez mais cotidianas, recordando aos chilenos dos piores anos da história.

Com os pesadelos do passado voltou a repressão sistemática contra tudo o que cheira à organização popular. Enquanto os habitantes de bairros pobres, passando fome e todo tipo de necessidades, como nos anos de Pinochet, organizam-se e fazem os panelões e refeitórios populares, as forças especiais da polícia atacam estes lugares com objetivos militares.

É importante compreender que não se trata de erros ou excessos isolados, mas sim de uma política de Estado de um governo que se compromete a aterrorizar o povo que pela primeira vez se levantou maciçamente contra o modelo capitalista chileno, recentemente divulgado com tanto sucesso em todo o mundo. As forças repressivas agem com total impunidade, tendo como aval e cúmplice toda a classe política, que como sempre e a todo custo pretende evitar qualquer mudança fundamental.

Apesar de que se veja menos manifestantes do que antes, por razões óbvias, o governo, com todos os seus militares e policiais, claramente, não foi capaz de retomar as ruas. Nas ruas de Santiago e de outras cidades chilenas há um tempo suspenso, a ponto de entrar em movimento a qualquer momento. É por isso que os amedrontados no poder geram respostas cada vez mais violentas e irracionais.

Após 18 de outubro de 2019, foram abertos 8.581 processos judiciais por violações de direitos humanos, a maioria envolvendo agentes do Estado, por diversos tipos de agressões, incluindo lesões oculares e violência sexual. Dessas reclamações, 46% encerradas sem formalizações. Apenas nos primeiros 5 meses do protesto, cerca de 460 manifestantes tiveram lesões oculares, causadas por ataques intencionais da polícia. Também dezenas de assassinados, centenas de torturados e milhares de detidos.

Este governo continua a demonstrar crescente desprezo e indiferença por dezenas de reclamações e relatórios de diferentes organizações internacionais e nacionais de direitos humanos. As ações da polícia são cada vez mais criminosas e com menos aparências. A brutalidade da ação repressiva agora atinge sistematicamente os brigadistas da saúde e os observadores dos direitos humanos que, arriscando sua própria segurança, acompanham as vítimas e documentam os ataques a que são submetidos.

E obviamente o alvo especial das forças repressivas é a imprensa independente, a única e a primeira que está com, ao lado e no meio do povo para contar o que acontece ao povo. Enquanto a grande mídia se aplicam nesse ensaio mundial do medo, nossos jornalistas, sem nenhum cálculo além do que ditam seus corações, continuam contando esta bela história de um povo em pé que continua caminhando para outro lugar na história.

Apresentamos aqui a palavra da nossa querida colega, a jornalista chilena Claudia Andrea Aranda Arellano, correspondente da agência internacional Pressenza e colaboradora do desInformémonos, que no último ano e meio foi detida quatro vezes, sendo a última vez em 19 de março de 2021. Quando foi presa no meio de uma operação sem qualquer justificativa, passou várias horas sequestrada, foi torturada e recebeu ameaças de morte.

Em todos esses meses, deixou de lado todo o seu trabalho e planos pessoais para acompanhar a rebelião popular chilena nas ruas de Santiago que continua e continuará sem e com a pandemia, apesar do silêncio da imprensa. E a ela toda a nossa solidariedade e admiração.

Enquanto isso, as ruas chilenas, uma vez retomadas pelo povo, continuam sendo um território de resistência.

 

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