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No inferno de neve e minas

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11 Janeiro 2021

Uma viagem ao longo da rota dos Balcãs entre as pessoas desesperadas que tentam cruzar as fronteiras em busca de asilo. Na floresta de Bonja, desafia-se o gelo na esperança de que os guardas croatas também sintam frio e se afastem. O relato de outra emergência humanitária anunciada começa com a tempestade de neve que pelo terceiro ano consecutivo quase enterrou os campos de refugiados na fronteira entre Bósnia e Croácia transformadas em trincheiras de outros tempos. Poucos, entre os migrantes trancados em Bihac e Velika Kladusa, ousam desafiar o manto branco que um pouco mais adiante esconde armadilhas mortais. A maioria dos três mil acampados, incluindo 1.200 em busca de acomodação após o incêndio no acampamento de Lipa, vão esperar que as temperaturas voltem a subir acima de zero antes de tentar novamente a caminhada de 300 km até a Itália. No entanto, alguns desafiam a sorte, na esperança de que até mesmo os guardas croatas estejam com frio.

A reportagem é publicada por Avvenire, 09-01-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

Campo de refugiados de Lipa.
(Fonte: Google Maps)

“Ne prilazite”, avisa a placa. “Não se aproxime”, porque esse é um dos campos minados mais perigosos do mundo. Na floresta Bonja está a mais recente entre as rotas abertas pelos traficantes. Longe dos percursos mais conhecidos da rota dos Balcãs, pedem em média 200 euros para que cada migrante seja conduzido pelas trilhas até o território croata. Os passeurs geralmente fogem imediatamente logo após a fronteira. A floresta, de fato, é patrulhada dia e noite.

Chegar à Bonja é uma façanha. Uma jornada entre edifícios bombardeados, um legado da guerra na ex-Iugoslávia e quilômetros de lama e riachos sem vivalma. Não há mapas rodoviários atualizados, os telefones não têm sinal e, a cada passo, reza-se para não tropeçar em algum sinistro souvenir de guerra. Estas são as chamadas "áreas suspeitas de minas". Quase 99% das armadilhas ainda estão enterradas nos bosques.

O centro croata de desminagem, que há anos trabalha incansavelmente para colocar em segurança os quadrantes de maior risco, estima que pelo menos 18.000 explosivos antipessoas ainda estejam escondidos, bem como uma quantidade incalculável de bombas não detonadas. Desde o fim do conflito, mais de 500 pessoas morreram após ouvir o clique mortal sob suas botas, mais de 1.500 foram mutiladas. Por isso, mesmo os policiais enviados para vigiar as possíveis rotas de entrada dos migrantes não gostam de ter que ficar dias nesses lugares. “As minas se movem - conta um jovem agente de modos cordiais. Não existe um mapeamento confiável porque a chuva, a lama, os deslizamentos mudam continuamente o estado do solo”.

Enquanto ele nos explica para ficarmos longe da trilha e voltarmos o mais rápido possível, seu olhar se vira para a van branca da polícia. Agachados nas pedras estão duas mulheres, dois homens e uma criança. Eles foram capturados alguns minutos antes por um pelotão da polícia de choque, que depois voltou para a floresta para caçar mais ilegais.

“Por favor - diz nos ele - não podem tirar fotos aqui. Vocês não devem fazer perguntas e não podem falar com os migrantes. Eles entraram ilegalmente. Agora vem meu chefe e vai explicar tudo para vocês". Então ele é interrompido pelo rádio. Parece que o tenente não acredita que seja possível ter repórteres ali. Enquanto o policial explica que isso não é uma brincadeira e que eles devem vir ajudar, a gente consegue conversar com os migrantes.

Eles são curdo-iranianos. Haviam se posto em caminho recentemente e foram interceptados imediatamente. Eles buscarão asilo se tiverem oportunidade. A criança não terá mais de 11 anos. Ela está preocupada, mas não com medo. Uma das mulheres mantém a cabeça baixa enquanto as vans sem janelas chegam. Dentro da van, apenas dois bancos de aço fixados no piso e várias correntes com algemas presas no assento. É ali que a família de refugiados será carregada. Os agentes, porém, não querem nos dizer para onde vão levá-los. Os doze policiais usam fardamentos azuis. As mãos protegidas por luvas cortadas com reforços nos dedos. “É para nos proteger do frio”, garantem.

De acordo com as denúncias de várias organizações humanitárias e as investigações do Comissariado Croata para os Direitos Humanos, homens em uniformes semelhantes foram filmados agredindo migrantes durante sua expulsão para a Bósnia. O governo de Zagreb garantiu que iniciou dezenas de investigações internas, mas exclui que as suas forças policiais possam ter estado envolvidas em violações dos direitos humanos.

O trabalho que a Ipsia-Acli, juntamente com a Caritas, está realizando ao longo da rota balcânica “é precisamente o de não perseguir a emergência, que - explica a coordenadora Silvia Maraone - retorna pontualmente todos os invernos. No máximo, optamos por criar espaços de relacionamento com pessoas que, de outra forma, seriam tratadas simplesmente como números para colocar na fila para receber alimentos, sapatos e cobertores”. Além dos estrangeiros presentes nos acampamentos, muitos outros vagam em busca de acomodações improvisadas. “Há meses sabíamos que o acampamento de Lipa era inadequado.

Por razões políticas, o governo bósnio não cumpriu o seu compromisso de, pelo menos, instalar eletricidade no campo”. Então aconteceu um incêndio na véspera de Natal e centenas de pessoas ficaram sem nem mesmo uma barraca de plástico para se abrigar. As chamas também explodiram na noite passada em um acampamento de Sarajevo, onde centenas de outros migrantes correm o risco de não ter mais nem mesmo um abrigo.

Cruzar a fronteira não é tão difícil. A floresta é terra de ninguém. A fronteira não está marcada. Apenas o GPS pode indicar com precisão a invasão. E quando chegamos ao território bósnio, pela estradinha de barro geralmente usada por traficantes de pessoas e contrabandistas, um caminhão chega da direção oposta para nos interceptar. “Vão embora, aqui também há traficantes armados, estão prontos para atirar”, ordena-nos um suboficial, mostrando o uniforme todo coberto de lama apenas na frente, como se tivesse rastejado pelo chão.

Desde 2017, o Centro de Estudos para a Paz de Zagreb já apresentou seis denúncias de crime. Duas nas últimas semanas, devido à detenção de 13 estrangeiros, incluindo duas crianças, que foram depois entregues "a dez homens armados vestidos com uniformes pretos e com balaclavas na cabeça". De acordo com a acusação, "os homens em uniformes pretos espancaram, humilharam e expulsaram as vítimas do território da República da Croácia para a Bósnia-Herzegovina". Fontes do Ministério do Interior reagiram alegando que poderiam ser "civis armados" que escapam ao controle da polícia.

Entretanto, o gabinete do promotor de justiça da Comissão da UE iniciou uma investigação em 20 de novembro para apurar se houve omissões ou comportamento ilegal da polícia nas fronteiras da Itália, Eslovénia e Croácia, com o objetivo de expulsão para a Bósnia. “Nenhum dos migrantes pretende ficar na Croácia”, admite um policial no posto de controle de Veliki Obilaj. “Mas ainda temos que detê-los para proteger nossas fronteiras. São as ordens - diz ele. E, além disso, a Europa está nos pedindo isso”.

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