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Santa Sofia e a deriva identitária

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27 Julho 2020

"A manobra de Erdogan tem gosto de oportunismo, mas visa explorar a difusão mundial do sentimento identitário como valor em si. Usando a receita antiga e consolidada da mistura entre religião e nacionalismo, busca o consenso através da criação de um senso coletivo de identidade que busca atrair e, ao mesmo tempo, dividir e confrontar. Não é certo que tenha êxito em sua intenção manipuladora: o povo turco dá sinais tangíveis de intolerância ao seu autoritarismo e poderia retomar seu destino nas próprias mãos", escreve o psiquiatra e psicanalista greco-italiano Sarantis Thanopulos, em artigo publicado por Il Manifesto, 25-07-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

Erdogan, principal expoente da "democracia iliberal" (cada vez menos democracia e cada vez mais iliberal), chamado "sultão" pela deriva autoritária na qual ele está arrastando o seu país e por suas ambições "geopolíticas", decidiu, do nada, trazer Hagia Sophia de volta à sua função religiosa. Ele apagou uma página importante da história do secularismo turco. A notícia não suscitou a preocupação esperada, exceto entre os nacionalistas gregos, que associam o templo monumental à greicidade, e o Papa Francisco, alarmado com a perspectiva de um novo foco de conflito entre muçulmanos e cristãos. Na realidade, Hagia Sophia, independentemente de seu óbvio pertencimento ao patrimônio cultural turco, não é propriedade exclusiva de uma religião ou de um povo. No sentido de que ninguém deveria dispor dela como bem entender. Como o Parthenon, o Panteão, a Notre-Dame, a mesquita de Córdoba, São Pedro, pertence à civilização mundial, a toda a humanidade. Notre-Dame e São Pedro ainda são locais de culto. Santa Sofia não era mais. Seu retorno à função religiosa é a reativação do uso nacionalista da religião. Derrota da concepção laica da vida e do povo turco. Derrota de todos nós.

Um poder estatal ou religioso pode apropriar-se do futuro de um testemunho da criatividade humana que realmente não lhe pertence (senão dentro de vínculos éticos e culturais universais)? Os locais de culto não consagrados têm uma grande importância simbólica na emancipação da arte da submissão a qualquer forma de poder e afirmam seu valor político, no sentido de meio e espaço de expressão/realização do gosto do viver e do sentir/pensar da pólis. Estendem a soberania democrática também aos lugares onde a arte continua a servir (ou a conviver com) fins que lhe são estranhos (longe de sua natureza como fim e meio ao mesmo tempo).

A manobra de Erdogan tem gosto de oportunismo, mas visa explorar a difusão mundial do sentimento identitário como valor em si. Usando a receita antiga e consolidada da mistura entre religião e nacionalismo, busca o consenso através da criação de um senso coletivo de identidade que busca atrair e, ao mesmo tempo, dividir e confrontar. Não é certo que tenha êxito em sua intenção manipuladora: o povo turco dá sinais tangíveis de intolerância ao seu autoritarismo e poderia retomar seu destino nas próprias mãos.

No entanto, a indiferença com que seus gestos (e os dos oligarcas como ele) são recebidos pela comunidade internacional atua, de fato, como incentivos para conflitos temíveis, que aparentemente chegam "de repente", quando é tarde demais para segurá-los. O conceito de 'identidade' é intrinsecamente contraditório: tem dois significados opostos. Por um lado, representa um modo de ser original, que não é algo definido e imóvel, mas uma "presença" em transformação nas relações de troca, fora da qual perde seu significado. Tem raízes profundas nos perfumes, no gosto, na "música", nos panoramas das terras nativas, mas sua peculiaridade não está nos lugares, mas na abertura, na exposição do ser que é criado ao se ver jogado em um mundo de sensações sensoriais. É um sentimento de pertencimento ao ser humano.

Na direção oposta, a identidade representa um pertencimento a um conjunto de valores e ideias encerrados em si, delimitados e que delimitam, tendendo à convicção íntima de sua própria superioridade, mesmo quando relacionada ao que lhe é externo. É uma fonte de conflitos que muitas vezes têm resultados desastrosos. A desconsagração da arte, separando-a de seu uso identitáro, ajuda-nos a redescobrir o sentido de nossa presença entre outros, a única maneira de estar presente em nós mesmos. Põe em movimento não identidades, mas modos de ser, diferenças que comunicam e dialogam.

 

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