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Quem está no comando entre ciência e política. Artigo de Roberto Esposito

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16 Junho 2020

"A democracia dos modernos é medida pela capacidade de manter esses opostos unidos - ciência e valor, técnica e paixão, razão e poder - sem esperar integrá-los. As leis que as encarnam são inconciliáveis, como as duas éticas - da responsabilidade e da convicção - que lhes correspondem. Mesmo que a ciência e a política precisem tentar articulá-las entre si. Dessa tensão trágica surge o ethos extraordinário que coloca as duas conferências de Weber no ápice de nossa história intelectual", escreve Roberto Esposito, professor da Escola Normal Superior de Pisa e ex-vice-diretor do Instituto Italiano de Ciências Humanas, ao comentar o novo livro de Massimo Cacciari, filósofo italiano, intitulado Il lavoro dello spirito. Saggio su Max Weber, em artigo publicado por La Repubblica, 11-06-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

Na trilha de Max Weber, para responder a perguntas que a emergência tornou atuais. O novo livro de Massimo Cacciari.

 

Eis o artigo.

 

Nunca como nesta fase a tensão entre política e ciência parece ter se agudizado. Ambas reivindicam autonomia uma da outra e lutam pela hegemonia sobre a sociedade contemporânea. A qual delas cabe a decisão última sobre a nossa vida? Quem decide dentro e sobre o estado de exceção – o saber científico ou o poder político? No entanto, aquelas que parecem surgir da emergência em curso são perguntas que nos acompanham há pelo menos um século. Foi Max Weber quem as formulou, com radicalidade incomparável, nas duas conferências sobre trabalho intelectual como Beruf - um termo que significa profissão e vocação juntas. A elas, Massimo Cacciari dedica uma intensa reflexão intitulada Il lavoro dello spirito. Saggio su Max Weber (O trabalho do espírito. Ensaio sobre Max Weber, em tradução livre, editado por Adelphi).

No centro, está a distância - vivida com o sentimento contido de um desespero sóbrio - de Weber, da grande cultura burguesa de Goethe e Schiller, de Kant e Fichte, até Hegel e Marx. Em todos eles, com timbres diferentes, ressoava a razão da libertação da inteligência da rede de vínculos que a organização capitalista começou a tecer em torno do mundo. A ideia de revolução também deve ser reconduzida a essa exigência: o espírito humano não conhece limites para seu próprio desenvolvimento, exceto aqueles que ele mesmo colocou.

Aos olhos de Weber, aquela rede ficou enrijecida em uma gaiola de aço que modifica radicalmente a relação entre política, economia e técnica, sujeitando a primeira ao controle das outras duas. É o grande tema que unifica as duas conferências, realizadas entre 1917 e 1919, diante de um público de estudantes, em que se perfila o destino da Alemanha e de toda a Europa no final da Primeira Guerra Mundial. Mas aquelas palavras, longe de superadas, evocam problemas e contrastes ainda presentes diante de nós. Ciência e política parecem marcadas por contradições. A ciência, se quiser ser ciência, deve perseguir de maneira desencantada seus objetivos delimitados, renunciando aos valores finais sobre os quais não tem competência.

A política, por sua vez, deve defender o monopólio da decisão contra as demandas da economia e da técnica. Mas nenhuma delas é capaz de fazê-lo. Porque a ciência pressupõe os mesmos princípios dos quais pretende se emancipar e a política não pode prescindir de um aparato técnico para tomar suas próprias decisões. A democracia dos modernos é medida pela capacidade de manter esses opostos unidos - ciência e valor, técnica e paixão, razão e poder - sem esperar integrá-los. As leis que as encarnam são inconciliáveis, como as duas éticas - da responsabilidade e da convicção - que lhes correspondem. Mesmo que a ciência e a política precisem tentar articulá-las entre si. Dessa tensão trágica surge o ethos extraordinário que coloca as duas conferências de Weber no ápice de nossa história intelectual.

Ele está longe de qualquer busca de mediação, de qualquer síntese romântica, de qualquer dialética dos distintos. Croce, Gentile, Rathenau estão no pano de fundo. Mas não com o mesmo grau de radicalidade. Apenas Nietzsche, seu verdadeiro precursor, sustenta a comparação com Weber. Ambos sabem que o futuro está amplamente comprometido, mas que não há como voltar atrás. Tudo o que resta é enfrentar o que nos espera sem recuar. O confronto com Thomas Mann, a quem Cacciari dedica páginas de rara densidade, delineia toda a distância que separa Weber da cultura alto-burguesa. Fiel a seus valores, Mann não vê a profundidade do sulco que o capitalismo traçou com o mundo de ontem – ao contrário, capturado em toda a sua crueza por Weber.

Il lavoro dello spirito, de Massimo Cacciari.
Publicado por Adelphi (pp. 118 euros 13)

Nenhum acordo une Kultur e Zivilisation, a ciência e a vida. Assim como a criatividade do trabalho se fragmenta na particularidade dos interesses privados, assim a política corre o risco de se degradar em pura administração. O cetro passou para as mãos da economia. Nada pode parar o destino que avança, mesmo que não se deva render a ele. Os grandes questionamentos do presente são anunciados. O estado ocupa todo o cenário da política. Mas será capaz de resistir à globalização incipiente? Pode se compor, com sua raiz estável, com a mobilização desenraizadora da técnica? As forças subjacentes entre as duas guerras parecem debelar o liberalismo e o socialismo, ligados em um mesmo declínio, a favor de regimes autoritários.

São questões que despontam sobre o nosso tempo, antecipando incertezas. A crise das democracias representativas, hoje evidente, é amplamente antecipada por Weber. As páginas finais de Cacciari devem ser lidas junto com as de seu livro anterior Il potere che frena (O poder que freia, em tradução livre, Adelphi), que compõe com o novo um indispensável díptico. Em nosso tempo, cresce aquele componente demagógico-plebiscitário do qual Weber havia intuído o poder da sugestão. A complexidade social, da qual a política atual parece ter perdido até a memória, esvanece no mito do povo soberano. Mas o que é chamado indevidamente de "soberanismo" é apenas a máscara que cobre o rosto poderoso do globalismo econômico. Para quem, como Weber, que havia investigado o espírito do capitalismo, não devia ser difícil reconhecer o perfil do que Benjamin havia chamado de "capitalismo como religião" naqueles mesmos anos.

 

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