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Carta de um físico à política, indicando elegantemente o que há para fazer

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15 Mai 2020

 “Todos nós fazemos parte de um sistema socioeconômico global que para funcionar tem uma grande necessidade de energia. Hoje, 81% dessa energia (adicionando as biomassas atingimos 91%) é obtida através de processos de combustão”. Portanto, não é esse ou aquele excesso de exploração ou de economia extrativa que gera a mudança que está ocorrendo, mas toda a ordem mundial de produção e consumo. E isso deve ser estabelecido, para que a opinião pública não seja enganada pela classe política com os costumeiros panos quentes de alguns painéis solares a mais", escreve Piero Bevilacqua, historiador, escritor e ensaísta italiano, em artigo publicado por Il Manifesto, 12-05-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Para aqueles que seguem a literatura sobre aquecimento climático, é difícil conseguir interesse em algum texto novo que não revele notícias sensacionais. No entanto, apesar de não ter notícias impressionantes, o ensaio de Angelo Tartaglia, Il riscaldamento climatico. Lettera di un fisico alla politica (Aquecimento climático. Carta de um físico à política, em tradução livre, Edizioni Gruppo Abele. p. 97, euro 7,99) acaba sendo lido de uma só vez. E por várias razões. A partir do tom suave e cordial do raciocínio - o ensaio tem a forma de uma carta ao Primeiro Ministro - para continuar com a nitidez da redação, que não se entrega a detalhes técnicos ou à ostentação de fórmulas matemáticas obscuras, para terminar com o seu objetivo político básico: mostrar, ao desmantelar uma a uma toda as retóricas atuais, que hoje nada está sendo feito na Itália e no mundo para combater o avanço do aquecimento global.

Tartaglia não se importa em explicar ao leitor também as coisas aparentemente óbvias, mas que não são e que devem ser esclarecidas; caso contrário, a gravidade dos fenômenos não é compreendida. O "problema - ele lembra - não é a mudança em si, mas a velocidade com que ocorre e, consequentemente, a frequência dos fenômenos ‘anômalos’ que a acompanham". E, de fato, a opinião atual se detém na elevação da temperatura média – que, aliás, ocorre de maneira desigual nas várias áreas do planeta - enquanto os efeitos colaterais é que são ameaçadores: derretimento das geleiras, aumento imprevisível da temperatura dos mares, sua subida e submersão de áreas costeiras, alternância caótica de secas e inundações, choques imprevisíveis em animais e plantas.

O autor imediatamente esclarece, de forma lapidária, qual é a causa de tudo: “Todos nós fazemos parte de um sistema socioeconômico global que para funcionar tem uma grande necessidade de energia. Hoje, 81% dessa energia (adicionando as biomassas atingimos 91%) é obtida através de processos de combustão”. Portanto, não é esse ou aquele excesso de exploração ou de economia extrativa que gera a mudança que está ocorrendo, mas toda a ordem mundial de produção e consumo. E isso deve ser estabelecido, para que a opinião pública não seja enganada pela classe política com os costumeiros panos quentes de alguns painéis solares a mais. Para não deixar escapatória aos minimalistas, Tartaglia também lembra do que acontece em setores em que aparentemente os processos de combustão são menos relevantes, por exemplo, em um âmbito vital da economia planetária, a agricultura: “a nossa agricultura baseada no uso sistemático de fertilizantes químicos leva a uma redução progressiva do conteúdo orgânico no solo e o carbono que não permanece no solo passa para a atmosfera. Nas grandes planícies americanas, a espessura da camada orgânica no solo era medida, no século XIX, em metros, hoje em centímetros. E algo semelhante também acontece no vale do Pó italiano”. A economia capitalista queima a herança de biomassas acumuladas em milhões de anos no subsolo, altera o clima, mas também libera CO2 do solo, tornando estéril a camada da qual a vida começa.

Um valor desse ensaio é a inteligência política que sustenta cada uma de suas páginas e a torna particularmente eficaz. Não é comum encontrar nos escritos de cientistas (aliás, também de historiadores, especialmente italianos) a elegância, a ironia, a atenção constante à comunicabilidade da mensagem. Tudo direcionado a demolir um após o outro os preconceitos e as mentiras com as quais os poderes dominantes continuam a conduzir a economia global. Tartaglia faz justiça, com argumentações científicas, da superstição de que a inovação nos salvará. Os limites intransponíveis da natureza não permitem atalhos fáceis. Ao mesmo tempo, pergunta ao Primeiro Ministro, por exemplo, diante da massiva campanha mundial de perfurações da Eni, uma indústria estatal, que contribuição é dada para a contenção de gases de efeito estufa. Quando, segundo os cientistas, 80% dos combustíveis fósseis teriam que permanecer no subsolo para atingir os objetivos.

Mas, das críticas de Tartaglia, sai triturado um dos mitos de nossa classe dominante, desprovida de qualquer visão e criatividade: as grandes obras, que parecem, olhando para os dados, grandes devoradores de energia. Sem dizer que o consumo de terra continua na Itália a uma taxa de 2 metros quadrados por segundo (51 km2 em 2108).

Na verdade, tudo continua como antes. No entanto, muitas coisas poderiam ser feitas para reverter a tendência. Tartaglia não poupa conselhos. Mas a lógica dominante é reparar o que se quebra, não prevenir. Portanto, se não os impedirmos, a festa continuará, exceto por parênteses em caso de pandemia, até a catástrofe.

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