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“A probabilidade de outra grande catástrofe nuclear é muito elevada”. Entrevista com Kate Brown

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23 Mai 2020

Para nos explicar o que ocorreu em Chernobyl, Kate Brown, professora de Tecnologia, Ciência e Sociedade no Massachusetts Institute of Technology – MIT, leu milhares de relatórios, viveu na Ucrânia e Bielorússia, entrevistou cientistas, especialistas e centenas de afetados que, apesar de viverem muito longe do reator, foram infinitamente mais contaminados que a cidade fantasma de Pripyat. Tudo aconteceu por meio das correntes de ar e das linguiças e o leite com os quais foram alimentados milhares de ucranianos, bielorussos e russos...

Em seu aclamado livro “Manual de supervivencia. Chernóbil. Una guía para el futuro” (Capitán Swing) revela a amplitude da devastação e o acobertamento internacional das consequências atuais do impacto da radioatividade de todos os testes de armas nucleares que aconteceram e outros acidentes que inclusive desconhecemos.

A entrevista é de Ima Sanchís, publicada por La Vanguardia, 22-05-2020. A tradução é do Cepat.

Eis a entrevista.

Observava-se a chegada da tragédia de Chernobyl?

Um documento ultrassecreto do politburo revela que antes de 26 de abril de 1986 haviam ocorrido 104 acidentes de pequena envergadura na central nuclear. Os engenheiros nucleares sabiam que o reator RBMK tinha sérios defeitos de desenho. Repará-lo custaria dinheiro, sendo assim, nada fizeram.

Fukushima também era esperada?

Engenheiros e sismólogos advertiram que nessa costa havia fortes tsunamis e que o muro que protegia a central não era o suficientemente grande, mas os empresários decidiram que era muito caro aumentá-lo.

Chernobyl passou logo para o esquecimento.

O governo soviético deu uma série de diretrizes confidenciais sobre como os meios de comunicação deveriam acobertar o acidente: enaltecer o heroísmo dos 600.000 liquidadores e garantir para a população que a contaminação radiativa havia sido contida dentro da zona dos 30 km de Chernobyl. O resto do mundo não se interessou em aprofundar o tema.

A Ucrânia era o celeiro da Rússia e seguiu alimentando a população.

A indústria alimentícia publicou manuais explicando às empresas empacotadoras de carne que misturassem a carne limpa com a radiativa para fazer linguiças e distribuir para todo o país.

A economia se impõe à vida?

O dinheiro desempenha um importante papel nos cálculos relativos à segurança e o risco. Morrem quatro milhões e meio de pessoas por ano por causa da contaminação atmosférica, mas os proprietários das fábricas argumentam que é muito caro colocar filtros adicionais nas chaminés industriais, medidas que reduziriam enormemente essas mortes.

A infecção viral e a mudança climática caminham de mãos dadas?

Das mortes europeias pela Covid-19, nos primeiros meses de 2020, 78% ocorreram em regiões do norte da Itália e do centro da Espanha, onde as emissões de dióxido de nitrogênio são mais elevadas. Nos Estados Unidos, os padrões são similares. É necessária uma maior participação cidadã na tomada de decisões em relação à nossa saúde e segurança.

Quantas nucleares há no mundo?

Mais de 400 centrais, 100 estão nos Estados Unidos e destas 59 têm mais de 30 anos, o tempo de vida autorizado para uma planta nuclear. A maioria dos reatores nucleares está na linha da costa, onde as tormentas são cada vez mais comuns. Parece que temos todos os ingredientes para viver uma nova catástrofe nuclear.

Emergirá a radioatividade enterrada?

Emerge quando são coletados produtos em áreas que estiveram contaminadas na antiga URSS e por toda a Europa. E a radioatividade de Chernobyl nos persegue cada vez que há um dos numerosos incêndios florestais nas regiões contaminadas. A fumaça e a cinza viajam extensamente.

Há alternativa viável às nucleares?

As renováveis são muito mais seguras e muito mais baratas. A maioria dos governos precisa subvencionar as empresas nucleares (é assim desde os anos 1950) e, depois, a população precisa gastar milhares de milhões para limpar e armazenar os resíduos.

E para quem são os benefícios?

No âmbito da esfera nuclear, os benefícios são privatizados. O desenvolvimento, o risco e os resíduos socializados.

Que paralelismos enxerga entre estes acidentes nucleares e a pandemia que nos assola?

A tendência neoliberal na saúde levou a colocar o foco na responsabilidade do paciente. Se você tem câncer, algo ruim deve ter feito: uma dieta pobre, muita ansiedade, genética ruim. Apesar de dois terços dos cânceres terem origem ambiental.

Compreendo.

O câncer está aumentando de forma constante, desde os anos 1950, com a propagação da energia nuclear e das toxinas químicas. Dizemos a nós mesmos que podemos nos proteger se cuidamos e vivemos da forma correta. Os sobreviventes de Chernobyl aprenderam o que todos estamos aprendendo agora: não há escapatória.

Devemos mudar de prioridades.

Com a pandemia somos mais conscientes da interconectividade dos mercados globais, mas também em relação às dos corpos humanos com plantas, animais, vírus e microbactérias que habitam a atmosfera. Deveríamos aprender a tratar essa relação com maior respeito. A pandemia, assim como Chernobyl, é um desastre tanto ecológico como social e sanitário.

Tem fé na humanidade?

Do DNA humano, 6% procedem de vírus. Grande parte de nosso corpo é regido pelo DNA dos micróbios. Estas investigações nos dizem que devemos olhar para nosso entorno como um aliado e não como algo que precisa ser derrotado.

Aprendamos de nossos companheiros terrestres. Uma árvore na mata somente é tão forte como a árvore mais fraca porque atuam como um só organismo. Sabemos que a sobrevivência dos mais aptos não é uma descrição acertada a respeito da natureza, e tampouco deveria ser para a sociedade humana.

 

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