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10 Janeiro 2020

"A renda da classe média subiu no Brasil, mas não tão rápido quanto para os mais pobres e os mais ricos entre 2001 e 2014. Este arranjo 'não usual' pode ajudar a entender a evolução de nosso cenário político, pois como sabemos, as expectativas dos agentes são fortemente relativas em considerações de bem-estar (a 'hipótese do gramado do vizinho')", escreve Nelson Barbosa, Professor Titular da EESP/FGV, Professor Adjunto da UnB e Pesquisador do IBRE/FGV. Foi Ministro da Fazenda e do Planejamento (Governo Dilma), em artigo publicado por Blog do IBRE, 08-01-2020.

Eis o artigo.

Economistas mais progressistas têm apontado a falha da política econômica em combater os efeitos da crise internacional de 2008 como uma das causas do aumento da polarização política e ascensão ou aumento da influência da extrema direita nas democracias ocidentais.

De fato, a busca prematura pela consolidação fiscal em vários países, a partir de 2010, prejudicou a recuperação econômica do mundo nos últimos 10 anos e explica, em parte, a insatisfação do eleitorado com políticos tradicionais em vários países ocidentais.

Outros fatores também contribuíram para a atual configuração política, como o aumento de importância das redes sociais e a disseminação de fake news, mas como economista, sempre acabo procurando razões materialistas para grandes oscilações de opinião pública.

Uma das possíveis causas econômicas do quadro político dos últimos anos é a insegurança da classe média no ocidente. Seja pela desaceleração do crescimento, maior automatização da produção, precarização do trabalho, aumento de imigração e elevação da desigualdade, o fato é que a classe média diminuiu em vários países ocidentais nos últimos anos.

O processo não foi exatamente o mesmo em todos os lugares e, para ilustrar diferenças importantes, neste texto compararei o Brasil com os EUA, no período de 2002 a 2014, com base nos dados da World Inequality Database (WID).

Nos dois países houve redução da renda apropriada pela classe média, definida como os 40% entre os 50% mais pobres e os 10% mais ricos, mas com duas importantes diferenças:

1- No Brasil a participação dos 50% mais pobres na renda total subiu, enquanto nos EUA houve redução.

2-No Brasil a participação da “alta classe média” – o grupo entre os 1% mais ricos e os 90% mais pobres – caiu, enquanto nos EUA houve aumento.

Há doze anos (Barbosa-Filho, 2008) apontei o arranjo não usual do Brasil durante os governos do PT, isto é, a reorganização da política econômica brasileira de um modo que beneficiou mais os mais pobres e preservou os mais ricos. Os resultados acima confirmam esta percepção, mas vamos aos números (o link para o Excel com todos os dados utilizados no texto está aqui).

A figura 1 apresenta a evolução da participação na renda dos 50% mais pobres – a “classe trabalhadora” ou “batalhadora” (Souza 2012) – no Brasil e nos EUA. Os dados do Brasil vão até 2015, os dos EUA até 2014. Os números mostram que, nos EUA, parcela da renda dos 50% mais pobres caiu de 15% para 12,5% do total entre 2001 e 2014. No caso do Brasil houve movimento inverso, isto é, a parcela dos mais pobres aumentou de 12,6% para 14,3% no mesmo período.

Passando aos 40% seguintes na distribuição de renda – a “classe média” – a participação da renda caiu de 42,3% para 40,4% nos EUA, e de 33,1% para 31,1% nos EUA, entre 2001 e 2014. Esta queda quase comum de quase dois pontos percentuais pode explicar parte da insatisfação da classe média com a política nos dois países.

No caso dos 10% mais ricos, nos dois países houve aumento da participação na renda entre 2011 e 2014. A figura 3 mostra a evolução: os mais ricos aumentaram sua parcela da renda de 42,8% para 47% nos EUA, um ganho de 4,2 pontos percentuais (pp), enquanto no Brasil a elevação foi de apenas 54,3% para 54,6%, um ganho de apenas 0,3 pp.

Diante dos dados apresentados acima, podemos concluir que, entre 2001 e 2014 houve redistribuição dos mais pobres e da classe média para os mais ricos nos EUA. Já no Brasil houve redistribuição da classe média para os mais pobres, uma vez que a parcela dos 10% mais ricos ficou praticamente inalterada no período. Esta particularidade brasileira pode explicar parte da “revolta da classe média” durante o final dos governos do PT, mas a situação fica ainda mais interessante quando quebramos os mais ricos em dois grupos.

A figura 4 apresenta a evolução da parcela da renda dos superricos – os 1% do topo da distribuição de renda – no Brasil e nos EUA. Nos dois países houve aumento de participação entre 2001 e 2014, isto é: de 17,3% para 20,2%, nos EUA, e de 26,2% para 27,5%. Seja com expansão ou recessão, os mais ricos sempre têm mais meios para proteger sua renda do que os mais pobres.

E o que aconteceu com a “alta classe média”, isto é, com o grupo entre os 1% mais ricos e os 90% mais pobres? A figura 5 apresenta os dados e revela outra particularidade brasileira: entre 2001 e 2014 a alta classe média perdeu participação na renda brasileira, enquanto o oposto ocorreu nos EUA. Em números, nos EUA a participação deste grupo subiu de 25,5% para 26,8% do total, enquanto no Brasil houve queda de 28,1% para 27,1%.

Para resumir os dados das figuras 1 a 5, a tabela 1 abaixo apresenta um resumo da redistribuição da renda pessoal no Brasil e nos EUA.

Fonte: WID, elaboração do autor.

Nosso próximo passo é verificar o que os números acima significam em termos de renda absoluta por habitante. Por exemplo; pode haver concentração de renda com todos melhorando de vida, e redistribuição de renda com todos piorando de vida. Qual foram os casos no Brasil e nos EUA?

Como guia para o crescimento da renda total da sociedade, considere o crescimento do PIB per capita nos dois países entre 2001 e 2014. O índice correto deveria ser a renda nacional disponível, que leva em conta a renda líquida enviada ao exterior, mas para simplificar a conta utilizarei a renda per capita como aproximação.

Segundo os dados do FMI, no período em questão o PIB per capita cresceu 14,2% nos EUA e 35,7% no Brasil. Com base neste crescimento, e nos dados da tabela 1, a tabela 2 apresenta o crescimento médio da renda de cada grupo da distribuição de renda.[1] 

Fonte: WID, FMI e cálculo do autor

Em palavras, nos EUA houve queda da renda real dos 50% mais pobres entre 2001 e 2014. Os demais grupos tiveram aumento real, sendo o crescimento maior para os mais ricos. Em contraste, no Brasil todos os grupos tiveram aumento de renda real entre 2001 e 2014, mas o maior crescimento ocorreu para os 50% mais pobres, seguidos dos 1% mais ricos.

A renda da classe média subiu no Brasil, mas não tão rápido quanto para os mais pobres e os mais ricos entre 2001 e 2014. Este arranjo “não usual” pode ajudar a entender a evolução de nosso cenário político, pois como sabemos, as expectativas dos agentes são fortemente relativas em considerações de bem-estar (a “hipótese do gramado do vizinho”).

Por fim, no caso do Brasil, os dados da WID já estão disponíveis para 2015 e indicam concentração de renda à la EUA: queda da participação da renda dos 50% mais pobres e dos 40% seguintes, com aumento da participação da renda da alta classe média e dos 1% mais ricos. À medida em que novas observações se tornarem disponíveis, poderemos saber se tal variação reflete uma nova tendência ou foi efeito da recessão de 2015.

Nota:

[1] A lógica é simples, se a renda nos EUA aumentou 14,2% e os 50% viram sua participação na renda cair de 15% para 12,5%, sua renda variou 1-(1,14)x( 0,125/0,15) =-0,047 e assim em diante.

As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade exclusiva do autor, não refletindo necessariamente a opinião institucional da FGV.

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