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O Islã não proíbe a democracia

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04 Novembro 2019

O prestigioso reconhecimento do prêmio Balzan o revelou ao público italiano. No limiar dos oitenta anos, Michael Cook está entre as autoridades mundiais no tema do Islã. Britânico de Nottinghamshire, professor de Princeton desde 1986, o historiador é o autor de textos-chave, incluindo o livro de 2014 Ancient Religions, Modern Politics.

A entrevista é de Marco Ventura, publicada por la Lettura, 03-11-2019. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a entrevista.

Professor Cook, os ocidentais gostam cada vez menos do Islã.

Existem duas causas. Terrorismo na Europa e nos EUA; na Europa também há imigração. O terrorismo mudou tudo. Tornou a vida difícil no Ocidente para muitos muçulmanos que também são bons cidadãos dos países onde residem.

Parece não haver solução.

Se existe uma solução, é política.

A questão está precisamente na política. Os ocidentais acreditam que seja impossível para os muçulmanos abraçar a democracia.

Impossível é uma palavra forte. Suponho que, no século XIX, os protestantes críticos da Igreja de Roma teriam concordado de todo o coração com Pio IX, para quem o catolicismo e a democracia eram incompatíveis e teria sido impossível democratizar uma sociedade católica.

Mas a situação não é ainda mais complicada com o Islã?

Provavelmente sim. O Islã tem seu próprio arcabouço de ideias políticas. Algumas delas estão em consonância com a democracia, mas certamente não são uma doutrina democrática. E isso hoje tem autoridade no mundo muçulmano.

Ao contrário de outras religiões?

Diferentemente da herança islâmica, aquela dos reinos hindus não tem nenhuma consonância democrática. No entanto, a Índia hoje é uma democracia, e os próprios nacionalistas no poder em Nova Deli não parecem interessados em substituir a democracia republicana por um reino hindu.

No entanto, não faltam experimentos democráticos islâmicos.

Como se sabe, os fundamentalistas salafistas consideram a democracia e as práticas associadas a ela uma obra do diabo. Mesmo assim, se candidataram nas eleições egípcias. Um de seus líderes justificou assim as eleições, a representação e a constituição: ‘O Ocidente as tirou de nós. Ele as empacotou, encaixotou e exportou para nós’.

Imagino que o historiador tenha algumas dúvidas sobre isso.

O argumento é falho em vários pontos. Mas o que importa é que funcionou para esse líder salafista. A democracia, diz ele, é uma invenção islâmica e, ao adotá-la, nada mais fazemos que reivindicar a nossa herança. Além disso, em 2013, foi o exército, não o movimento salafista, que acabou com a democracia no Egito.

Você vê estratégias islâmicas de apropriação da democracia?

Existe outra, muito humana: simplesmente fugir da questão. Em meados do século XIX, o Shaykhal-Islam, a mais alta autoridade religiosa do Império Otomano, era continuamente questionado se essa ou aquela reforma seriam lícitas de acordo com a Sharia. No final, ele disse a um dos reformistas: ‘Caro senhor, pare de perguntar a nossa opinião sobre tudo. Vocês não perguntam e nós não vamos interferir’.

Com a democracia liberal, o nível ficou mais alto.

Eu diria que, para o Islã, adotar a democracia liberal é significativamente mais difícil do que adotar a democracia sem as liberdades.

A esse respeito, você não acredita que, justamente por sua recusa em adotar o modelo liberal-democrático, as sociedades e os estados islâmicos erijam-se como um modelo de autoritarismo em um mundo cada vez mais cético em relação à democracia?

Eu não diria isso. O exemplo mais significativo desse ponto de vista é a China, onde o autoritarismo está associado a um grande crescimento econômico e à conquista do status de superpotência. O mesmo não se pode dizer de nenhum estado autoritário no mundo muçulmano.

No entanto, o Islã continua sendo o exemplo de um sistema totalizante.

Costuma-se pensar que o Islã abrace e regule todos os aspectos da vida do crente. Bem, isso não é verdade. Em muitas coisas, Deus não tem preferências. Cabe apenas a você decidir. Um dia, Maomé viu pessoas em Medina fertilizando as palmas e proibiu-as de fazê-lo novamente. Algum tempo depois, ficou sabendo que a colheita de tâmaras tinha sido desastrosa. Encontrando-se com os moradores locais, Maomé fez uma distinção crucial: ‘O que eu vos digo em nome de Deus é a verdade do próprio Deus, mas em vosso mundo mundano vocês sabem mais do que eu’. A agronomia era um âmbito secular, no Islã pré-moderno tanto quanto no cristianismo medieval.

O respeito pelos preceitos não impede, portanto, que o Islã mude?

A advertência de Maomé de que aqueles que imitam um povo se tornam parte dele certamente levanta uma questão. Mas vamos olhar a realidade. No início do século XIX, o exército otomano possuía uniformes completamente diferentes daqueles dos exércitos europeus. Um século depois, os soldados muçulmanos se vestiam como aqueles europeus. Sempre se pode encontrar uma maneira de contornar um preceito inconveniente, quando se quer.

É preciso o argumento certo.

Como neste caso, o argumento da necessidade. Um comentarista otomano disse em 1912: ‘Ou nos ocidentalizamos ou estamos acabados’. Ele não era um teólogo, mas os especialistas em religião são perfeitamente capazes de argumentar que a necessidade e o interesse público podem justificar exceções a um dado preceito.

Portanto, nem tudo está escrito sobre as trajetórias do Islã. Essa é a lição do historiador?

A história do Islã é surpreendente desde o início. Ninguém poderia imaginar o nascimento de um monoteísmo sob medida para a identidade árabe em um tempo em que parecia inevitável que, mais cedo ou mais tarde, todos a oeste do Irã, incluindo os árabes, se converteriam ao cristianismo. Em vez disso, Maomé deu aos árabes monoteísmo próprio.

Em uma terra em grande parte desértica.

Isso não é menos surpreendente. Na história da Arábia, nada sugeria que um estado poderoso pudesse brotar da natureza selvagem e entre os oásis dispersos do Hijaz, para depois se impor a quase todos os árabes e finalmente derrotar os exércitos de grandes estados fundados na agricultura, como os impérios bizantino e persa. Maomé também deu isso aos árabes.

A história não reservou aos muçulmanos apenas surpresas positivas.

Na Idade Média, se alguém tivesse buscado uma cultura com potencial para se tornar uma civilização mundial, o candidato mais óbvio teria sido a civilização islâmica, que se estendia do norte da África ao sudeste asiático. Então os europeus se jogaram de repente e chegaram primeiro.

É uma história que ainda pesa.

O resultado foi uma ferida no orgulho islâmico que ainda hoje está longe de ser banal.

 

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