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06 Setembro 2019

“Ao morder o anzol de que a utopia é necessariamente tóxica, renunciamos a forjar o futuro e esquecemos que, mesmo que tenha abrigado muitos aspectos totalitários durante a modernidade, inspirou, de igual maneira, os aspectos mais edificantes do mundo em que vivemos”, escreve Andoni Alonso, filósofo, professor da Universidade Complutense de Madrid, em artigo publicado por El Salto, 04-09-2019.A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

A utopia secularizada relata como os avanços sociais somente são conquistados mediante o protesto social e a mobilização cidadã, às vezes, após décadas ou séculos de insistência. O mundo não melhora por si só. Franco Martorell. Soñar de otro modo.

São maus tempos para a utopia política, isto é, para a concepção de modelos sociais que aspirem construir um mundo mais justo, reorganizando nossas instituições. A esperança social se reduziu a um esqueleto de ilusão. Agora, são o Google e as grandes companhias que nos prometem a sociedade da abundância.

Ao mesmo tempo em que a utopia política desaparece, as distopias, criadas no período entreguerras do século passado, se apropriam de toda a cultura. Movimentando-se entre obras inquietantes e de alta qualidade a outras, a maioria, dirigidas ao desfrute sensacionalista das massas, o êxito da distopia denota que a fé ilustrada em um futuro melhor deu lugar ao medo pós-moderno de um futuro pior. Tanto faz que nos fixemos na ficção científica ou na filosofia, no ativismo ou na arte: um estado de ânimo distópico monopoliza o ambiente, ampliando a passividade e o derrotismo, atitudes muito agradáveis ao establishment.

Francisco Martorell Campos, doutor em Filosofia e membro do grupo de estudos Histopia, explica em Soñar de otro modo. Cómo perdimos la utopia y de qué forma recuperarla (La Caja Books, 2019) como chegamos a esta situação. Foi com o nascimento do neoliberalismo, quando se declarou de forma definitiva a impertinência do pensamento utópico e se propagou o dogma, reforçado em 1989, de que “não há alternativa”.

Desde então, tudo fica nas mãos do indivíduo, e buscar a transformação social de maneira programática se contempla como um objetivo absurdo, antiquado e perigoso. Vivemos, diz-se, no melhor, ou menos ruim, dos mundos possíveis. O argumento de base é que a história demonstra que sempre que as utopias buscaram se tornar realidade acabaram em tragédia. Como antídoto, o neoliberalismo convida a fixar nas “preferências” e “esforços” individuais o caminho para a felicidade. Isso implica, entre outras coisas, a progressiva degradação do público e o auge simultâneo do privado, a substituição do nós pelo eu e a redução da existência a um jogo solitário, atravessado pelo risco e a incerteza.

Apesar do empenho neoliberal em abrandar a ordem dominante, é fácil descobrir traços distópicos em seus domínios. A crise de 2008 e sua multidão de sequelas perniciosas, a ascensão da extrema direita e o desastre ambiental provam a necessidade de lutar por um futuro diferente, livre dos males vigentes. Contudo, não atuamos em consequência. De uma forma ou outra, interiorizamos a cosmovisão neoliberal. Acostumamo-nos a viver em uma distopia light e a pensar distopicamente. Ou o que é o mesmo, a contemplar com resignação as vítimas – desempregados, emigrantes, trabalhadores precários, idosos e crianças desamparadas – que gera. O máximo que ambicionamos é resgatá-las, impedir este ou aquele despropósito concreto (despejo, uma expulsão ilegal, etc.) e defender as conquistas herdadas.

Desutopizados por completo, atuamos e meditamos a curto prazo, em pequena escala e na defensiva, órfãos de alternativas globais ao sistema imperante, sem iniciativa, nem projetos de transformação a longo prazo. Ao morder o anzol de que a utopia é necessariamente tóxica, renunciamos a forjar o futuro e esquecemos que, mesmo que tenha abrigado muitos aspectos totalitários durante a modernidade, inspirou, de igual maneira, os aspectos mais edificantes do mundo em que vivemos. Poucos recordam que o sufrágio universal foi, em seu momento, uma medida utópica, sem falar dos direitos da mulher. E menos ainda os que consideram que o programa padrão das formações social-democratas, dos anos 1950 e 1960, parecem hoje revolucionários.

Desejoso de reverter a situação, Francisco Martorell propõe uma renovação da utopia política capaz de a distanciar de qualquer forma de autoritarismo e de reinstaurar o impulso utópico na teoria e a prática transformadoras. Para isso, recorre à história da utopia literária, de Thomas More a Kim Stanley Robinson, passando por H. G. Wells e Úrsula K. Le Guin.

Essa jornada, que incorpora um percurso análogo em torno da distopia, se desenvolve em três áreas: a natureza, a história e a sociedade. Partindo das transformações recentes produzidas em cada uma delas e desmascarando os aspectos ideológicos de fenômenos como o ambientalismo, o trans-humanismo, o conservadorismo, a nostalgia sistêmica, as políticas da memória, as redes sociais e as políticas da diferença, Martorell sugere como a utopia deveria se desdobrar para se livrar de seus nocivos fetiches modernos (a natureza pura, a história dotada de sentido intrínseco, a sociedade harmônica-totalizada), para superar as armadilhas pós-modernas do politicamente correto e preencher as necessidades emancipatórias atuais.

Faz sentido reivindicar a utopia? Mais que nunca. Em tempos de indigência política, em que o progresso social corre o risco de se estagnar, e inclusive de se inverter, e onde o pensamento único atua livremente, é a única opção coerente. A proposta de Martorell de uma utopia secularizada, que aposte em políticas concretas como a renda básica e a partilha do trabalho, permite recuperarmos certa esperança, não no futuro por si só, conforme os tecnólogos nos anunciam, mas na capacidade de imaginar, planejar e construir juntos um amanhã melhor. Retira-nos da paralisia, do vitimismo e da letargia procedente da sociedade atual, rendida à distopia do “não há alternativa”. Ensina-nos, de passagem, como renunciar à utopia é o principal sintoma de que o neoliberalismo nos derrotou, por mais antineoliberais que gostemos de parecer...

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