05 Janeiro 2018
Em 2016, cerca de 66,3 milhões de pessoas de 25 anos ou mais de idade (ou 51% da população adulta) tinham concluído apenas o ensino fundamental. Além disso, menos de 20 milhões (ou 15,3% dessa população) haviam concluído o ensino superior.
A reportagem foi publicada por IBGE, 22-12-2017.
A desigualdade na instrução da população tem caráter regional: no Nordeste, 52,6% sequer haviam concluído o ensino fundamental. No Sudeste, 51,1% tinham pelo menos o ensino médio completo.
Ainda entre a população com 25 anos ou mais, no Brasil, apenas 8,8% de pretos ou pardos tinham nível superior, enquanto para os brancos esse percentual era de 22,2%. O nível superior completo era mais frequente entre as mulheres (16,9%) do que entre os homens (13,5%).
A taxa de analfabetismo no país foi de 7,2% em 2016 (o que correspondia a 11,8 milhões de analfabetos), variando de 14,8% no Nordeste a 3,6% no Sul. Para pessoas pretas ou pardas, essa taxa (9,9%) era mais que duas vezes a das brancas (4,2%).
Entre as pessoas de 60 anos ou mais de idade, a taxa de analfabetismo chegou a 20,4%, sendo 11,7% para os idosos brancos e 30,7% para os idosos pretos ou pardos.
Em média, a população do país tinha 8,0 anos de estudo e as menores médias regionais eram do Norte (7,4 anos) e do Nordeste (6,7 anos). As pessoas brancas mostraram-se mais escolarizadas (9 anos) em relação às pretas ou pardas (7,1 anos).
Cerca de 3,1 milhões de crianças com até 3 anos de idade (ou 30,4% desse grupo etário) frequentavam creche. O Norte apresentou a menor taxa de escolarização para essas crianças (14,4%) e o Sul, a maior (38,0%). Já entre as crianças de 4 e 5 anos, a taxa de escolarização era de 90,2%, ou seja, 4,8 milhões de estudantes.
Para as pessoas de 6 a 14 anos as taxas de escolarização chegaram a 99,2%, e para as pessoas de 15 a 17 anos, 87,9%. Entre os jovens de 18 a 24 anos, 32,8% estavam frequentando escola e 23,8% cursavam o ensino superior.
A frequência de estudantes à rede pública predominava na educação básica: 73% na educação infantil, 83,4% no ensino fundamental e 85,8% no médio. Já no ensino superior de graduação, 74,3% dos estudantes frequentavam a rede privada.
Em 2016, a educação profissional era realizada por 842 mil estudantes de graduação tecnológica, 2,1 milhões em cursos técnico de nível médio e 568 mil pessoas estavam frequentando algum curso de qualificação profissional.
No Brasil, 24,8 milhões de pessoas de 14 a 29 anos não frequentavam escola e não haviam passado por todo ciclo educacional até a conclusão do ensino superior. Desse grupo, 52,3% eram homens e mais da metade deles declararam não estar estudando por conta do trabalho, além de 24,1% não terem interesse em continuar os estudos. Entre as mulheres, 30,5% não estudavam por conta de trabalho, 26,1% por causa de afazeres domésticos ou do cuidado de pessoas e 14,9% por não terem interesse.
Esses são alguns destaques do módulo temático da Pnad-Contínua sobre Educação, com dados para 2016. As informações completas da pesquisa estão aqui.
No Brasil, em 2016, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade foi estimada em 7,2% (11,8 milhões de analfabetos). Na faixa de 60 anos ou mais de idade, a taxa atingiu 20,4%. A região Nordeste apresentou a maior taxa de analfabetismo (14,8%), quase quatro vezes maior do que as taxas do Sudeste (3,8%) e do Sul (3,6%). Já na região Norte, essa taxa foi de 8,5% e no Centro-Oeste foi 5,7%. A meta 9 do Plano Nacional de Educação para 2015, que previa a redução desse indicador para 6,5%, só foi alcançada para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
A taxa de analfabetismo para os homens com 15 anos ou mais de idade foi de 7,4% e para as mulheres 7,0%. Entre as pessoas de cor preta ou parda (9,9%) a taxa foi mais que o dobro das pessoas de cor branca, (4,2%). Entre os idosos de 60 anos ou mais, essa taxa foi de 11,7% para a população branca e 30,7% para os pretos e pardos.
No país, 11,2% da população de 25 anos ou mais não tinham instrução; 30,6% tinham o fundamental incompleto; 9,1% tinham fundamental completo; 3,9% tinham ensino médio incompleto; 26,3% tinham o ensino médio completo e 15,3% o superior completo. Portanto, mais da metade da população de 25 anos ou mais no Brasil possuíam apenas até o ensino fundamental completo. As regiões Norte e Nordeste registaram os maiores percentuais de pessoas sem instrução, 14,5% e 19,9%, respectivamente. As maiores proporções de nível superior completo foram estimadas para o Centro-Oeste (17,4%) e Sudeste (18,6%), enquanto as regiões Norte e Nordeste tiveram as menores proporções, 11,1% e 9,9%. No Nordeste 52,6% da população não alcançou o ensino Fundamental completo. Na região Sudeste, 51,1% tinha pelo menos o Ensino Médio Completo.
Mulheres apresentaram níveis de instrução mais elevados do que os homens: enquanto 52,8% dos homens possuíam ensino fundamental completo, essa proporção para as mulheres era de 49,4%. Com nível superior completo, o percentual era de 16,9% entre as mulheres e 13,5% dos homens.
Enquanto 7,3% das pessoas de cor branca não tinham instrução, a proporção das pessoas de cor preta ou parda que estavam nesse grupo era o dobro: 14,7%. Situação inversa ocorreu nos percentuais dos que tinham nível superior completo: 22,2% para os brancos e 8,8% para os pretos ou pardos. A diferença no nível superior, foi mais acentuada na Região Sudeste, 25,6% para pessoas de cor branca, e 9,0% para pessoas pretas ou pardas. O Centro-Oeste mostrou a maior proporção (12,9%) de pretos ou pardos com o nível superior completo.
Fonte: IBGE
Em 2016, o número médio de anos de estudo das pessoas de 25 anos ou mais de idade foi de 8,0 anos. Nordeste e Norte ficaram abaixo da média nacional, com 6,7 anos e 7,4 anos respectivamente, enquanto que Sul (8,3 anos), Centro-Oeste (8,3 anos) e Sudeste (8,8 anos) ficaram acima. Para as mulheres foram 8,2 anos, e para homens 7,8 anos. Para as pessoas de cor branca, a média foi de 9,0 anos, e para preta ou parda, 7,1 anos.
Cerca de 56,5 milhões de pessoas frequentavam escola ou creche. Entre as crianças de 0 a 3 anos, faixa correspondente à creche, a taxa de escolarização foi de 30,4%, o equivalente a 3,1 milhões de estudantes. A região Norte apresentou a menor taxa, 14,4%, e o Sul a maior, 38,0%. Segundo a cor ou raça, foi estimado que a taxa de escolarização nesse segmento de crianças brancas (34,1%) foi maior do que a de pretas ou pardas (27,1%).
Já entre as crianças de 4 e 5 anos, faixa correspondente à pré-escola, a taxa foi 90,2%, o equivalente a 4,8 milhões de estudantes. As regiões Norte (84,1%) e Centro-Oeste (84,4%) tiveram as menores taxas, e as regiões Sudeste (90,8%) e Nordeste (94,1%) as maiores. Para as crianças de 4 e 5 anos, a taxa de escolarização foi maior entre brancos (91,5%) do que entre pretos ou pardos (89,1%).
Na creche ou pré-escola, a maior parte estudava em um único turno: somente de manhã, 40,9%, ou somente de tarde, 34,8%; 23,4% estudavam de manhã e tarde.
Para as crianças e adolescentes de 6 a 14 anos de idade, a faixa correspondente ao ensino fundamental obrigatório, a taxa foi de 99,2%, o equivalente a 26,5 milhões de estudantes.
Por fim, para o grupo de 15 a 17 anos de idade, a faixa etária compatível à frequência ao ensino médio, a taxa foi de 87,2%, o equivalente a 9,3 milhões de estudantes.
No Brasil, 32,8% dos jovens de 18 a 24 anos de idade estavam frequentando escola, o equivalente a 7,3 milhões de estudantes. Para as pessoas de 25 anos ou mais de idade, a taxa de escolarização foi de 4,2%, o equivalente a 5,5 milhões de estudantes. As taxas de escolarização entre as grandes regiões variaram de 31,2% no Nordeste a 35,5% no Centro-Oeste.
Segundo a cor ou raça, a taxa de escolarização de brancos (37,4%) foi superior à de pretos ou pardos (29,4%), isso se repetiu para todas as grandes regiões. Foi no curso superior de graduação em que ocorreu a maior diferença entre brancos e pretos ou pardos, 8,0 p.p..
Fonte: IBGE
Do total dos estudantes, 73,5% frequentavam escola pública e 26,5% escola privada. Em todas as grandes Regiões a rede de ensino público era superior à privada, com destaque para o Norte, onde 82,5% dos estudantes estavam na rede pública. Já o Sudeste apresentou a maior proporção de estudantes escolas privadas: 30,1%.
Enquanto que, para os cursos até o ensino médio, a rede pública corresponde a mais de 70,0% dos estudantes, no ensino superior de graduação esse percentual se reduz a 25,7%, e na especialização, mestrado e doutorado, 32,9%.
Na creche ou pré-escola, a maior parte estudava em um único turno: somente de manhã, 40,9%, ou somente de tarde, 34,8%; 23,4% estudavam de manhã e tarde. O ensino fundamental apresentou comportamento semelhante, mas com a frequência de turno único mais elevada: 53,5% somente manhã e 40,5% somente tarde; o turno manhã e tarde foi de 4,0%. No ensino médio, 92,0% dos estudantes estavam em turno único: 50,5% somente manhã, 18,5% somente de tarde e 23,0% somente de noite. No ensino superior, 83,6% dos estudantes estudavam em turno único: somente manhã ou somente tarde (21,5%), e somente noite (62,1%); 10,7% estudavam de manhã e de tarde.
Em 2016, o país tinha 24,8 milhões de adolescentes e jovens de 14 a 29 anos de idade que não frequentavam escola, nem cursos de pré-vestibular, técnico de nível médio ou qualificação profissional. As razões mais frequentes foram: não frequentavam por motivo de trabalho, seja porque trabalhavam, estavam procurando trabalho ou conseguiram trabalho que iria começar em breve (41,0%); não tinham interesse (19,7%); e por ter que cuidar dos afazeres domésticos ou de criança, adolescente, idosos ou pessoa com necessidades especiais (12,8%). Além disso, 8,0% declararam já ter concluído o nível de estudo que desejavam e 7,8% disseram que faltava dinheiro para pagar as despesas. Em relação à dificuldade de acesso, 2,6% não frequentavam a escola porque não havia vagas ou escolas na localidade, ou porque a escola estava muito distante.
Fonte: IBGE
Entre os homens jovens que não estudavam, a razão mais frequente para não estarem na escola foi o fato de estarem trabalhando (50,5%). Além disso, 24,1% deles disseram que não tinham interesse e 8,2%, que já tinham concluído o nível de estudo que desejavam. Entre as mulheres os motivos para não estudarem foram: trabalho (30,5%); por ter que cuidar dos afazeres domésticos ou de criança, adolescente, idosos ou pessoa com necessidades especiais (26,1%), e por não ter interesse (14,9%). Destaque-se que a proporção de mulheres jovens que não estudavam para realizar afazeres domésticos ou cuidar de pessoas era 32,6 vezes superior à dos homens envolvidos nessas atividades.
Em 2016, 1,7 milhão de pessoas frequentavam cursos de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Os turnos mais frequentes do ensino fundamental regular foram os turnos da manhã e tarde, já para as pessoas do EJA do ensino fundamental, 83,2% era noturno. Novamente o ensino médio seguiu o comportamento do ensino fundamental, onde os turnos predominantes do curso regular foram manhã e tarde, e para o EJA do ensino médio, o turno noturno, 85,2%.
Em 2016, entre os mais de 8 milhões de estudantes do ensino superior de graduação no Brasil, 842 mil estudantes frequentavam cursos tecnológicos, o que corresponde a 10,5% do total de estudantes do ensino superior. A região Sudeste apresentou o maior percentual, 11,4%, enquanto no Nordeste 8,5% dos estudantes estavam na graduação tecnológica. Essa modalidade de educação profissional era mais frequente entre os homens (12,6%) do que entre as mulheres (8,8%) e não mostrou diferenças relevantes entre pessoas brancas e as pretas ou pardas.
No ano de 2016, cerca de 54 milhões de pessoas no Brasil poderiam frequentar um curso técnico de nível médio. Deste grupo, 3,9% estavam frequentando curso técnico de nível médio e, entre as Grandes Regiões, esse percentual manteve o mesmo patamar, exceto o Sul com 5,0% de participação em cursos técnicos.
O estoque de pessoas no Brasil que já haviam frequentado curso técnico de nível médio e não chegaram a concluir o ensino superior nem estavam frequentando curso técnico alcançou um montante de 6,9 milhões de pessoas em 2016. Neste grupo, aproximadamente 3,6 milhões eram homens e 3,3 milhões mulheres.
Em 2016, entre as pessoas de 14 anos ou mais de idade cujo nível de instrução alcançou, no máximo, o ensino fundamental completo (ou equivalente), apenas 08,% estava frequentando curso de qualificação profissional, o que equivale, em termos absolutos, a568 mil pessoas. O percentual é pequeno, dado o grupo que poderia ter acesso a esta formação, e varia pouco entre homens e mulheres e entre as Grandes Regiões.
No Brasil, 15,8 milhões de pessoas 14 anos ou mais de idade com nível de instrução até o ensino médio completo e aquelas com superior incompleto e sem diploma de curso técnico de nível médio, já haviam frequentado algum curso de qualificação profissional, ou seja, 11,0% dessa população. Desse contingente, 93,7% concluiu o curso. A Região Centro-oeste apresentou o maior percentual (14,9%) e o Nordeste o menor (8,9%). Os homens apresentaram maiores percentuais do que as mulheres, 12,1% e 9,9%, respectivamente. Não houve diferenças significativas entre pessoas de cor branca e preta ou parda.
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No Brasil, 51% da população de 25 anos ou mais tinham até o ensino fundamental completo em 2016 - Instituto Humanitas Unisinos - IHU