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“Kiev amargurada pelas palavras do Papa, perguntam-me se Putin tem dinheiro no Vaticano”. Entrevista com Visvaldas Kulbokas, núncio apostólico na Ucrânia

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18 Março 2024

"Entrevistas, entrevistas, entrevistas… aqui estamos morrendo. Eu tenho que cuidar dos prisioneiros, incluindo as crianças que estão nas mãos dos russos. É a gota d'água, eles morrem e nós paramos o mundo por causa de entrevistas. O que dirão no céu?”. Visvaldas Kulbokas, lituano e diplomata a serviço da Santa Sé, é Núncio Apostólico em Kiev e nos últimos dias não consegue acompanhar o delicado trabalho de mediação que a sua tarefa exige, acobertado por telefonemas preocupados de ucranianos, mesmo seis dias depois da entrevista do Papa Francisco sobre a possibilidade de hastear a bandeira branca e negociar com Putin.

A entrevista é Letizia Tortello, publicada por La Stampa, 15-03-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a entrevista.

Após a entrevista do Santo Padre, o senhor foi convocado pelo Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia. Conversa tensa? O que lhe perguntaram?

Os contatos bilaterais, como o de 11 de março, são a forma privilegiada de refletirmos juntos sobre o que fazer. Não posso referir as temáticas, cabem ao trabalho diplomático, mas pessoalmente apreciei bastante. Acho que serve para ambas as partes. Numa época de guerra tão feroz, as soluções de paz devem ser buscadas usando todas as energias possíveis.

Ficaram irritados? A Ucrânia se sentiu traída?

De certa forma, sim. Acima de tudo, amargurada. Há uma grande preocupação, porque existem dificuldades e há espírito de resistência. É uma guerra muito pesada.

Como foram recebidas as frases de Bergoglio “quando você está perdendo”, “quem pensa no povo deve ter a coragem de negociar”?

A Ucrânia precisa de apoio de todos os pontos de vista, incluindo o moral. A entrevista foi lida por muitos como uma constatação da derrota, e isso pesa e desmoraliza.

Perguntam-lhe se o Papa é pró-Rússia?

Rejeito firmemente essa afirmação, mas é verdade que me fazem muitas perguntas. A Nunciatura Apostólica, em momentos de discussão como essa, fica parecendo com um call center: por dias inteiros é obrigada a se concentrar não na suas atividades, mas em receber apelos, reflexões, sugestões, pedidos de comentários.

Quais são as perguntas mais frequentes?

Se o Papa ama a Ucrânia, se o Vaticano está com dinheiro de Putin, por que o Papa não vem aqui, por que não menciona a Rússia, não a chama em causa?

Que consequências isso tem?

Infelizmente, os católicos aqui são agora tratados com suspeita. É uma atitude injustificada, mas é um fato que são muitas as reações emocionais que se repercutem nas relações entre as Dioceses e as Administrações regionais, bem como com o governo central. Somos respeitados, mas a certa altura a nossa missão é vista com desconfiança.

O que seria necessário para consertar?

Não sou o porta-voz do lado ucraniano. Cumpro minha missão dentro do melhor das minhas possibilidades. Mas vi que o Ministro Kuleba insistiu novamente no convite ao Santo Padre para vir à Ucrânia e visitar os vários milhões de fiéis católicos que estão no país.

Como estão os civis?

Meu coração permanece com eles mesmo nesses momentos. Com as crianças separadas dos pais, com os prisioneiros civis, com os prisioneiros militares muitas vezes detidos em condições desumanas e com soldados, voluntários e capelães que vivem nas trincheiras: suas vidas estão por um fio tênue. Se ouvissem as nossas discussões, não entenderiam e nos diriam: "Para vocês a prioridade são as palavras, para nós as ações, tudo o que realmente pode deter a agressão". É isso, eu diria que este é o ponto: como parar o derramamento de sangue? Não me cabe entrar na questão das armas, mas se me concentro no aspecto moral e na ajuda humanitária, fica claro que pelo menos até agora o apoio tem sido insuficiente. Sozinhas, essas ajudas não param a guerra; há quem fale até de "hipocrisia": vocês nos enviam ajudas, necessárias, vitais, mas se continuarmos assim, não haverá mais crianças e famílias para ajudar.

O que quer dizer? O Ocidente deveria mudar de estratégia?

Significa que são necessárias iniciativas e ações mais incisivas. Absolutamente não existe o "cansados da guerra" que os ucranianos observam nas palavras dos ocidentais que se focam, talvez, em eventuais futuras "escaladas" que também os envolveriam, mas enquanto a guerra ficar circunscrita à Ucrânia, para alguns não será uma prioridade.

As palavras de Francisco deveriam ser interpretadas como “chega de mortes”?

O Santo Padre faz apelos contínuos à oração e ao diálogo. Certamente, não é um político ou um especialista técnico, portanto não deve ser lido nesse sentido, mas num sentido muito mais amplo: como um claro convite para "parar". Um apelo para parar dirigido principalmente à Rússia, como explicou o Secretário de Estado e, posteriormente, um convite a todos para que procurem novos caminhos.

O que os católicos lhe dizem?

Vou partilhar uma "confissão" provocativa. Há um grupo de católicos tentando se unir em oração online, juntos na Ucrânia e na Rússia. Como você bem sabe, na Rússia seria difícil orar publicamente pela paz. Portanto, aquele grupo de oração evita quaisquer comentários e nem sequer declara a intenção, mas todos sabem que estão unidos na oração sincera pela paz.

É isso, meu grande sonho se enquadra nessa linha: que os líderes religiosos do mundo de todas as confissões e religiões se unam numa oração online, talvez sem dizer nada além de três ou quatro palavras de oração, mas sabendo que dessa forma representam a humanidade unida que invoca a paz de Deus. Tenho certeza de que o Senhor não permaneceria surdo.

Uma rendição neste momento significaria duas Ucrânias, uma pró-Rússia, uma com o Ocidente. É possível?

Os ucranianos temem que se as negociações fossem abertas com base na situação no campo, isso significaria entregar a Putin todos os nossos concidadãos que atualmente vivem nos territórios tomados pela Rússia. Com pesadas consequências para as pessoas, para quem quisesse preservar a identidade ucraniana, a religião, etc.

O Vaticano ainda continua a mediar?

Certamente a iniciativa da Santa Sé e do Cardeal Zuppi em particular continua. Trata-se de um empenho sobretudo no âmbito humanitário, o que mais nos compete e que também poderia servir para aberturas para outro tipo de considerações. Acompanhamos algumas questões relativas às crianças em contato com a Secretaria de Estado e com o Núncio Apostólico em Moscou. Sobre outras questões, como a dos presos civis, continuamos a discutir em conjunto com os oficiais do governo, em primeiro lugar com o Ombudsman, e em consulta com as Embaixadas de vários países. Grupos de trabalho específicos estão ativos em Kiev, porque em dois anos foram feitos poucos avanços nas questões humanitárias, não se consegue encontrar uma forma eficaz de proceder. Mas não ficamos de braços cruzados. Trabalhamos todo santo dia.

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