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Era necessário Bergoglio para quebrar o tabu. A vitória não é o único caminho para a paz. Artigo de Domenico Quirico

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12 Março 2024

"Só o Papa poderia quebrar o tabu, só ele tem a força moral para tanto. Usando palavras derrota, negociar, bandeira branca que custariam a acusação de traição, de colaboracionismo com o inimigo", escreve Domenico Quirico, jornalista italiano, em artigo publicado por La Stampa, 11-03-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Eu gostaria de dizer: finalmente! Separar com as palavras o certo e o errado, o racional e o louco. Apenas o Papa poderia ter a coragem de fazer isso. Palavras faladas, escritas, enviadas em alto e bom som, que se tornam desafio, exemplo, tentação ao contrário. Ousar o impronunciável para os usos da bizantina hipocrisia: isto é, render-se, levantar a bandeira branca, negociar. Essa é a virtude profética, o Escândalo sagrado da verdade. Durante dois anos ouvimos quase sem fazer perguntas, tomando ciência, por imersão, talvez por hábito, permanecendo na maior parte inertes, superficiais, fechados pelo intricado giro das coisas. O conflito causava dor há tempo, os mortos fixavam o céu repleto de mísseis ruidosos. Durante a guerra na Ucrânia, vivemos sob o domínio sufocante de uma cosmogonia homogênea. Putin, a Rússia, agressores arrogantes, serão punidos, com o seu poder de papel machê não têm nenhuma possibilidade de prevalecer sobre o Bem, isto é, sobre nós. Os heroicos ucranianos e as nossas armas e o nosso dinheiro derrotarão o Mal.

Ninguém questionava, todos internalizaram. Estávamos convencidos com a intensa satisfação de vivenciar ao vivo o grandioso acontecimento da Guerra Justa: e inevitavelmente vitoriosa. O cretinismo infinitesimal de cada evento horrível: as carcaças dos tanques, as trincheiras derrubadas, as evisceradas intumescências das cidades, estava pronto o paradigma de que tudo é notícia. Foi banalizado o horror, permitindo-nos, como espectadores, de nos excluirmos e pensar de poder usufruir de um refúgio perpétuo. O nosso não fazer nada, contentar-se da certeza da vitória que nos era garantida por aqueles que sabem, políticos, economistas, generais, especialistas, intelectuais, tornava a impotência e a indiferença felizes, legítimas e tranquilizadoras.

Mês após mês todas as possibilidades intermediárias foram, uma após outra, eliminadas, expostas como engano, abdicação ao adversário. Dos dois lados, Kiev e Moscou, com um projeto metódico, sobrava apenas uma possibilidade: a sua própria vitória total. Com uma inversão que muitas vezes acontece nas guerras, a política, russa, ucraniana, ocidental, reduziu-se miseravelmente a continuação da guerra com outros meios, uma tela para demonstrar a necessidade do massacre temperado pela certeza de que no final nós venceríamos. Mesmo os apaixonados gritos dominicais do Papa, afinal, foram reduzidos a uma parte desse plano de ilusão, invocar a paz nada mais era que referir-se a algo utópico e impossível: porque a paz obviamente tinha que ser justa, perfeita, reparadora para as vítimas e punitiva para os culpados. Até o pacifismo dos virtuosos, dos homens de boa vontade (não muitos, para ser honesto) foi reduzido a num rito de acomodação, gratificação das consciências individuais, fuga na boa ação do fim de semana: manifestem-se, manifestem-se que dá no mesmo...

A vitória era a única solução para ter a paz, descrita e profetizada como inevitável pelas chancelarias e pelos líderes da Aliança, ao mesmo tempo que o campo de batalha a demonstrava cada vez mais remota, inatingível, monstruosamente cara para aqueles que a combatiam no front.

Os diretores da guerra em Moscou e Kiev e no Ocidente esqueceram aos poucos os mortos, os feridos, os mutilados nas trincheiras, os homens que morrem depois de uma hora ou de um ano, a vida por um instante sob a saraivada da metralhadora... Depois, de repente, frouxa, afundada a pique como uma pedra. Apoderaram-se da morte, os belicistas em trajes camuflados ou uniformes alinhados, montam guarda como cães ferozes: esses são os Nossos Mortos, aqueles sagrados, justos e gloriosos, os mortos deles são criminosos e amaldiçoados. E enquanto aqueles que os amaram entram na inexplorada floresta da dor, os altos comandos, os louvadores da lápide, os capelães do massacre, estranhos e compactos, confiavam às declarações seu rancor de sobreviventes: nós seremos os bons porque venceremos!

Era preciso que alguém tomasse a palavra pelos mortos, pelos já levados e pelos que virão... Mais uns dois anos e venceremos! Um nada! Era preciso que alguém dissesse o que os políticos e os generais não têm coragem de dizer: que é o esgotamento dos homens nas trincheiras e nos assaltos e não das munições ou dos drones que decide a vitória e a derrota. Nessa matemática desumana a Rússia tem vantagem, vencerá. Embora Putin possa continuar a basear-se na sua imensa reserva de vidas sacrificáveis, gabando-se sem remorsos, como é o estilo - seja qual for o tipo e a época - de um despotismo habituado à obediência cega, Kiev está quase no fim, uma geração foi exterminada ou procurou a salvação fugindo. Alguns generais tentaram falar isso a Zelensky, mas foram demitidos ou afastados: porque Zelensky, como Putin, já é prisioneiro da lógica da vitória total que lhe garantimos.

Só o Papa poderia quebrar o tabu, só ele tem a força moral para tanto. Usando palavras derrota, negociar, bandeira branca que custariam a acusação de traição, de colaboracionismo com o inimigo. Mas essa é a Igreja, quando sabe deixar aos outros as distinções, os silêncios, o não dito, as fórmulas refinadas, as maldições sobre o inimigo sempre Absoluto. A mancha branca do Papa é uma insígnia, uma biografia, um memento. Muda de cor, fica cada vez mais branco, porque a sua mensagem quebra o tempo. Exemplifica, espera a responsabilidade de todos, volta a propor. Ao contrário dos políticos, bate e rebate sobre os fechamentos humanos, pune os tampões que impedem a escuta, não aceita o descanso, é portador de maravilhas difíceis e revolucionárias. Exige que não nos atolemos nas dúvidas, tormentos, interesses de homens e de sistemas, numa terra onde para vencer teremos que entrar em campo diretamente, pontilhada por silos onde dormem monstros com múltiplas ogivas, maravilhas da demência que podem vitrificar o planeta, e no fundo dos oceanos deslizam, silenciosos e cegos, submarinos com mísseis, cada um dos quais pode aniquilar centenas de milhares de seres humanos: então se fecha a conta depois de dois anos, ou é loucura?

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