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Se o convite unilateral dirigido a Zelensky compromete a autoridade moral da Igreja

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12 Março 2024

"Pode ser que os ucranianos, extenuados pela guerra, abandonados pelo Ocidente, depois de tanta grandiloquência e de insuficiência de armas e munições, cheguem à conclusão de que chegou a hora da negociação, mesmo que isso leve a uma "pax russa" = rendição ucraniana. Mas cabe a eles, e somente a eles, decidir se e quando. Ninguém, nem mesmo o chefe da Igreja, tem o direito de substituí-los", escreve o embaixador italiano aposentado Stefano Stefanini, em artigo publicado por La Stampa, 11-03-2024. A tradução é de Luisa Rabolini. 

Eis o artigo. 

A Igreja Católica há muito abandonou o dogma da infalibilidade pontifícia nos assuntos terrenos.

Mas o Trono Pontifício preservou e conservou, mesmo em tempos muito difíceis, uma extraordinária autoridade moral que se estende muito além do círculo dos crentes e dos governantes de fé católica e cristã. Zombado por Joseph Vissarionovich Stalin - “Quantas divisões tem o Papa” - triunfou sobre os totalitarismos do século passado e continua a ser um farol de referência nas perigosas contorções da política internacional. Ou melhor, permanecia. As declarações do Papa Francisco à RadioTV Suíça comprometem justamente essa capacidade de se dirigir a uma audiência global com autoridade moral indiscutível. O convite unilateral à Ucrânia para baixar as armas e negociar porque “a paz não é uma rendição" não é uma tomada de posição imparcial e ecumênica, como se espera do Santo Padre. Após dois anos de guerra travada total e exclusivamente em solo ucraniano, é uma declaração partidária, que fica do lado do agressor e não do agredido - uma distinção que o Papa Francisco parece não fazer na entrevista.

Pode ser que o Pontífice, portador de uma sabedoria bimilenar, veja muito além dos horizontes dos mortais comuns, que certamente limitam o meu olhar, e que a rendição ucraniana à Rússia seja arauto da paz na Europa. O Santo Padre não podia ignorar a dimensão das suas palavras. Pedir hoje a Volodymyr Zelensky para negociar significa pedir-lhe para estar pronto a recompensar a violenta arrogância de Vladimir Putin. Significa ignorar que neste momento não está na mesa nenhuma oferta de negociação do lado russo. Significa, e de fato a entrevista parece implicar isso, que hastear a "bandeira branca" - não é necessário que o Vaticano especifique - é condição para a "cessação das hostilidades".

Significa pedir, não a Zelensky, mas ao povo ucraniano, que coloque um pano sobre dois anos de agressões, de bombardeios em edifícios residenciais, de 31 mil vítimas, de famílias desfeitas, de crianças raptadas, de milhões de pessoas deslocadas internamente e de refugiados no exterior, para negociar com Moscou a partir de uma posição de inferioridade que conduziria inevitavelmente ao que o Presidente russo - devemos dar-lhe crédito por não esconder o que quer - já pediu: mais território (incluindo Odessa e acesso ao Mar Negro?) e a submissão política de uma Ucrânia só formalmente independente. Adeus UE. Pode ser que os ucranianos, extenuados pela guerra, abandonados pelo Ocidente, depois de tanta grandiloquência e de insuficiência de armas e munições, cheguem à conclusão de que chegou a hora da negociação, mesmo que isso leve a uma "pax russa" = rendição ucraniana. Mas cabe a eles, e somente a eles, decidir se e quando. Ninguém, nem mesmo o chefe da Igreja, tem o direito de substituí-los.

Duas coisas são desconcertantes nas motivações apresentadas pelo Papa Francisco. A primeira é a falta de qualquer divisor de águas entre causa – invasão russa de 24 de fevereiro de 2022 – e efeito – heroica resistência ucraniana – da guerra. O corolário é, pelo menos a partir dos conteúdos da entrevista que vazaram até o momento, o convite unilateral para negociar, dirigido a Volodymyr Zelensky e não a Vladimir Putin. O que comporta um reconhecimento indireto das razões russas em detrimento daquelas ucranianas. A negociação que o Pontífice defende não é uma negociação conjunta.

A segunda, mais profundamente decepcionante, é que não há nada de bíblico ou de evangélico na filosofia da rendição à prepotência do agressor ou à lei do mais forte. Eu certamente não estou apto a entrar numa discussão teológica, mas na Paixão e Crucificação de Jesus Cristo sempre vi uma resistência sobre-humana à violência e à opressão, não uma bandeira branca.

Posso estar errado sobre a doutrina, a objeção óbvia é "dar a outra face", mas lembro-me bem quando o representante independentista em Moscou da então RSS da Letônia, na época do ocaso soviético, explicou-me que a pequena minoria católica letã floresceu “durante a repressão comunista". Achei que tinha entendido mal: cresceu quando reprimida? Sim, respondeu ele, porque os católicos (ele não era) prosperam quando oprimidos. E, de fato, essa tem sido frequentemente a história da Igreja Católica longe do Vaticano.

Infelizmente, desde o início da guerra russo-ucraniana, o Papa Francisco tem seguido uma linha de entendimento inescrutável, aos olhos humanos, em relação à Rússia de Putin. Ainda permanece fora de todos os esquemas diplomáticos - segundo os quais Maomé vai à montanha, mas a montanha nunca vai a Maomé - a sua visita ao Embaixador russo junto da Santa Sé. Foi explicada como uma missão “franciscana” por uma causa nobre. Pena que não obteve quaisquer resultados, não impediu Putin em nada, apenas sinalizou uma incompreensível proximidade com a Rússia no momento em que agredia a Ucrânia. Mas a infalibilidade pontifícia em assuntos terrenos pertence ao passado. Errar não é apenas humano, é também pontifício.

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