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Reconstruir o pensamento estratégico. Artigo de Raúl Zibechi

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07 Novembro 2023

“Neste período, não é possível voltar às velhas estratégias. Elas foram cunhadas para outros períodos e foram elaboradas por um conjunto de homens brancos, acadêmicos, de camadas médias, formados com ideias eurocêntricas e individualistas”, escreve Raúl Zibechi, jornalista e analista político uruguaio.

“A potência criativa dos povos originários e das mulheres organizadas torna improvável que esta forma de desenvolver objetivos e estratégias se repita. Surgirão do fazer coletivo dos povos e dos setores populares, dos de baixo”, avalia.

O artigo é publicado por La Jornada, 03-11-2023. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Estamos passando por um dos momentos mais críticos para a humanidade de baixo, em muito tempo. Podemos voltar a dizer que um fantasma percorre o mundo: a limpeza etnossocial, o deslocamento de milhares de pessoas para liberar territórios em domínio dos poderosos para a especulação com a vida. Tornamo-nos um estorvo para a acumulação por pilhagem. Este é o pano de fundo das guerras em curso, que são guerras contra os povos.

O pensamento crítico deveria ser capaz de relacionar o que está acontecendo hoje na Faixa de Gaza com, por exemplo, o genocídio maia e a política de “terra arrasada” nos anos 1980, na Guatemala, que deixou 200.000 assassinados, meio milhão de deslocados e 200.000 refugiados. E com as políticas contrainsurgentes no Cone Sul sul-americano, na Colômbia e em muitos outros países.

Hoje, somos capazes de compreender o que há em comum entre a guerra do sionismo contra o povo palestino e a “guerra contra as drogas” na Colômbia, México e em outras geografias de nossa região?

A guerra nunca foi um fim em si. É apenas um meio para atingir outros fins: neste momento, obter poder suficiente para acumular riqueza, convertendo a vida em mercadorias. O que o EZLN chamou de “quarta guerra mundial” tem seu eixo em despovoar regiões inteiras para reconstruí-las de acordo com as necessidades do poder, ou seja, do capital mais concentrado.

Este é o núcleo da política de cima, não só na Palestina, mas em todo o mundo, com as variantes próprias de cada situação, de cada geografia e de cada população. Não estou insinuando que Gaza e Chiapas sejam iguais, mas que existe um vínculo entre todas estas realidades que é o modo de acumulação de capital neste período.

Proveniente disso, devemos aceitar que temos apenas uma caricatura do que foram as democracias, que as liberdades estão sendo seriamente cerceadas, como já aconteceu durante a pandemia de Covid e que agora tende a se implementar em vários países da Europa, onde carregar uma bandeira palestina se tornou um crime.

É cada vez mais necessário distinguir entre um regime eleitoral e uma democracia real, porque os Estados-nação mudaram, já não defendem a soberania nacional, nem os direitos e liberdades dos cidadãos. Em seu lugar, temos a militarização das cidades e dos empreendimentos extrativistas para controlar populações e garantir o fluxo de mercadorias.

No Rio de Janeiro, chamam de “Estado miliciano” essa instituição modelada por três vertentes: a colonial, a ditadura que criou os esquadrões da morte e a atual acumulação por pilhagem. A polícia não é mais um instrumento do governo, mas “um fim em si”, destaca a filósofa brasileira Camila Jourdan, na recente publicação de Arquivos Brasileiros de Psicologia.

A polícia como fim, escreve, “apaga as fronteiras entre o legal e o ilegal, tornando-se uma milícia”, herdeira dos esquadrões. No Rio, o poder diz que as mães das favelas são “fábricas de traficantes” com a mesma naturalidade odiosa com que o ministro da Defesa israelense descreveu os palestinos como “animais humanos”.

O que está acontecendo diante dos nossos olhos é a reconfiguração do mundo pela violência pura e dura. Tal como Immanuel Wallerstein já anunciou, a classe dominante está jogando duro para manter seus privilégios quando o capitalismo e as nações que outrora conhecíamos já não existirem. Por isso, fazem as guerras e instalam o “estado de exceção permanente”, denunciado por Agamben.

Penso que o decisivo e o mais importante não é a denúncia (que continuará sendo necessária), mas traçar políticas para enfrentar esta situação inédita para os de baixo. Que caminhos devemos tomar como movimentos de baixo, como povos em movimento, como coletivos e pessoas dignas?

Se concluirmos que vêm do “nós” coletivo, se aceitarmos que o que está em jogo é a vida, devemos fazer alguma coisa. Isso passa pela recuperação do pensamento estratégico, capaz de animar resistências que sejam capazes de abrir um cenário tão fechado como o atual aos novos mundos que lutam para sobreviver.

Esse pensamento caiu nos buracos do imediato e do possível, subordinou-se aos Estados e fez da geopolítica a sua espinha dorsal, deixando de lado os objetivos de longo prazo dos povos, a autonomia e a autodeterminação coletivas.

Neste período, não é possível voltar às velhas estratégias. Elas foram cunhadas para outros períodos e foram elaboradas por um conjunto de homens brancos, acadêmicos, de camadas médias, formados com ideias eurocêntricas e individualistas.

A potência criativa dos povos originários e das mulheres organizadas torna improvável que esta forma de desenvolver objetivos e estratégias se repita. Surgirão do fazer coletivo dos povos e dos setores populares, dos de baixo.

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