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As simetrias são prisões sistêmicas. Artigo de Raúl Zibechi

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21 Outubro 2023

“A simetria é reativa, limita-se a fazer algo muito semelhante ou igual ao que o sistema faz, mas, supostamente, com objetivos antagônicos. Esse modo de agir nos impede de desenvolver nossas autonomias, escolher os caminhos próprios, os momentos e os modos, e nos prende em uma dinâmica alheia aos interesses de longo prazo dos de baixo”, escreve Raúl Zibechi, jornalista e analista político uruguaio, em artigo publicado por La Jornada, 20-10-2023. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Durante muito tempo, o pensamento crítico e as práticas rebeldes agiram (agimos) de modo simétrico ao capitalismo. Diante do Estado capitalista, propôs-se a construção de um Estado socialista ou de um Estado operário; à violência de cima, opusemos a violência de baixo; à guerra reacionária, a guerra revolucionária. Contra a acumulação primitiva de capital (Marx), a acumulação socialista primitiva (Preobrazhensky) na União Soviética. A lista é longa e mostra que o campo da revolução operou de modo oposto, mas idêntico ao capital e suas forças políticas.

Pretendo refletir sobre a simplificação de nossas ideias: opor-nos mecanicamente ao que fazem os de cima, mantém-nos como reféns de suas iniciativas, de seus modos de fazer e de suas agendas. A simetria é reativa, limita-se a fazer algo muito semelhante ou igual ao que o sistema faz, mas, supostamente, com objetivos antagônicos. Esse modo de agir nos impede de desenvolver nossas autonomias, escolher os caminhos próprios, os momentos e os modos, e nos prende em uma dinâmica alheia aos interesses de longo prazo dos de baixo.

A guerra entre Israel e o Hamas é uma oportunidade para refletir sobre o papel da violência militar, para nos solidarizarmos com as vítimas e para nos olharmos no espelho. Parece-me necessário condenar com grande vigor os crimes de Israel e nos solidarizarmos com o povo palestino. Contudo, não basta.

Parece-me necessário condenar com igual vigor o terrorismo do Hamas. Contudo, não basta.

As duas principais forças transformadoras do mundo, que nos inspiram por sua ética (o movimento curdo e o zapatismo), rejeitam a guerra por razões semelhantes. “Nenhum lado de uma guerra que perdeu a sua moralidade tem razão”, diz o Movimento de Mulheres Livres do Curdistão.

“Nem o Hamas, nem Netanyahu”, diz o EZLN, apontando para as simetrias entre machos alfa armados. A lógica da guerra de conquista (na qual “não há limites, nem regras, nem leis, nem vergonha”) não deve se impor sobre a ética da vida. Mesmo quando os povos pegam em armas, não agem de modo simétrico aos exércitos do sistema, porque não pretendem aniquilar o outro, mas, ao contrário, continuar existindo, razão pela qual precisam se defender, defendendo a vida.

Acredito que devemos fugir das simetrias e das simplificações que, neste ponto, parecem irmãs gêmeas.

O italiano Franco Bifo Berardi argumenta que “a humilhação gera monstros”, em referência ao fato de a humilhação dos trabalhadores alemães pelo Tratado de Versalhes ter gerado o nazismo; que “a humilhação dos palestinos esmagados pela dominação militar dos sionistas gerou o Hamas”; assim como a humilhação dos judeus pelos nazistas gerou “o monstro do Estado étnico-militarista e colonialista de Israel”. Avalia que o fim do internacionalismo leva movimentos e povos a navegar às cegas.

Penso que isso não basta para explicar as cegueiras atuais, ao menos em “nosso” campo. Existem importantes ações de solidariedade internacional, como o giro zapatista pela Europa e o apoio que o movimento curdo recebe em muitos países do mundo. Não são muito visíveis para quem se orienta pelos grandes meios de comunicação, mas existem.

Para sair da cegueira, podemos nos voltar para os povos originários de nosso continente, superar o eurocentrismo e a lógica do “olho por olho”. Esses povos não foram humilhados, despojados e assassinados durante cinco séculos? No entanto, estão longe de terem criado os “monstros” criminosos que, com toda razão, Bifo denuncia.

Não se renderam, continuam resistindo e recuperando as terras que lhes foram roubadas. Em determinadas ocasiões, realizam ações fortes, ousadas e agressivas. Contudo, não cometem crimes, nem apelam ao terrorismo. Não é por bondade, nem por ingenuidade que não se comportam desse modo. Não são pacifistas que oferecem a outra face. Uma ética da vida e dos cuidados coletivos está na base desse comportamento.

Mesmo quando precisam travar uma guerra para continuarem existindo como povos, agem com base em suas cosmovisões: colocam o cuidado da Mãe Terra e da vida de seus semelhantes em primeiro lugar. O que menos sentem é a necessidade de se vingar dos crimes que sofrem. Querem justiça, como apontaram as bases de apoio ao EZLN, no brutal assassinato do professor Galeano, em La Realidad.

Os povos originários que se colocam de pé na América Latina evitam as simetrias, orientados pela complexidade de suas cosmovisões, de suas apostas para sair deste mundo absurdo e construir outro, a partir dos corações coletivos. Pode parecer pouco para aqueles que ignoram as experiências históricas do socialismo e desejam uma guerra para sair do capitalismo. Contudo, é o caminho mais curto para continuar prisioneiros do sistema.

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