De homens para mulheres. Artigo de Frei Jacir de Freitas Farias

(Foto: L'odyssée Belle | Unsplash)

Mais Lidos

  • “A emoção substituiu a expertise, e nosso cérebro adora isso!” Entrevista com Samah Karaki

    LER MAIS
  • “Marco temporal”, o absurdo como política de Estado? Artigo de Dora Nassif

    LER MAIS
  • A desigualdade mundial está aumentando: 10% da população detém 75% da riqueza

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

10 Março 2023

"Hoje e sempre é fundamental que nos penitenciemos e apresentemos nossas escusas, nossas desculpas a você, mulher, pelo mal que lhes infligimos na história. Convido a vocês, homens, ressalto aqui os de Igreja, e mulheres, para o empenho mútuo no sentido de refazer a cultura que nos dividiu. Com Madalena sejamos íntegros no nosso ser masculino e feminino", escreve o frei Jacir de Freitas Faria, OFM.

Frei Jacir é doutor em Teologia Bíblica pela FAJE (BH), mestre em Ciências Bíblicas (Exegese) pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma e professor de Exegese Bíblica. É membro da Associação Brasileira de Pesquisa Bíblica (ABIB), padre franciscano e autor de dez livros e coautor de quinze.

Eis o artigo.

A usual e trágica submissão da mulher ao homem, geradora de violência histórica, não faz parte do plano divino que os criou em igualdade (Gn 1,27). Isso é fruto de um processo cultural que deve ser mudado. As mulheres são, na história, protótipos/modelos de força, luta, garra, apontando o caminho a seguir nas vozes nas vozes de Maria Madalena, Maria de Nazaré, Débora, Irmã Dorothy, Margarida Alves, Marielle Franco etc. Nós, os homens, não raro abafamos suas vozes em favor de nosso poder misógino, machista, autoritário e dominador.

Hoje e sempre é fundamental que nos penitenciemos e apresentemos nossas escusas, nossas desculpas a você, mulher, pelo mal que lhes infligimos na história. Convido a vocês, homens, ressalto aqui os de Igreja, e mulheres, para o empenho mútuo no sentido de refazer a cultura que nos dividiu. Com Madalena sejamos íntegros no nosso ser masculino e feminino. O Deus da história nos conduza na busca da valorização, harmonia, respeito, igualdade homem/mulher nos anos vindouros.

Não quero repetir o jargão ‘viva as mulheres’, mas viva a VIDA na vivência do ser mulher de você, mulher-Eva, a mãe dos viventes, parceira primeira de Deus na geração da VIDA.

Mulher, você é cultura, planta que nasce no campo, que gera sempre, é semente que nasce do seio da terra. Vida que nos faz seres humanos. Por isso, você, mulher, muito mais do que pensa, é a intuição, é a criação, é a fantasia, é o amor.

Leia mais