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A tentação da Igreja de fazer de cada papa um santo

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13 Fevereiro 2023

Bergoglio tem um primado que será quase impossível de superar: ele é de fato o primeiro papa a proclamar santos três de seus predecessores e a beatificar um quarto. A circunstância é sem precedentes e está destinada a não se repetir.

A reportagem é de Giovanni Maria Vian, diretor emérito do L'Osservatore Romano, publicado por Domani, 12-02-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Já um ano após sua eleição, em uma única cerimônia, Francisco canonizou João XXIII (Angelo Roncalli) e João Paulo II (Karol Wojtyła), depois em 2018 foi a vez de Paulo VI (Giovanni Battista Montini), que o próprio Bergoglio havia beatificado exatamente quatro anos antes; finalmente, em 2022, declarou bem-aventurado João Paulo I (Albino Luciani), pontífice por pouco mais de um mês e provável futuro santo.

Assim, todos os papas que reinaram de 1958 a 2005 subiram às honras dos altares.

Bernard Lecomte, autor de uma biografia confiável de Wojtyła, em seu Dictionnaire amoureux des Papes destacou com bem-sucedida ênfase jornalística outro aspecto deste novo fenômeno na história da santidade: “O que dizer da extraordinária celebração papal organizada em Roma em 27 de abril de 2014 pelo Papa Francisco, que presidiu a cerimônia de canonização de João XXIII e João Paulo II, tendo ao lado o seu predecessor Bento XVI, que se tornou papa "emérito"? Dois papas vivos que canonizam dois papas mortos: esta "festa dos quatro papas", sem precedentes na história, foi acompanhada por dois bilhões de telespectadores!”.

No contexto dessa recente santidade papal, pareceu assim normal para muitos que durante o funeral de Bento XVI algumas faixas fossem levantadas pela multidão com as palavras "santo já", à semelhança daquelas levantadas em 2005 por João Paulo II com maior determinação.

Para aplacar esses previsíveis entusiasmos, o secretário de Joseph Ratzinger, o arcebispo Georg Gänswein, em seu livro de memórias – muito criticado e muito lido – afirmou que pessoalmente não tem dúvidas sobre sua santidade, mas prudentemente acrescentou: “conhecendo bem também a sensibilidade que me foi expressa privadamente por Bento XVI, não me permitirei dar nenhum passo para acelerar um processo canônico".

Glória infrequente

A "sensibilidade" de um desencantado conhecedor de história como Ratzinger não surpreende. A glória dos altares não foi frequente para os papas de Roma.

Quem percorre a lista dos sucessores do apóstolo Pedro - cerca de trezentos papas e antipapas - fica impressionado com um fato: dos 81 tradicionalmente venerados como santos, 73 estão no primeiro milênio, e 55 deles são concentradas nos primeiros cinco séculos.

A explicação é simples: até o início da Idade Média, o papado também quis celebrar a si mesmo e suas origens dessa forma, idealizadas e propostas como exemplares. E certamente inseridas no quadro de complexos acontecimentos históricos, como recentemente estudados por Roberto Rusconi nas setecentas páginas de Santo Padre (Viella) que investigam essa história singular, chegando à causa do Papa Wojtyła.

Mais do que outras, em suma, a difícil santidade papal é uma santidade política, tanto que a Igreja de Roma tem se mostrado realista e muito prudente em relação a ela. Até as últimas décadas.

Antes do pontificado (1939-1958) de Pio XII, de fato, apenas quatro papas após o ano 1000 haviam se tornado santos. No século XI foram o alsaciano Leão IX - em cuja tumba se multiplicaram prodígios e milagres - e depois Gregório VII, grandes protagonistas da reforma radical conhecida como gregoriana, mas iniciada e desejada pelo Império Alemão.

Dois séculos depois, porém, aparece o caso de Celestino V, que deixa o trono de Pedro e entra para a história pela deploração de Dante à sua "grande recusa". Mais tarde ainda, é proclamado santo Pio V, o papa que promoveu a aliança contra os turcos derrotados em 1571 em Lepanto.

É precisamente Gregório VII quem teoriza no Dictatus papae essa santidade papal declarando solenemente que "o Romano Pontífice, se foi ordenado canonicamente, pelos méritos do bem-aventurado Pedro torna-se indubitavelmente santo".

Um pouco mais tarde, a afirmação é traduzida visualmente nos afrescos do oratório de São Nicolau no Latrão, onde cada um dos papas que se sucederam entre 1061 e 1119 é representado com a denominação de sanctus, justamente para celebrar o papado reformador.

A política condiciona a dramática história e a canonização do eremita Pietro del Morrone, pontífice por cinco meses em 1294 com o nome de Celestino V a mando de Carlos II de Anjou e proclamado santo em 1313 pelo primeiro papa de Avignon.

O contexto é o do embate entre o papado teocrático afirmado vigorosamente por Bonifácio VIII e a monarquia nacional francesa de Filipe IV, o Belo.

O papa Caetani, que sucedeu a Celestino, havia morrido, mas o soberano não conseguiu obter a condenação de Bonifácio e a canonização de Celestino. De fato, o francês Clemente V, apesar de pressionado pelo rei, de alguma forma resistiu e estabeleceu que o seu antecessor fosse proclamado santo - escreve um cronista - como “São Pedro confessor, já que se chamava assim antes do papado, ou seja Pietro del Morrone”: assim foi ratificada a controversa renúncia de Celestino, mas também a legitimidade de Bonifácio, o pontífice odiado por Filipe.

Em plena idade moderna, enquanto no cenário europeu declinava o poder da igreja de Roma, reapareceu a celebração política do papado com Pio V, o grande inquisidor que mais tarde foi protagonista da sensacional vitória naval de Lepanto, que foi beatificado em 1672 e canonizado em 1712.

Menos de um século depois é, paradoxalmente, a tempestade revolucionária e napoleônica, com a deportação para a França de dois papas, Pio VI e Pio VII, que aumenta o prestígio de um papado perseguido.

E não é por acaso que depois em 1870, quando o dogma da infalibilidade papal foi proclamado e o poder temporal desmoronou, a nova exaltação do papado foi acompanhada até 1898 pelas confirmações do culto de seis papas medievais (cinco deles como bem-aventurados, a metade dos dez pontífices assim venerados).

A novidade de Pio XII

Mas a novidade veio com Pio XII, que em 1951 beatificou e em 1954 declarou santo Pio X, falecido quarenta anos antes e de quem havia sido colaborador nos mais altos escalões da cúria.

Figura muito popular devido às suas origens modestas e claro perfil pastoral, o pontífice – repressor do modernismo e ao mesmo tempo reformador radical – já gozava em vida de uma fama de taumaturgo sobre a qual o próprio Pio X brincava com argúcia, como relatou uma testemunha: “Agora andam falando e escrevendo que comecei a fazer milagres, como se não tivesse mais nada para fazer... O que fazer? Neste mundo é preciso fazer de tudo". À canonização do Papa Sarto, contestada pelos excessos na repressão antimodernista mas fortemente defendida por Pacelli, seguiu-se em 1956 a beatificação de Inocêncio XI, exaltado como defensor da Europa após a derrota dos turcos, parados em Viena em 1683.

Apenas uma década depois, em 1965, quando o Vaticano II estava prestes a terminar, foi Paulo VI quem denunciou o uso político da santidade papal. De fato, ante a proposta de canonizar João XXIII no Concílio, que os progressistas contrapõem a Pio XII, Montini ordena o trâmite por via ordinária das causas de ambos: a intenção - diz o Papa - é evitar "que qualquer outro motivo, que não seja o culto da verdadeira santidade, ou seja, da glória de Deus e a edificação da sua Igreja, recomponham as suas autênticas e caras figuras para a nossa veneração”.

Desta forma, porém, é introduzido o princípio de equilibrar um pontífice com outro.

Assim, enquanto a causa de Pio XII desacelera devido aos seus silêncios diante do Holocausto, João XXIII é beatificado em 2000 junto com Pio IX, em meio a inevitáveis polêmicas sobre o comportamento do Papa Mastai durante o Risorgimento.

E o mesmo aconteceu em 2014, quando Roncalli e Wojtyła são proclamados santos, cuja causa foi apresentada em 2005, menos de um mês após a morte, por Bento XVI, que não resistiu às pressões e já em 2011 beatificou seu imediato predecessor.

É, portanto, todo o papado protagonista do Vaticano II a ser elevado à glória dos altares pela vontade dos três papas não italianos que se sucederam desde 1978.

Um fato sem precedentes, mas ofuscado por crescentes polêmicas: pela fracassada gestão dos abusos durante o pontificado de João Paulo II em 2019 na França foi lançado um apelo para sua “descanonização”, enquanto nos Estados Unidos foi proposto em 2020 suprimir seu culto público.

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