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Moçambique. “O islamismo de Cabo Delgado começou aqui”

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23 Abril 2021

A pregação de ímãs wahabistas em um bairro de pescadores pobres e vítimas de injustiças históricas acendeu a chama do jihadismo no norte de Moçambique.

A reportagem é de María Martínez López, publicada por Alfa&Omega, 17-04-2021. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

Em 07 de abril, um grupo de jovens passou de moto pelas instalações da missão católica de Mahate, um bairro periférico de Pemba (Moçambique), “agitando machados no ar”. Rapidamente o missionário espanhol Eduardo Roca começou a falar com os responsáveis dos bairros, “para detectar se os terroristas estão aqui e onde”, relata a Alfa&Omega. Teme que “estejam preparando algo parecido ao que fizeram em Palma”, o ataque perpetrado em 24 de março por islamistas contra esta cidade de 75 mil habitantes, há poucos quilômetros de um megaprojeto de gás natural da empresa francesa Total.

Há dezenas de mortos e milhares de deslocados, que em sua maioria seguem nas florestas. Em torno de 7 mil chegaram por mar a Mahata e Pemba, 500 quilômetros ao sul. Não ocorreram, do que sabe Roca, casos como os que denunciou a ONG Save the Children e que ele mesmo escutou: em outros lugares, os terroristas “disseram a algumas mães ‘despeça-se de teu filho’, e lhe cortaram a cabeça diante dela. E os queimavam em suas casas”. Contudo, “não costumam matar mulheres e crianças”. Os preferem como escravos.

Ao afetar estrangeiros, o de ataque de Palma foi o com maior repercussão. Mas Cabo Delgado, na região norte de Moçambique, sofre com o jihadismo desde outubro de 2017, quando os islamistas tomaram Mocimboa da Praia. Roca escutou que em Palma pode estar implicada “gente poderosa que ficou excluída da divisão do bolo” dos abundantes recursos de hidrocarbonetos na zona. Porém crê que “o objetivo principal” dos terroristas “não é o econômico”. Em Mocimboa, explica, “já foi um califado” que querem recuperar e “seguir se expandindo até o Sul”.

 


Mapa de Moçambique, destaque para Cabo Delgado e Pemba. Fonte: Wikicommons

 

As crianças que desapareciam

Roca sabe muito bem. “Toda radicalização começou aqui” em Mahate; uma área muçulmana, anteriormente tradicional, mas respeitosa. Há 15 ou 20 anos, os ímãs wahabistas árabes começaram a pregar, nas mesquitas e madraças, uma leitura fundamentalista do Alcorão e ideias como “não se pode beber do mesmo copo que um cristão”, ou “se for à escola deles te obrigam a comer porco”.

Aquele discurso “deu um propósito a quem não vê futuro”, explica o missionário, com quem se mantém semanalmente através da OMP. Foi encontrado entre os pescadores pobres do grupo étnico kimwani. E juntou-se ao ódio, por ressentimentos históricos e recentes, aos makonde, etnia cristã que vive no interior e sempre esteve mais ligada ao poder. De repente, em 2015, “de um dia para o outro, começamos a ver mulheres e meninas usando niqab”. E ouvir histórias de “jovens e crianças de 13 e 14 anos, filhos de nossos vizinhos, a quem deram bolsas para treinar o Alcorão em outros países”. Ou que diretamente “eles foram para o norte treinar”. Um deles, irmão de um amigo dos missionários, acabou em um complexo jihadista na África do Sul. Estrangeiros de países vizinhos também começaram a chegar.

Assim nasceu Ansar al Sunna, também conhecido como Al Shabaab (o jovem), aderindo ao Daesh da África Central. Mas “não é mais um problema para um grupo de jovens bandidos, mas para toda uma sociedade que compartilha dessa visão” e forma “uma rede na qual as famílias os protegem”.

 

Ameaças a quem alertou

Os missionários logo começaram a soar o alarme, mas o governo não reagiu. Mesmo quando a violência estourou em 2017, a reação foi escassa. À frente dessas denúncias, estava até recentemente o ex-bispo de Pemba, o brasileiro Luiz Fernando Lisboa. Em uma recente entrevista ao jornal italiano La Repubblica, ele explicou que, quando o problema se tornou aparente, foi “proibido falar sobre ele”. Eles não queriam que a imagem do país fosse prejudicada.

Por isso, o Executivo rejeitou a ajuda oferecida por alguns países vizinhos. Em vez disso, ele contratou grupos de mercenários russos e sul-africanos. Que, por outro lado, acrescenta Roca, “não resolveram nada”: os terroristas, que conhecem o terreno centímetro a centímetro, escaparam deles enquanto mulheres e crianças morriam em suas ofensivas.

Neste ambiente, “a Igreja foi a única que falou sobre a situação”, pedindo ajuda à comunidade internacional, continuou o bispo. O Papa começou a pedir a paz em Cabo Delgado, e a colocá-la no mapa. Lisboa foi convidado a explicar o que se passava no Parlamento Europeu. Depois vieram as ameaças contra o bispo. Primeiro, de expulsão. Então, de apreensão dos documentos. E por fim, de morte. Não teria sido o primeiro. Um repórter de uma rádio comunitária “está desaparecido desde abril do ano passado”, quando divulgou uma mensagem dizendo “que estava cercado pela polícia”. Por isso, depois de 20 anos no país, em fevereiro Francisco o instou a aceitar a transferência para Cachoeiro de Itapemirim, no Brasil.

 

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