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Em meio ao embate ideológico, quem sai perdendo é a América Latina

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13 Novembro 2019

Enquanto líderes da região se engalfinham na política, em desfechos como a renúncia de Evo Morales, a cooperação regional patina. Continente terá o pior desempenho econômico do mundo, crescendo 0,2% em 2019. A África Subsaariana crescerá 3,2%.

O artigo é de Oliver Stuenkel, professor adjunto de Relações Internacionais na FGV em São Paulo e o autor de O Mundo Pós-Ocidental (Zahar) e BRICS e o Futuro da Ordem Global (Paz e Terra), em artigo publicado por El País, 11-11-2019.

Eis o artigo.

A convite do presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso, realizou-se em Brasília, entre 31 de agosto e 1° de setembro de 2000, a primeira Reunião de Presidentes da América do Sul. O evento histórico contou com a participação dos líderes dos doze países da região — Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela —, bem como dos presidentes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), da Corporação Andina de Fomento (CAF) e observadores do Governo mexicano.

Havia ali presidentes de todas as correntes ideológicas e muita discordância, mas eram raros os ataques pessoais para agradar a suas respectivas bases. A maioria entendeu que, sem aprofundar a cooperação regional, não havia como lidar com os numerosos desafios comuns que cada país enfrentava: a necessidade de consolidar a democracia, defender direitos humanos, reduzir desigualdade, promover a integração para facilitar o crescimento econômico e atuar conjuntamente para combater o crime organizado. O Comunicado de Brasília previa passos concretos na maioria dessas áreas. Foi o ponto de partida para uma década dourada na região. Graças a um boom de commodities, a América Latina alcançou um crescimento econômico não visto em décadas e uma cooperação inédita para superar as barreiras de um continente ainda pouco integrado fisicamente.

Hoje, uma reunião desse tipo, motivada pelo interesse de imaginar o futuro da América Latina além das contendas partidárias, seria impensável. Com a queda dos preços das matérias-primas, acabaram-se os anos marcados por robusto crescimento econômico, gastos sociais elevados e altas taxas de aprovação da maioria dos governos. Atualmente, crises econômicas e descontentamento social representam desafios internos tão grandes que nenhum mandatário latino-americano tem como liderar um debate sobre o futuro da região. Segundo o FMI, a América Latina terá, de todas as regiões do mundo, o pior desempenho econômico, crescendo apenas 0,2% em 2019. A África Subsaariana, em comparação, crescerá 3,2%, e tanto a economia chinesa quanto a indiana — com um total de 2,7 bilhões de pessoas — terão uma expansão econômica de 6,1%. Ficamos na lanterna da economia mundial.

Mais importante do que as crises políticas internas, porém, é a polarização lamentável entre líderes na América Latina, o que atualmente inviabiliza um debate sério sobre cooperação regional. Tanto presidentes da direita quanto da esquerda têm adotado uma retórica irresponsável que pode ser popular entre seus seguidores mais fiéis, mas que dificulta o diálogo com governos de outra orientação ideológica. Os ataques mútuos entre o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, e o presidente eleito Alberto Fernández, da Argentina, contaminaram de tal maneira a relação bilateral que chega a ser pouco provável os dois manterem um diálogo sério e produtivo durante seus respectivos mandatos. Ambos brincam com fogo. Abalos nas relações Brasil-Argentina podem trazer prejuízos incalculáveis e de longo prazo para ambos os países.

A polarização chegou a tal ponto que hoje mesmo políticos mais moderados distorcem fatos ou abraçam teses duvidosas para explicar eventos políticos na região. Em vez de tentar coordenar suas respostas à queda de Evo Morales, os governos da região responderam de acordo com suas respectivas convicções ideológicas, assim limitando sua capacidade de estabilizar a situação na Bolívia. Autoridades de alto escalão da Argentina, do Equador, do Chile e da Organização de Estados Americanos (OEA) responsabilizaram, em parte, os governos da Venezuela e de Cuba pelas recentes manifestações em Santiago e Quito.

O presidente equatoriano Moreno chegou a alegar que Nicolás Maduro estava orquestrando um golpe no Equador. No entanto, mesmo que tenha havido o envolvimento de meia dúzia de cubanos e venezuelanos, dificilmente eles tiveram uma atuação decisiva. A teoria conspiratória de uma suposta infiltração venezuelana e cubana foi abraçada prontamente pelos membros radicais do governo Bolsonaro — um prato cheio para quem gosta de sugerir supostas ameaças internas e externas para mobilizar seguidores. Do outro extremo ideológico, é comum ouvir afirmações esdrúxulas sobre conspirações imperialistas na América Latina para explicar protestos contra governos de esquerda. "Há dois tipos de gás lacrimogêneo na América Latina: o imperialista, atualmente usado no Chile, e o anti-imperialista, usado na Bolívia", gracejou um diplomata brasileiro, em recente conversa sobre a repressão aos protestos em ambos os países e como a polarização reduz o espaço para análises mais equilibradas sobre eventos políticos na região.

Teses simplistas de ambos os lados sobre conspirações e inimigos poderosos, sejam imperialistas, sejam anti-imperialistas, produzem aplausos entre seguidores fanáticos, mas terão elevado custo em longo prazo para a América Latina. Iniciativas como o Prosul, um agrupamento de governos de direita, ou o recém-criado Grupo de Puebla, de líderes de esquerda, podem ser plataformas para debates, mas pouco contribuem para desenvolver propostas pragmáticas sobre como superar os graves problemas que hoje tornam a América Latina uma das regiões mais instáveis e economicamente estagnadas do mundo. Enquanto dependerem de um alinhamento ideológico — inevitavelmente efêmero — qualquer projeto de cooperação regional estará fadado ao fracasso. Tanto o Prosul quanto o Grupo de Puebla se destacam pela falta de lideranças jovens que possam oferecer uma visão política atualizada para o século 21.

Seria de extrema importância retomar a tradição de encontros presidenciais na região, mesmo com propostas modestas — por exemplo, de coordenar melhor a distribuição e integração de imigrantes venezuelanos. Os obstáculos para uma nova cúpula entre líderes da região, porém, são imensos. Para começar, significativa maioria dos governos não reconhece a presidência de Nicolás Maduro, mas o presidente-eleito Alberto Fernández provavelmente voltará a reconhecer o chavista como líder legítimo da Venezuela. Além disso, o presidente brasileiro e o presidente-eleito argentino não se falam. Sem perspectiva de uma recuperação econômica, mais protestos e descontentamento social serão quase inevitáveis, alimentando os delírios conspiratórios dos dois lados do espectro político. Por enquanto, sem líder com capacidade de mediação, a América Latina seguirá presa nas amarras do embate ideológico.

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